A HORTA ESCOLAR UTILIZADA COMO FERRAMENTA NO ENSINO DE QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

Silva de Almeida, M. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Pereira de Sousa, J. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Rosa Silva, R. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Silva Santos, S. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Franco Leão, M. (IFMT-CAMPUS CONFRESA)

Resumo

O projeto horta escolar foi desenvolvido em 2016 com os alunos do 7º e 8º ano e ensino médio do Centro de Educação de Jovens e Adultos “Creuslhi de Souza Ramos”, do município de Confresa – MT. A atividade teve como objetivo trabalhar alguns conteúdos de química, ensino de ciências e reforçar a merenda escolar. No desenvolver do projeto foi possível trabalhar com os alunos sobre pH, medidas de pH com o uso de indicadores e calagem, tabela periódica, constituição do solo, nutrientes e condutividade iônica. Também foi realizado um levantamento e discutido sobre a propriedade e benefícios que as plantas cultivadas proporcionam. O projeto foi um grande sucesso, pois ocorreu uma grande interação e aprendizagem significativa.

Palavras chaves

horta no ensino; ensino de química; química da horta

Introdução

O projeto horta escolar foi desenvolvido no ano de 2016, no Centro de Educação de Jovens e Adultos “Creuslhi de Souza Ramos” que está localizado à Avenida Centro Oeste, nº 735, setor Vila Nova em Confresa – MT, com a finalidade de trabalhar alguns conteúdos da disciplina de química e ciências e reforçar a merenda escolar. Esta atividade envolveu alunos do 7º e 8º ano e ensino médio, todos eles participaram desde o implantar da horta escolar, como na preparação do local, no plantio e na colheita, todas essas etapas do projeto os alunos participaram ativamente. E todos trabalharam em conjunto, ocorrendo assim, trocas de conhecimentos, de experiências e de aprendizagem. Como destaca FAZENDA (1993), trabalhar com projetos pode ajudar no desenvolvimento dos estudantes de forma interdisciplinar. Precisamos aprender, a saber, a essência da abordagem científica e estabelecemos pontes entre as diferentes disciplinas, adaptando – se as exigências da vida profissional e atualizando – se constantemente, com muita criatividade e sabendo agir de forma cooperativa. SANTANA (2011), destaca que as atividades experimentais com finalidade didática não dependem exclusivamente de um laboratório de ciências, muitas delas podem ser realizadas com materiais do cotidiano.

Material e métodos

Para realização da horta foi escolhido uma área onde recebia luz direta do sol, o local foi gradeado e fez-se analise do solo para correção. Logo após ocorreu a construção dos canteiros, os mesmo tinha 1m de largura e 10m de comprimento (Figura 01). Depois de três dias de preparação, foi realizada o plantio das hortaliças sendo: alface, cebola, couve, beterraba, coentro, abobrinha rúcula, almeirão, alho, salsa, entre outras. Durante o processo de construção dos canteiros os alunos foram orientados e questionados sobre as propriedades do solo e adubação com esterco e adubo químico, e dos nutrientes encontrada nas espécies de hortaliças plantadas. E também foi solicitado para os alunos localizassem na tabela periódica cada elemento químico encontrado na horta escolar e, em sala de aula fazer uma pesquisa em livros e sites para obter mais informações, sobre esses elementos para a saúde humana. Esses questionamentos fazem os alunos contextualizar o ensino da química teórico com a prática, assim, foi possível despertar o interesse deles, nas propriedades de cada material utilizado na construção da horta, além da composição química, do valor nutricional e dos benefícios trazidos para a saúde. Logo após, em sala de aula, foi discutido e confeccionado uma tabela (figura 02) com os alunos sobre as principais fontes e as funções das vitaminas e sais minerais encontradas nas hortaliças da horta escolar que tem uma função importante para o nosso organismo. No desenvolvimento do projeto foram trabalhados vários conteúdos, como pH, medidas de pH com o uso de indicadores e calagem, tabela periódica, constituição do solo, nutrientes e condutividade iônica.

Resultado e discussão

O projeto da horta escolar, como alternativa no ensino de química e de ciências foi uma metodologia que demostrou grande sucesso, despertando o interesse dos alunos pelas as aulas e contribuindo para um bom aprendizado. A horta foi aproveitada como um verdadeiro laboratório de ensino, pois várias foram as lições aprendidas. As verduras da horta foram colhidas e utilizadas no preparo da merenda escolar, para aumentar o valor nutricional das refeições oferecidas pela escola. Segundo BRASIL (1999) essa interação dos alunos nas aulas práticas, faz com que eles entendem situações que não entendiam antes, pelo simples fato de utilizar coisas do cotidiano. Isso incentiva o aluno a querer aprender de forma significativa, melhorando assim, a qualidade do ensino.

Figura 01 -

Alunos construindo canteiros da horta escolar. Fonte: Arquivo pessoal.2016

Figura 02 -

Quadro de alguns nutrientes identificados na horta escolar e seus benefícios. Fonte: Arquivo pessoal.2016.

Conclusões

O projeto despertou o interesse dos alunos pelo assunto, instigando a curiosidade e a interação uns com os outros. Observou-se o quanto os alunos valorizaram o ensino de química, pois a ciência foi exposta para eles em uma atividade do cotidiano. As ações realizadas favoreceram a pesquisa, ao planejamento estratégico e ao trabalho em equipe. Sendo assim, implantar uma horta escolar se torna uma importante ferramenta didático-pedagógica, favorecendo o ensino interdisciplinar e ainda apresenta relativa importância no reforço à merenda escolar, além de proporcionar uma aprendizagem significativa.

Agradecimentos

Ao Instituto Federal de Mato Grosso - Campus Confresa.

Referências

BRASIL, Ministérios da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnologia. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio; Ciências da Natureza, Matemática e Suas Tecnologias; Brasília; MEC,1999.

FAZENDA, Ivani. A Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Loyola, 1993.

SANTANA, S.L.C. Utilização e Gestão de Laboratórios Escolares. Dissertação (mestrado).Programa de Pós – Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde. Universidade Federal de Santa Maria. 2011.

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