Cafeína: hábito ou vício na adolescência

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

FEPROQUIM - Feira de Projetos de Química

Autores

Hinterholz Pastorini, W.D. (ESCOLA SESI DE ENSINO MÉDIO - ARTHUR ALUÍZIO DAUDT) ; Rabuske da Silva, G. (ESCOLA SESI DE ENSINO MÉDIO - ARTHUR ALUÍZIO DAUDT) ; Bernardes Marcolino, J. (ESCOLA SESI DE ENSINO MÉDIO - ARTHUR ALUÍZIO DAUDT) ; Machado de Oliveira, S. (ESCOLA SESI DE ENSINO MÉDIO - ARTHUR ALUÍZIO DAUDT) ; Borba Fehlberg, E. (ESCOLA SESI DE ENSINO MÉDIO - ARTHUR ALUÍZIO DAUDT)

Resumo

Desde a pré-história o homem consome alimentos vegetais que contem cafeína. Existem diversas fontes de ingestão, por isso, as pessoas consomem cafeína sem saber. Há alterações do sono na adolescência e estas causam problemas na saúde mental e física. A cafeína é a droga mais aceita e utilizada no mundo e, a maioria das pessoas não sabe dos seus benefícios e malefícios. Neste contexto, o aumento da ingestão de cafeína na escola de ensino médio, instigou a compreensão se a cafeína se tornou um hábito na adolescência e se há algum fator predominante. Análises preliminares indicam que existe um grande consumo de cafeína, que o questionário foi respondi, predominantemente, por mulheres, e os mesmo não sabem qual a atuação da cafeína em seus organismos nem seus benefícios e malefícios.

Palavras chaves

Cafeína; Hábito ou Vício; Adolescência

Introdução

Acredita-se que o motivo pelo qual muitas pessoas fazem uso do café é para que a cafeína atue como estimulante e elas fiquem mais tempo acordadas1. A cafeína é um dos maiores estimulantes da classe dos alcalóides, o que causa dependência química, ou seja, vicia3. Há relatos de diversas teorias que tentam explicar os efeitos fisiológicos da cafeína no corpo humano2. A mais aceita é que a cafeína atue na inibição dos receptores da adenosina, não a deixando cumprir sua função, por exemplo, sensações de sono e cansaço. Os efeitos da cafeína podem ser observados fisicamente, pois o consumo da mesma aumenta a capacidade de “alerta” e reduz a fadiga. Porém, como afeta sono, pode causar irritabilidade e aumentar a ansiedade. Estudos indicam que a cafeína, atua no sistema nervoso da mesma forma que a nicotina e que a ingestão única de apenas 10 g seria fatal para um adulto de peso e estatura média. Portanto, a cafeína é uma substância tóxica e se consumida com muita frequência, pode ser prejudicial para as crianças e adolescentes, pois possui substâncias que deixam as pessoas mais ativas, aumentando a respiração e a frequência cardíaca, diminuindo a sonolência3. Não são recomendadas, por pediatras, doses maiores do que 100 mg para adolescentes, pois afeta o desenvolvimento cerebral4. Há estudos que indicam um aumento de 70% do consumo de cafeína nos últimos 30 anos por crianças e adolescentes. Portanto, quis se avaliar o consumo consciente ou não de cafeína no cotidiano de adolescentes, se estes conheciam os benefícios e malefícios do consumo, compreender se e porque a cafeína se tornou um vício, se há algum fator predominante e diferença entre homens e mulheres.

Material e métodos

Para responder as questões: O consumo de cafeína na adolescência é consciente? Há motivos e exageros em seu consumo? Foi elaborado um questionário com o objetivo de avaliar se a ingestão de cafeína por adolescentes era ou não consciente, identificando se os mesmos sabem em que alimentos a consomem. Bem como, analisar qualitativamente a quantidade ingerida por eles diariamente e se haveriam diferenças nas respostas devido à idade e entre homens e mulheres. O questionário foi aplicado na escola de ensino médio SESI Arthur Aluízio Daudt em uma amostragem de 184 alunos. Também serão realizadas ações para conscientização de hábitos alimentares mais saudáveis, para que a cafeína seja consumida de forma a não prejudicar o organismo.

Resultado e discussão

Dos 184 adolescentes da escola de ensino médio SESI Arthur Aluízio Daudt, 117 responderam ao questionário, destes 66 são da parte feminina, 49 do masculino e 2 não informaram o sexo nem responderam as demais perguntas. A faixa etária é de 14 a 18 anos, sendo que 53% da amostra que respondeu possuem 15 anos. 100 adolescentes consomem os produtos que contêm cafeína, 8 responderam que talvez, pois, não sabiam que o produto que consumiam continha cafeína e ,apenas 7 responderam que não consomem. 66 adolescentes responderam que não sabem como atua a cafeína no organismo e 49 acreditam que sabem como atua. Sobre as vantagens e desvantagens do consumo da cafeína 62 adolescentes não sabem e 53 as conhecem. A grande maioria, 61 adolescentes, disseram que consumiam produtos com presença de cafeína porque gostavam e 22 porque dava energia, ou seja, para ficarem acordados. Outros 17 não sabiam por que a consumiam apenas dois por puro hábito e oito dizem que não consomem cafeína. Na lista de produtos que continham cafeína, o mais cosumido foi o chocolate que apareceu em 87% das respostas, o segundo foi o refrigerante de guaraná, 84%, o terceiro foi o café com 73% e o quarto os achocolatados com 70%. Outros produtos presentes na alimentação dos adolescentes são bala com energético, bebidas alcoólicas, chimarrão (erva- mate) e chás (verde preto e mate). Apareceu que a quantidade ingerida por dia de refrigerante era de três a cinco copos, de café foi de duas a três xícaras e achocolatados uma xícara. Também verificou-se o consumo de 10 balas com energéticos, 200g de chocolate por dia, e em festas cerca de três copos de bebidas alcoólicas, entre outras justificativas.

Conclusões

As análises indicam que na Escola SESI de Ensino Médio - Arthur Aluízio Daudt, existe um grande consumo de cafeína, que a maioria dos adolescentes tinha 15 anos e não sabiam como é a atuação da cafeína em seus organismos, e também quais são seus benefícios e malefícios, o questionário foi respondido, predominantemente, por mulheres.

Agradecimentos

Escola SESI de Ensino Médio - Arthur Aluízio Daudt - Sapucaia do Sul

Referências

1- OLIVEIRA, A.C.; SANTOS, E.P.; SILVA, M.S.; VIEIRA, T.P.R.; SILVA, S.M. Rev. Eletrônica Novo Enfoque, 2011, v. 12, n. 12, p. 68 – 79.
2-WILLIAMS, L.C.A. Universidade Federal de São Carlos, 2006.
3-FOGAÇA, J.R.V.. "Química da Cafeína"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/quimica-cafeina.htm>. Acesso em 17 de junho de 2017.
4-SANTOS, Lucas Nunes. Café e Cafeína: uma abordagem contextualizada e interdisciplinar. 2013. Monografia (Licenciatura em Química)-Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
5-WILLUMSNEN, M. Café, Cacau o crescimento econômico no Brasil. Revista de Economia Política, v. 11, n. 3, 1991.

Patrocinadores

Capes CNPQ Renner CRQ-V CFQ FAPERGS ADDITIVA SINDIQUIM LF EDITORIAL PERKIN ELMER PRÓ-ANÁLISE AGILENT NETZSCH FLORYBAL PROAMB WATERS UFRGS

Apoio

UNISC ULBRA UPF Instituto Federal Sul Rio Grandense Universidade FEEVALE PUC Universidade Federal de Pelotas UFPEL UFRGS SENAI TANAC FELLINI TURISMO Convention Visitors Bureau

Realização

ABQ ABQ Regional Rio Grande do Sul