Identificação de Cátions dos Grupos I, II, III, IV e V: A Experimentação Qualitativa no Ensino de Química Analítica Experimental I

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

Morais Neto, M.D. (IFMA) ; Rojas, M.O.A.I. (IFMA) ; Nobre, E.M.C.S. (IFMA) ; Cavalcante, K.C. (IFMA) ; Pinheiro, G.D. (IFMA) ; Fernades, I.A. (IFMA) ; Silva, E.A.B. (IFMA) ; Reis, A.J.S. (IFMA) ; Novais, J.N. (IFMA) ; Silva, I.F.M. (IFMA)

Resumo

O trabalho versa sobre o aprendizado adquirido em química analítica experimental I através de experimentos que deduzam resultados qualitativos sobre a identificação de cátions dos grupos I,II, III e IV e V. O objetivo era que ao final da prática os alunos fossem capazes de desenvolver uma investigação crítica e discursiva dos resultados observados. Para isso, aplicamos um questionário online e avaliamos os relatórios dos alunos. Com isso, observamos que por ser uma prática que trabalha com conceitos de equilíbrio químico, soluções e reações, foi possível aos alunos adquirirem uma correlação prática dos conteúdos aprendidos em sala de aula, articulando o ensino de química ao processo de construção do conhecimento.

Palavras chaves

Experimentação; Ensino de Química; Construção do Conheciment

Introdução

Abreu (2006, p.1381) afirma que o desenvolvimento da análise qualitativa como disciplina nos cursos de graduação em Química, esteve relacionada a importância que era dada à análise de minerais e a consequente determinação de suas composições. Na disciplina de Química Analítica Experimental I são realizadas reações consideradas essenciais para a fundamentação dos conceitos teóricos de equilíbrio ácido-base, precipitação, complexação e óxido-redução. Uma delas é o estudo de reações de identificação de cátions de metais representativos e de transição que são classificados em subgrupos com características similares. Nesse sentido, é conveniente a utilização de práticas qualitativas que fomentem a contextualização do ensino assim preconizada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, colocando no inciso I do Art. 43º que quanto a educação no ensino superior, essa terá por finalidade “estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo” (BRASIL, 1996). Dessa forma, o objetivo da prática fora a Identificação de Cátions dos Grupos I, II, III, IV e V através da identificação das reações características de cada grupo de cátions para que, a partir disso, os licenciandos tivessem a capacidade de compreendem à correlação da teórica fundamentada em sala de aula com a experimentação na disciplina de Química Analítica Experimental I, para que realizassem uma análise crítica e discursiva em relatório dos resultados observados, posteriormente analisados para avaliação da compressão dos licenciados.

Material e métodos

A prática foi realizada com a turma do 4º período de Química Analítica Experimental, no IFMA – Campus Codó. Para a prática dividimos a turma em 2 grupos para facilitar a compreensão. Para melhor entendimento, os alunos realizaram as reações de identificação acompanhados dos monitores da disciplina. Para a identificação, colocou-se uma gota de cada solução dos cátions na placa de spot test, e em seguida uma gota dos reagentes em cada solução dos cátions. Os alunos observaram e anotaram as equações das reações que ocorreram, a formação de precipitado e qual a coloração desenvolvida, tudo registrado em caderno, para que em seguida elaborassem o relatório da prática, para posteriormente serem analisados para visualização dos resultados interpretados. Ao final, aplicamos um questionário online para avaliar os benefícios concernentes à experimentação no ensino de Química Analítica Experimental I.

Resultado e discussão

Vemos que nos cursos de graduação busca-se um ensino verdadeiramente formativo, onde o licenciando seja estimulado a pensar e raciocinar, para que com base nos conhecimentos adquiridos, sejam capazes de desenvolver sua capacidade criativa (ABREU, 2006). Isso se constata, uma vez que 83,3% compreendem que a experimentação pode despertar o senso critico e investigativo no mundo que vivem e atuam. Para isso, elaboraram o relatório da prática, buscando através de fundamentação teórica correlacionar os dados observados e assim explicarem o porquê ou não de algumas reações. Isso se afirma, quando 91,7% disseram que as aulas práticas auxiliam no processo de aprendizagem e 66,7% disseram que a discussão dos resultados observados na prática de identificação de cátions possibilitou atuar na construção do seu conhecimento de forma significativa, bem como da aquisição de habilidades a sua formação profissional, isso possibilita atingirem os objetivos propostos na atividade, e assim confirmados na análise dos relatórios. Além do mais, 91,7% afirmaram que a discussão crítica dos resultados em relatório garante a formação de conceitos em Química Analítica Experimental I. Ou seja, a prática garantiu aos alunos a aplicações de conceitos adquiridos em química geral, como equilíbrio químico, soluções e reações químicas, pois 75% colocaram a falta de articulação da teoria com a prática como uma dificuldade para o aprendizado de Química. Ou seja, Dantas (2011) mostra que é necessário auxiliar os estudantes do ensino superior na construção do conhecimento químico que minimizem as dificuldades de aprendizagem. Nesse contexto, vemos que para um ensino de qualidade é necessário indissociar a teoria da prática para o bom aprendizado e formação dos licenciandos de Química.

A) Prática de identificação de cátions e B) reações do grupo III

Fonte: elaborada pelo autores

Classificação dos cátions Abreu (2006 Apud Baccan el al., 1997)

Os sulfetos dos cátions do grupo IVA são insolúveis em solução de NaOH, já os do grupo IVB são(ABREU, 2006).

Conclusões

Vimos que quando o conteúdo é trabalhado de forma prática temos como resposta dos alunos a instigação como ser atuante na produção do conhecimento e desenvolvimento de habilidades necessárias à boa formação profissional, bem como da qualidade no ensino de química analítica experimental I. Isso garante aos cursos de licenciaturas uma perspectiva diferente sobre os aprendizados necessários a formação pessoal, além do mais que por meio da experimentação é possível fortalecer a linha tênue entre teoria e prática e a tão importante aprendizagem significativa.

Agradecimentos

A CAPES, ao NASQA e ao IFMA pela concessão do laboratório à realização da prática.

Referências

ABREU, D. G. de e et al. Uma proposta para o ensino da química analítica qualitativa. Química Nova. nº 6. São Paulo: set. de 2006. p.1381-1386

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Portal da Legislação. Brasília, dez. 1996. Extraído de: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm > Acessado em 01.06.2016

DANTAS, J. M.; SILVA, M. G. L. da; SANTOS FILHO, P. F. dos. Um estudo em química analítica e a identificação de cátions do grupo III. Educación Química. nº 22. jan. de 2011. p.32-37

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