Diferentes Metodologias para a produção do Óleo do Coco Babaçu (Orbignya Speciosa)

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Produtos Naturais

Autores

Magalhães da Silva, M.J. (IFMA CAMPUS-CODÓ) ; de Jesus Lima Sousa Rodrigues, R. (IFMA CAMPUS-CODÓ) ; Magalhães, R. (IFMA CAMPUS-CODÓ) ; Nepomuceno dos Santos, P. (IFMA CAMPUS-CODÓ) ; Costa dos Santos, D. (IFMA CAMPUS-CODÓ) ; Silva, A.R. (IFMA CAMPUS-CODÓ) ; Costa de Oliveira, M.B. (IFMA CAMPUS-CODÓ) ; Cantanhede, E.C. (IFMA CAMPUS-CODÓ)

Resumo

O babaçu é um dos representantes mais importantes das palmeiras brasileiras, muito comum no estado do Maranhão e em grande parte da floresta amazônica (Pará, Amazonas, Rondônia, Acre e Bolívia). Cada palmeira pode apresentar até seis cachos, e são neles que ocorre a frutificação. Os frutos surgem de agosto a janeiro e apresentam uma forma oval alongada, de coloração castanha. Dentro de cada fruto podem ser encontradas de três a cinco amêndoas. Essas, são o produto extraído do fruto do babaçu que possui maior valor mercantil. Este trabalho tem como objetivo, verificar o rendimento do óleo do coco babaçu por três procedimentos diferentes. É praticamente o único sustento da região do Maranhão, na qual a extração das amêndoas envolve o trabalho de muitas famílias.

Palavras chaves

babaçu; rendimento; amêndoas

Introdução

O babaçu é o nome genérico de uma palmeira não cultivada e originária do Brasil classificada genericamente como Orbinya oleífera por botânicos, conhecida também como Orbinya speciosa , Orbinya mariana ou Orbinya phalerata. O extrativismo dessa palmeira é uma atividade secular no território nacional e atualmente produz cerca de 4 milhões de toneladas por ano. A época de frutificação do babaçu ocorre durante o ano todo, sendo que o pico da produção ocorre nos meses de agosto a janeiro e cada planta pode produzir até 6 cachos. Quando maduro, o fruto desprende-se e cai no solo. Esse fruto é constituído por quatro partes: epicarpo (casca), endocarpo (parte lenhosa), amêndoas e mesocarpo. Os principais produtos comerciais extraídos do Babaçu são o óleo, extraído da amêndoa que corresponde de 6% a 7% do peso total do fruto e a torta (resultante do processo). O óleo de coco como é popularmente conhecido é um dos produtos mais utilizados dentre os derivados do babaçu, podendo ser empregado para fins culinários, como lubrificante, em cosméticos, além de ser alvo de pesquisas científicas para a fabricação de biocombustíveis. No estado do Maranhão a atividade de extrativismo da amêndoa de babaçu envolve o trabalho de mais de 100 mil famílias enquanto no Piauí a sua exploração é considerada a mais importante do extrativismo vegetal. A extração do óleo de coco babaçu foi uma das atividades desenvolvidas com sucesso por discentes do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IFMA Campus Codó e tiveram como matéria prima a amêndoa do Orbignya speciosa.

Material e métodos

MATERIAIS UTILIZADOS: 2Kg de amêndoas de Orbignya Speciosa cortados em pequenos pedaços; liquidificador, fogão, panelas de aço inoxidavel , colheres, H2O, béquet de 500mL, e balança de precisão. Para a extração do óleo do babaçu, utilizou-se três metodos diferens o primeiro foi: MÉTODO A FRIO - foi pesado 666,66 gramas de coco, em seguida mediu-se 400mL de água e adicionou-se ao liquidificador. O leite obtido precisou fermentar para o óleo se separa da água. Isso pode acontecer deixando simplesmente descansar por algumas horas em uma vasilha coberta. O óleo se separa naturalmente da água e dos resíduos nela contido. Percebe- se ainda que há formação de três camadas de líquido: o óleo do coco por cima, a água no meio, e um creme fino no fundo. O óleo foi retirado com o auxílio de uma concha e o líquido foi transferido por uma garrafa PET limpa e a mesma foi colocada em um local sombreado, cuja temperatura era em torno de 25°C. Em um intervalo de seis a oito horas, o óleo ja esta separado do leite. Depois a garrafa foi posta na geladeira por aproximadamente três horas para o óleo se solidificar. A garrafa foi cortada para então retirada do óleo, que ao colocarmos em temperatura ambiente ficou líquido. MÉTODO DO COZIMENTO: similar ao méto anterior, pesou-se 666,66 gramas de coco foi extraído o leite. Posteriormente, foi levado ao fogo com temperatura de 220°C até a evaporação total da água e obteve-se o óleo. MÉTODO DA TORREFAÇÃO: colocou-se 666,66 gramas de coco numa panela de aço inoxidavel e foi levado ao fogo sempre mexendo até a amêndoa atingir a coloração marrom.Colocou-se no liquidificador e adicionou-se 400mL de água. Após foi levado ao fogo até evaporar a água ficando apenas o óleo.

Resultado e discussão

O óleo do coco babaçu, extraído por procedimentos físicos, revelou-se um produto final límpido e sem impurezas a olho nu. No método a frio obtivemos 180mL de óleo de coloração amarelo claro e odor da cobra do coco. No procedimento de cozimento, rendeu 250mL de óleo transparente. Já no método de torrefação extraiu-se 300mL de óleo com coloração marrom limpida e com odor de coco torrado. Então o método mais eficiente em termo de quantidade foi o método da torrefação.

Conclusões

A amêndoa do babaçu é altamente rica em fibras, além de sais minerais, amido e enzimas. Já a polpa desta planta é de característica farinácea e oleosa, é dela, mas principalmente das amêndoas – que concentram cerca de 60% do mesmo – que se extrai o poderoso óleo de babaçu. O óleo extraido por processo físico revelou um produto final limpido e isento de impurezas. Com base nos procedimentos feitos , o que se mostrou mais eficaz foi o método da torrefação, em que de 666,66 gramas de amêndoas, extraiu-se 300mL de óleo.

Agradecimentos

Agradeço a Deus pela sabedoria a mim concedida. A minha orientadora Erica de Cassia Cantanhede pelo apoio e a todos os alunos do curso de Licenciatura em química

Referências

Www.remedio-caseiro.com/oleo-de-coco-babacu-e-um-poderoso-antiviral-e-analgesico/
Www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/babacu-orbignya-speciosa.
FERREIRA,J. M,S. et al, A cultura do coqueiro no Brasil, Brasília(DF): EMBRAPA-SPI, 1998,297p.

VERUSKA, O.,Terra de palmeiras: As quebradeiras de coco babaçu do estado do Maranhão.ID, 2012, 104p.

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