Ciência Forense: uma abordagem interdisciplinar no contexto teatral

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Iniciação Científica

Autores

Lourenço, T.O. (IFRN) ; Souza, J.B. (IFRN) ; Oliveira, J.B. (IFRN) ; Oliveira, M.S.F. (IFRN) ; Menezes, M.L.S. (IFRN)

Resumo

O trabalho aborda uma experiência dos bolsistas do PIBID/Química do IFRN campus Ipanguaçu, com os alunos do ensino médio da Escola Estadual Manoel de Melo Montenegro – EEMMM, localizada em Ipanguaçu/RN, ao desenvolverem cena teatral sobre a Química Forense. A proposta consistiu em trabalhar além da Química, outras disciplinas como Matemática, História, Artes de forma interdisciplinar.

Palavras chaves

FORENSE; QUÍMICA; PIBID

Introdução

Sabe-se da importância de desenvolver atividade e utilizar metodologias para que o aluno tenha uma aprendizagem significativa. Considerando o Ensino de Química, várias estratégias metodológicas de ensino têm sido propostas visando contribuir para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Lima, Santos e Sá (2016) afirmam que para Parâmetros Curriculares Nacionais (2000), trabalhar os conteúdos de química previstos para o ensino, de forma mais atrativa e contextualizada, abrindo alternativas para pensar em uma proposta de ensino que estabeleça uma relação ciência-vivência. Neste sentido, surge a proposta da realização de um teatro para ser trabalhado o tema Química forense. A química forense é conhecida entre os jovens por causa dos seriados de TV, como CSI - Investigação Criminal ou Criminal Minds. A química forense é a parte da Ciência que aplica os conhecimentos da Química e áreas afins aos problemas da natureza forense utilizando-se de métodos analíticos, fazendo assim uma ponte entre os conhecimentos químicos e a realidade social. E trabalhar química forense através do teatro pode contribuir na formação do sujeito, pois possui valores como artísticos e educacionais. Apesar do teatro se enquadrar na disciplina de artes, ela se relaciona com outras áreas como a química de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), “tem uma função tão importante quanto a dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades” (BRASIL, 1997b, p. 19).

Material e métodos

As ações dos bolsistas do PIBID/Campus Ipanguaçu para implementação da peça teatral forense, se estabeleceram a partir de uma reunião com os alunos e a supervisora do PIBID na escola EEMMM. Alguns alunos associaram a Química Forense com algumas séries de TV que abordavam os métodos de investigação. Se dividiu a peça na “Parte histórica”, narrando contribuições a partir da Química forense. A segunda parte foi intitulada de “Cena de um crime”, isto é, o lugar exato onde aconteceu o crime. Os bolsistas desenvolveram uma história fictícia sobre dois homicídios, deixando várias pistas. Os alunos usaram tecidos, papeis e cartolinas para a decoração da peça teatral. Também foram criados dois cômodos que sucederam os crimes, a casa e o escritório do advogado. Os aprendizes tiveram cuidado em deixar o cenário mais fiel possível. O primeiro homicídio foi da secretária, pois suspeitou que estivesse com a posse das provas desse advogado. O outro homicídio foi do advogado que tinha algumas provas que poderia colocar o criminoso na cadeia. Os personagens que atuaram durante essa cena foram: advogado e a secretária, 2 policiais, 5 peritos e 4 fotógrafos. Durante a encenação, os alunos que interpretavam os peritos executaram 2 experimentos, um de identificação de digital e outro para detectar sangue. As vidrarias utilizadas foram: 1 béquer, 1 tripé e 1 lamparina, também foi usado o reagente iodeto de potássio e o Luminol. Em seguida, os alunos que estavam visitando a sala tiveram um tempo para formularem suas hipóteses sobre os dois crimes, desse modo, estimulando o método investigativo dos discentes. Nessas hipóteses, os alunos tinham que fundamentar a partir das pistas que foram deixadas no local, da lógica e dos experimentos executados.

Resultado e discussão

A utilização de novas metodologias de ensino promove uma relação satisfatória aos alunos bem como no desenvolvimento da atuação do docente. Nos últimos anos, tem visto a necessidade de aplicar novas formas, novos métodos para ensinar a disciplina de química, visto que a mesma é dita por muitos discentes ser uma matéria de difícil compreensão. Por meio desses relatos, os bolsistas estabeleceram inicialmente relações interpessoais por parte dos alunos envolvidos durantes as atividades, a qual participaram as três séries do ensino médio do turno matutino, ou seja, diversas subjetividades juntas. Foi possível observa também, o empenho, a dedicação e o engajamento que cada discente teve durante as duas semanas de produção para a realização desse trabalho. Com essa ação, resultou-se em alunos capazes de estabelecer uma tomada de decisão, bem como em tornar um cidadão mais critico, por meio das hipóteses, e questionamentos levantados no momento da encenação da peça teatral. Ao final da peça teatral, os visitantes e os alunos envolvidos na encenação, tinham como objetivo apontar o culpado, considerando a cena, e todo o processo ocorrido, por meio dos experimentos, as pistas e as falas dos participantes da peça, dessa forma instigando aos alunos a tomada de decisão, os incentivando à pesquisa, ao trabalho em grupo, e a compreensão de fenômenos químicos.

Conclusões

È importante que os docentes busquem novos meios de desmitificar a disciplina de Química, demonstrando que é possível alcançar o entendimento dos alunos, através de ações que os motivem a estudar a disciplina. A aplicação da peça teatral abordando a ciência forense conseguiu proporcionar aos visitantes uma sensação de compreender os métodos investigativos dos principais marcos históricos que aconteceram no passar dos anos, sendo interpretadas pelos alunos, e possibilitando, entender que a Química forense é o principal recurso utilizado para a resolução de casos de fins judiciais no mundo.

Agradecimentos

IFRN CNPQ PIBID

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Parte III. Brasília: MEC, 2000.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
LIMA, Rafaela dos Santos; SANTOS, Ádria Oliveira; SÁ, Lucas Vivas de. QUÍMICA FORENSE: UMA PROPOSTA DE ENSINO CONTEXTUALIZADO. 2016. Disponível em: <www.eneq2016.ufsc.br/anais/resumos/R1619-2.pdf>. Acesso em: 09 ago. 2017.

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