O EMPREGO DE PLANTAS MEDICINAIS E SEU USO CASEIRO NA COMUNIDADE DO CIZINO NO MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA DO PARUÁ, MA, BRASIL

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Produtos Naturais

Autores

Abreu, S.O.C. (CENTRO DE E. PROF. CLEOBETO DE OLIVEIRA MESQUITA) ; Pinho, M.S. (CENTRO DE E. PROF. CLEOBETO DE OLIVEIRA MESQUITA) ; Rodrigues, S.N. (CENTRO DE E. PROF. CLEOBETO DE OLIVEIRA MESQUITA) ; Silva, W.L. (CENTRO DE E. PROF. CLEOBETO DE OLIVEIRA MESQUITA) ; Silva, F.S. (CENTRO DE E. PROF. CLEOBETO DE OLIVEIRA MESQUITA)

Resumo

O emprego das plantas medicinais tem uma grande importância popular, pois são de fácil acesso e baixo custo. Entretanto este fato está atrelado a dificuldade de acesso às formas tradicionais da medicina e a falta de profissionais da saúde. Objetivou-se realizar um levantamento sobre plantas medicinais empregadas na comunidade do Cizino em Stª Luzia do Paruá - MA, bem como seu uso caseiro no controle de enfermidades. Realizou-se 56 entrevistas tendo como aplicação de um chek list. Os resultados apresentaram predominância das folhas como principal meio de preparo sobretudo para chás, além do pobre conhecimento popular em relação ao preparo de remédios caseiros para o tratamento da diabetes. Logo foi de suma importância para comunidade a valorização do reconhecimento das plantas medicinais.

Palavras chaves

enfermidades; remédios; utilização

Introdução

A utilização popular de plantas medicinais é uma das mais antigas implementações na busca pela cura de enfermidades na sociedade. Esta prática acompanha os seres humanos desde os seus primórdios, apesar da grande evolução científica sobre o assunto, o que conhece ainda hoje provém do conhecimento popular. Esta prática tornou-se trivial por meio de muitos fatores propícios a população, tais como: o baixo custo, a fácil localização, além de poder tê-las em seu próprio domicílio. Segundo Silva (2016), uma das preocupações nesta pauta é a sua utilização. Grande parte desses recursos terapêuticos é empregada de maneira indiscriminada podendo deixar sequelas ou levar até a morte. Estas plantas medicinais podem ser utilizadas de diversas e variadas formas, sua principal preparação é o chá, além desse, há banhos de ervas e preparados. Essas preocupações acabam sendo reflexo de uma carência e precariedade nas redes públicas de saúde. Este é um dos motivos das comunidades rurais aderirem ao emprego dos próprios recursos naturais que lá existem. Neste parâmetro que o Maranhão se destaca com uma rica diversidade de plantas nativas, mas que em sua maioria, poucas foram estudadas cientificamente, de tal maneira que pudesse comprovar nelas algo benéfico à saúde. O Município de Santa Luzia do Paruá – MA, mais precisamente na comunidade do Cizino há uma grande utilização de plantas medicinais, proveniente à base das tradições antigas sobre a utilização de plantas para fins curativos. Diante do exposto estudo teve por objetivo realizar um levantamento sobre plantas medicinais empregadas na comunidade do Cizino em Santa Luzia do Paruá – MA, bem como seu uso caseiro no controle de enfermidades.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada no município de Santa Luzia do Paruá – MA, mais precisamente na comunidade do Cizino, localizado na região do Alto Turi, BR 316, cujo sua população é constituída de 159 famílias de várias etnias não havendo uma predominante, tendo como fonte de renda familiar a agropecuária, agricultura, piscicultura e apicultura. As entrevistas foram realizadas com base no método de Richardson (2010), e adaptada, tendo como aplicação de um chek list. A mesma foi constituída por 56 entrevistados e perguntas semiestruturadas, por meio de contato direto individual onde foi possível analisar quais plantas medicinais são conhecidas e utilizadas popularmente, além do uso de medicamentos industrializados.

Resultado e discussão

De acordo com os principias resultados obtidos no presente estudo, observou- se a predominância das mulheres em relação ao cultivo e preparo de plantas medicinais, assim como a utilização da folha como principal meio de preparo sobretudo para chás. Conforme o atual estudo, também pôde-se observar resultado semelhante ao de Guerra et al. (2010). Entre as espécies citadas, as partes mais utilizadas para o preparo de remédios são folhas e cascas, além de frutos, flores e sementes. Coan e Martins (2013), ainda comentam que, nas “folhas da maioria das espécies vegetais, é que se concentra grande parte dos princípios ativos como ilustrado no gráfico 7. Além de um pobre conhecimento da população em relação ao preparo de remédios caseiros com plantas medicinais para o tratamento da diabetes. Segundo Carvalho (2011) sobre plantas medicinais no tratamento de diabetes mellitus, nota-se uma eficácia quanto aos ensaios fitoquímicos, graças a obtenção das substâncias mediante aos produtos naturais, exposto no gráfico 9. Outros resultados quanto a utilização de remédios caseiros e industrializados, estudo realizado por Coan e Matias (2013) também citam que a população utiliza as plantas medicinais como forma alternativa de cura de enfermidades, visto que, muitas delas que têm acesso à medicina tradicional, dispõem de poucos recursos financeiros para adquirir medicamentos industrializados. Quantos os resultados das forma as quais as plantas medicinais podem ser preparada, os resultados encontrados neste estudo foram similares aos de Pilla et al. (2002) Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antonio do Levérger, MT, Brasil e Teixeira e Melo (2006) Plantas medicinais utilizadas no município de Jupi, Pernambuco, Brasil, notando-se predominância do chá.

Figura 1.

Gráfico 7: Partes das Plantas medicinais que são mais utilizadas.

Figura 2.

Gráfico 9: Utilização de alguma planta medicinal no tratamento da diabetes.

Conclusões

A utilização de plantas medicinais no Cizino, mostrou-se prevalecente entre os mais idosos, assim tendo uma preocupação para passar este conhecimento aos mais jovens para que este conhecimento medicinal alternativo não se perca. A pesquisa, no entanto, obteve resultado discrepante em relação a utilização do chá como principal meio de remédio fitoterápico, quanto ao suco, xarope e o pó da folha que não obtiveram resultados esperados além de um pobre conhecimento da população em relação ao preparo de remédios caseiros no tratamento da diabetes.

Agradecimentos

A Escola Cleobeto de Oliveira Mesquita e a todos que contribuiram e incentivaram na realização deste estudo.

Referências

CARVALHO, L. S.; plantas medicinais no tratamento de diabetes mellitusplantas medicinais no tratamento de diabetes mellitus Goiânia, Disciplina: seminários aplicados, 2011. Disponível em: <https://portais.ufg.br/up/67/o/semi2011_Luciana_Carvalho_2c.pdf>. Acesso em: 8 de junho, 2017.
COAN, C.; M.; MATIAS, T.; A utilização das plantas medicinais pela comunidade indígena de Ventarra Alta- RS, 2013. Disponivel em: <http://revista.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios2/article/view/958>. Acesso em: 27 de junho de 2017.
GUERRA, A.; M.; N.; M.; PESSOA, M.; F.; SOUZA, C.; S.; M.; MARACAJÁ, P.; B. Utilização de plantas medicinais pela comunidade rural Moacir Lucena, Apodir- RN. Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 3, p. 442-450, May/June 2010, Disponivel em: <file:///C:/Users/INFOWAY/Downloads/7091-29774-1-PB%20(1).pdf>. Acesso em: 27 de junho de 2017.
PILLA, M.; A.; C. AMOROSO, M.; C.; M.; FURLAN, A. Obtenção e uso das plantas medicinais no distrito de Martim Francisco Município de Mogi-Mirim, SP, Brasil, 2006. Disponivel em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v20n4/05.pdf >. Acesso em 12 de junho 2017.
RICHARDSON, R.J. et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2010. Disponível em: <https://prezi.com/sblzw4vzkebv/richardson-rj-pesquisa-social-metodos-e-tecnicas-3-ed/ >. Acesso em 18 de junho 2017.
SILVA, F.; S. Avaliação fitoquímica e atividade antibacteriana do extrato hidro alcoólico das folhas Hibiscus sp. Monografia (Graduação) – Curso de Licenciatura em Química. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, Zé Doca, 2016.
TEIXEIRA, S.; A.; MELO, J.; I.; M. Plantas medicinais utilizadas no município de Jupi, Pernambuco, Brasil, 2014. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/upload/20140328134524ih61_p5_11.pdf>. Acesso em 24 de junho 2017.

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