ANÁLISE DO TEOR DE ÁLCOOL ETÍLICO NAS GASOLINAS COMERCIALIZADAS EM TABATINGA-AM.

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Química Orgânica

Autores

Almeida, W.A. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Rengifo, E.P. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Arcanjo, G.U. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Silva, J.R. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Oliveira, C.C. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Chagas, F.C.F. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Batalha, V.R. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Lopes, A.P. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Lima, R.A. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM) ; Almeida, A.A. (INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA/UFAM)

Resumo

A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos, obtida a partir da destilação do petróleo. No Brasil, antes da comercialização da gasolina, adiciona-se álcool anidro que deve estar em um percentual de até 27 %, com ± 1 % de margem de erro. O trabalho objetivou-se, determinar o teor de álcool presente nas gasolinas comercializadas em Tabatinga-AM, cidade está que faz fronteira com uma cidade peruana e outra colombiana, verificando se estão nos padrões exigidos pela ANP. O trabalho de caráter qualitativo teve como método adotado o teste da proveta, adicionou-se 25 mL de amostra e 25 mL da solução de NaCl 10 % em uma proveta de 50 mL, as análises foram realizadas em triplicata. Por meio, dos resultados verificou-se, que apenas a gasolina brasileira estava dentro dos padrões exigidos pela ANP.

Palavras chaves

Concentração de álcool et; livre comércio ; combustível

Introdução

A gasolina é obtida por meio do refino do petróleo, da qual perpassa por várias etapas. Alguns fatores podem influenciar no tempo de sua produção, tais como: o tipo do petróleo, o processo utilizado, a quantidade que se precisa produzir e o tipo de gasolina desejado. Nos últimos anos, o total de veículos no Brasil aumentou consideravelmente, o que acarretou o aumento do consumo de gasolina no país (SANTOS et al, 2012). No Brasil, a gasolina disponibilizada nos postos revendedores possui como composto oxigenado o álcool etílico anidro combustível (AEAC), sendo o teor de álcool é especificado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e biocombustíveis – ANP, qualquer valor acima do especificado é considerado adulterada. Para confirmar se a gasolina está adulterada, é realizado o teste da proveta, proposta pela Resolução ANP n.º 09/2007, na qual a adição da solução de cloreto de sódio na gasolina provoca a diluição do álcool na solução iônica de cloreto de sódio, separando-o da gasolina, pois o álcool tem uma certa quantidade de substâncias polares que são dissolvidas no seu semelhante. Na tríplice fronteira é comercializada na cidade brasileira tanto a gasolina nacional, quanto a peruana e colombiana, no entanto a competição é desleal, pois o combustível nacional é mais caro que os dos países vizinhos provavelmente devido aos impostos cobrados no Brasil. Os automóveis nacionais são fabricados para utilizarem gasolinas que estejam com teor de álcool etílico no padrão especificado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e biocombustíveis que é entre 18 % a 27 %. Desse modo, pretendeu-se determinar o teor de álcool presente nas gasolinas comercializadas no município de Tabatinga-AM, verificando se estão no padrão exigido pela ANP.

Material e métodos

Inicialmente, coletou-se 1 L de três amostras de gasolinas comuns tipo C, sendo uma em um posto de gasolina brasileira, outra em um posto clandestino de gasolina peruana e outra em um posto de gasolina colombiana, ambas comercializadas em Tabatinga-AM. Em seguida, aplicou-se os procedimentos conforme a Resolução ANP n° 9, de 7 de março de 2007, teste da proveta, feito com uma solução aquosa de cloreto de sódio 10 %. Para isto, pesou-se em uma balança semi-analítica 10 g de cloreto de sódio e dissolveu-se em 100 mL de água destilada em um Becker (100 mL). Em seguida, adicionou-se 25 mL da amostra brasileira em uma proveta de vidro de 50 mL previamente limpa e seca, logo depois, adicionou-se 25 mL da solução de NaCl 10% na mesma proveta completando assim os 50 mL do volume final. Fechou-se a proveta e misturou-se os líquidos três vezes de trinta em trinta minutos. Ao final a proveta ficou em repouso por trinta minutos de modo a permitir a visualização da separação completa das duas camadas: gasolina e água/álcool. Realizou-se, o procedimento em triplicata para ambas as amostras. A partir do volume de água + álcool determinou-se o volume de álcool, e a porcentagem dele nas porções.

Resultado e discussão

Ao término do repouso de trinta minutos dado a proveta para verificar a completa separação da camada polar da apolar, determinou-se a quantidade de álcool presente em cada amostra, subtraindo a quantidade em mL da camada polar formada pela água/álcool pela quantidade em mL da camada apolar formada pela gasolina e outros compostos. Em seguida, verificou-se a média desses valores para se ter um resultado mais preciso, como mostra o quadro 1. A partir da média dos volumes de álcool encontrado nas amostras calculou- se a porcentagem de álcool pela regra de três simples e obteve-se os seguintes resultados como mostra o quadro 2.A quantidade de etanol presente na gasolina deve estar dentro dos estabelecidos pela ANP, que está entre 18 % e 27 % em volume (DAZZANI, CORREIA E OLIVEIRA, 2002). Desta maneira, percebeu-se que a utilização tanto da gasolina peruana quanto da colombiana que são comercializadas livremente na cidade brasileira devido à fronteira causarão danos aos automóveis nacionais, pois estes são fabricados para utilizarem gasolina com o total de álcool etílico especificado pela ANP. No entanto, provavelmente na Colômbia e no Peru a produção do combustível não deve seguir padrões parecidos com os do Brasil, dessa maneira para elas serem comercializadas no País as mesmas deveriam seguir os padrões estabelecidos pela legislação brasileira, consequentemente deveria existir uma maior fiscalização dos combustíveis comercializados na cidade de Tabatinga-AM.

Quadro 1: Volume de álcool nas amostras



Quadro 2: Teor de álcool nas gasolinas comercializadas em Tabatinga-AM



Conclusões

Os resultados obtidos nas análises mostraram que o teor de álcool etílico na gasolina brasileira estava de acordo com o padrão exigido pela ANP. Entretanto, verificou-se que a gasolina peruana não contém álcool em sua composição e a gasolina colombiana contém um percentual abaixo do mínimo exigido pela ANP, desta maneira a utilização dessas gasolinas por automóveis brasileiros na tríplice fronteira danificará os veículos. Portanto, é necessário a utilização apenas da gasolina nacional pelos automóveis brasileiros.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a meus pais pelo esforço de me manterem na universidade, ao Laboratório de Química analítica, a Universidade Federal do Amazonas-UFAM, professo

Referências

DAZZANI, M; CORREIA, P. R. M.; OLIVEIRA, P. V. Explorando a Química na Determinação do Teor de Álcool na Gasolina. Química Nova na Escola, N° 17, P.42, 2002.
SANTOS, R. T. F.; SANTOS, M. O.; OLIVEIRA, M. M. Determinação do teor de álcool presente na gasolina comercializada na cidade de Caxias-MA. Anais... Congresso Norte e Nordeste de Pesquisa e Inovação, 7, 2012. P.1-4.

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