Estudo dos Constituintes Químicos do Extrato metanólico do Caule de Mabea Angustifolia

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Produtos Naturais

Autores

Silva, T. (UNIFESSPA) ; Guilhon, G. (UFPA)

Resumo

Mabea angustifolia Spruce ex. Benth. ocorre na Bolívia, Brasil e Peru. No Brasil é encontrada nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Goiás, Maranhão, Pará e Rondônia. Esta é a continuação de estudos desenvolvidos com extratos de Mabea angustifolia. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de determinar a composição química dos extratos orgânicos extraídos do caule de Mabea angustifolia. Através de métodos clássicos de análise foi possível identificar substâncias principalmente da classe dos triterpenóides. Estudos com os extratos do caule desta espécie ainda serão realizados.

Palavras chaves

Mabea angustifolia; Triterpenos; Mabea

Introdução

Mabea angustifolia Spruce ex. Benth. ocorre na Bolívia, Brasil e Peru. No Brasil é encontrada nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Goiás, Maranhão, Pará e Rondônia. É uma árvore de 6 m de altura, apresenta inflorescência verde e vermelha e frutos vermelhos (informações obtidas do registro da exsicata). Também para esta espécie, não foram encontrados na literatura registros de estudos químico e/ou biológico. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de determinar a composição química dos extratos orgânicos extraídos do caule de Mabea angustifolia.

Material e métodos

O material botânico foi coletado no município de Campina do Guajará – PA, e identificado por botânicos do Museu Emílio Goeldi, em cujo herbário uma exsicata está depositada. O material botânico, após ser separado em caule e folhas, foi seco ao ar livre e moído em moinho de facas. O material vegetal moído e seco foi extraído por percolação à temperatura ambiente sucessivamente com hexano (4 L) e metanol (4 L). As soluções obtidas foram concentradas a vácuo em evaporadores rotativos. Foram obtidos os extratos hexânicos das folhas (EHF) e caule (EHC) e metanólicos das folhas (EMF) e caule (EMC). Os extratos obtidos foram analisados por cromatografia em camada delgada comparativa (CCDC). 10 g do extrato metanólico do caule foi fracionada através de cromatografia em coluna em gel de sílica, utilizando- se misturas binárias como solventes de eluição. Foram coletadas 5 frações de 500 mL das frações 3, 4 e 5, enquanto que foram coletados 200 mL das frações 1 e 2. O fracionamento cromatográfico das frações menos polares do extrato metanólico levou ao isolamento de quantidades adicionais da mistura das substâncias 1 – 2, 3 – 6, 24, 27, 41 e 58, ésteres metílicos, ácidos graxos e hidrocarbonetos saturados. A fração 5 (4,4 g) era constituída de uma mistura de várias substâncias que se assemelhava a frações já identificadas como ésteres graxos e acetatos de triterpenos. A mesma foi recristalizada em metanol e cinco novas frações foram obtidas. A subfração 1, de maior massa, apresentava-se como uma mistura complexa e foi recristalizada com Acetato – metanol e o espectro RMN 1H da mistura permitiu identificar as substâncias 30 – 32, 47 – 51 e 62 – 65. A subfração 2 apresentou um mistura de 33, 34, 42 e 43. A mistura das substâncias 37 e 38 (13 mg) foi obtida da subfração 3.

Resultado e discussão

O principal objetivo deste trabalho foi o estudo químico das folhas e do caule de Mabea fistulifera subsp. robusta, Mabea angustifolia e Mabea pohliana juntamente com a avaliação das atividades fitotóxica e antimicrobiana. As espécies em estudo apresentaram constituintes químicos de diferentes classes de metabólitos como diterpenos, triterpenos, esteroides e fenólicos. Todas as três espécies analisadas apresentaram como constituintes majoritários triterpenos pentacíclicos pertencentes à classe dos ursanos, oleananos e lupanos. Compostos fenólicos foram identificados apenas de M. fistulifera subsp. robusta e M. angustifolia incluindo ácidos fenólicos e um tanino.

Conclusões

O principal objetivo deste trabalho foi o estudo químico do caule de Mabea angustifolia. A espécie em estudo apresentou constituintes químicos de diferentes classes de metabólitos como diterpenos, triterpenos, esteroides e fenólicos. A espécie analisada apresentou como constituintes majoritários triterpenos pentacíclicos pertencentes à classe dos ursanos, oleananos e lupanos.

Agradecimentos

À UFPA pela estrutura.

Referências

1<http://www.tropicos.org/Name/50080694> Acesso em: 20/03/2011. 2 Barros, D. A. D., Alvarenga, M. A., Gottlieb, O. R., Gottlieb, H. E.; Naringerin coumaroylglucosides from Mabea caudata. Phytochemistry 21(8), 2107-2109. 1982. 3 Brooks , G., Evans, A. T., Markby, D. P., Harrison, M. E., Baldwin, M. A., Evans, F. J.; Phytochemistry 29(5), 1615-1617. 1990. 4 Garcez, W. S., Garcez, F. R., Pelliciari, I., Hara, S. M., Ferreira, F. C., Nakasse, L. Y., Siqueira, J. M. A.; bioactive naringerin coumaroyl glucoside from Mabea fistulifera subsp. robusta. Planta Medica 63, 386; 1997. 5 Silva, T. L.; Estudos fitoquímico e alelopático dos extratos hexânicos e metanólicos das folhas e do caule de Mabea fistulifera subsp. robusta. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal do Pará. 2005.

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