QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO: ANÁLISES DOS PARÂMETROS FÍSICO QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ambiental

Autores

Costa, F.A. (IFTO: CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Ramos, M.L. (IFTO) ; Viroli, S.L.M. (IFTO: CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Paula, D.G.A. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)

Resumo

A água representa 75% de todo do planeta. Mesmo com esse quantitativo, apenas 3% corresponde à água doce e somente 0,03% desse volume estão disponíveis de forma direta aos seres humanos. A urbanização e o desenvolvimento industrial contribuem para o aumento da poluição prejudicando autodepuração dos recursos hídricos e qualidade e quantidade de água disponível ao consumo humano Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água para consumo humano na Cidade de Monte Santo – TO. Foram coletadas amostras de água para análises físico químicas e microbiológicas. Os resultados obtidos demonstraram que as análises da água oferecida à população de Monte santo apresentaram valores satisfatórios em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011.

Palavras chaves

Consumo humano; Qualidade da água; parâmetros físico químico

Introdução

A água representa 75% de todo planeta. Mesmo com esse quantitativo, apenas 3% corresponde à água doce e somente 0,03% desse volume estão disponíveis de forma direta aos seres humanos (BERTUOL e GONÇALVES, 2009). Ela é um componente indispensável para a vida no planeta, representando 70% do corpo dos seres humanos e transporta minerais e outras substâncias pelo corpo (BRAGA et al, 2005). A água potável não deve conter microrganismos patogênicos e deve estar livre de bactérias denominadas coliformes (FUNASA, 2006). Assim, não é suficiente apenas disponibilizar água em quantidade adequada, pois a sua qualidade é de uma importância crescente para todos os consumidores (SANTOS et al., 2011). É importante a realização de um controle e monitoramento periódico da qualidade da água utilizada para abastecimento e consumo humano pois ela é capaz de veicular grande quantidade de contaminantes físico-químicos e biológicos (TORRES et al., 2000). A água destinada ao consumo humano deve passar por um conjunto de etapas de tratamento de coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação e atender aos critérios de potabilidade estabelecido pela Portaria 2.914 de 2011 do Ministério da Saúde (FREITAS, 2002; BRASIL, 2012). O monitoramento constante das reservas detectado problema de poluição, da contaminação da água auxiliando o tratamento miniminizando a utilização de substâncias químicas para sua purificação é essencial para assegurar a própria saúde da população(CALAZANS et al., 2004; STRUCKMEIER et al, 2005; PADILHA ET AL, 2012). Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água para consumo humano na Cidade de Monte Santo – TO através das variáveis físico-químicas, microbiológicas e conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011.

Material e métodos

Foram realizadas coletas mensais em pontos fixos e pré-determinados pela companhia de saneamento no intervalo das 07:00 às 09:00 hora da manhã, durante os meses de fevereiro a novembro de 2016, totalizando dez (10) amostras para análise físico-químicas e dez (10) para microbiológicas. Os procedimentos adotados para coleta, transporte das amostras seguiram os procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2006) e Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras da Agência Nacional de Água e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB, 2011). Após 30 segundo de escoamento da água, foram coletados 100 mL, de água em cada ponto amostral em frascos de polietileno esterilizado e identificado. As amostras identificadas foram acondicionadas, em uma caixa térmica, e transportadas para o Laboratório de Saneamento do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Tocantins – Campus Paraíso do Tocantins para analises das amostras. As análises de potencial hidrogeniônico (pH), cloro residual livre (CRL), turbidez e cor seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater da AWWA (America Water Works Association) (APHA, 2005) e as de coliformes totais e termotolerantes por meio da técnica de Tubos Múltiplos, conforme procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2006) e comparados com a Portaria n°. 2.914 de 12 de janeiro de 2011, do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012)

Resultado e discussão

A Tabela 01 e Gráfico 01 abaixo apresentam os resultados dos parâmetros analisados conforme estabelecidos pela Portaria MS nº 2.914/2011. Os valores encontrados para turbidez variaram de 0,22 ± 0,51 NTU, estando em conformidade com a legislação. A Portaria citada obriga teor de cloro residual livre de, no mínimo, 0,2 mg/L e teor máximo permitido é igual 5 mg/L. O cloro residual livre apresentou variação de 0,02 ± 0,77 mg/L. Os valores determinados para o pH variam de 6,92 ± 0,13, e todos os obtidos nas coletas atendem esse limite, observados entre 6,80 a 7,10. A cor teve uma variação de 1,00 ± 5,00 uC. Paula et. al. (2016) realizando estudos sobre a água para consumo humano encontrou valores encontrados para turbidez de 0,44 ± 0,10 NTU,teor de cloro residual livre de 0,28 ± 0,18 mg/L, pH de 6,92 ± 0,13 e cor variação de 2,16 ± 1,43 mgPt/L. O grupo dos coliformes termotolerante é representado pela Escherichia coli considerada indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos patogênicos. A legislação estabelece que a água distribuída a população seja isenta de coliformes termotolerantes em 100 mL, independente do número de amostras analisadas. Quanto aos indicadores de contaminação microbiológica (coliformes totais e fecais), nenhuma das amostras apresentou presença desses coliformes, atendendo o que estabelece a portaria referida anteriormente. De acordo com os dados obtidos pelas análises físico- químicas e microbiológicas da água verifica-se que as amostras apresentaram valores para os parâmetros físico-químicos e microbiológicos em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011.

Resultados dos Parâmetros analisados

Tabela 01. Análises dos parâmetros físico químico e microbiológicos da água para consumo humano

Resultado dos parâmetros analisado

Gráfic o01. Análises dos parâmetros físico químico e microbiológicos da água para consumo humano na Cidade de Monte Santo

Conclusões

Os resultados obtidos demonstraram que as análises físico-químicas e microbiológicas da água oferecida à população de Monte Santo apresentaram valores em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011, que estabelece o padrão de potabilidade da água para consumo humano.

Agradecimentos

A DEUS AO IFTO:CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS

Referências

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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, 04 de janeiro de 2012, p. 43-49.

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IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e estatística. Paraíso do Tocantins – Dados Básicos. 2012.

FREITAS, M. B.; BRILHANTE, O. M.; ALMEIDA, L. M. Importância da análise da água para a saúde pública em duas regiões do Estado do Rio de Janeiro: enfoque para coliformes fecais, nitrato e alumínio. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p. 651- 660, 2002.

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SANTOS, D.; MOREIRA, M.; ALMEIDA, A. B. Avaliação do risco da degradação da qualidade da água em sistemas públicos de abastecimento. 2011. Disponível em: < https://rdpc.uevora.pt:8443/handle/10174/3466 . Acesso em: 23 maio. 2017.

SOUSA C.P. Segurança alimentar e doenças veiculadas por alimentos: utilização do grupo coliforme como um dos indicadores de qualidade de alimento. Rev. Atenção Primária à Saúde 2006;9(1)83-8.

TORRES, D. A. G. V. CHIEFFI P.P.; COSTA W. A.; KUDZIELICS E. Giardíase em creches mantidas pela prefeitura do município de São Paulo, 1982/1983. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, v.33, p. 137- 141, 2000

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