ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E CITOTÓXICA DA CASCA DE ASPIDOSPERMA NITIDUM.

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Produtos Naturais

Autores

Sales, M.L.F. (UFAM) ; Nunomura, R.C.S. (UFAM) ; Costa, E.V. (UFAM)

Resumo

A região amazônica apresenta uma vasta biodiversidade, utilizando a estratégia de combinar informações de conhecimento popular para o uso medicinal de espécies regionais com estudos fitoquímicos, a espécie Aspidosperma nitidum pertencente à família Apocynaceae, é muito utilizada pela população através do chá de suas cascas apesar dos poucos estudos que comprovem sua eficácia como produto medicinal. Neste trabalho foi avaliado a atividade citotóxica frente as células tumorais HCT116 (carcinoma de colón humano), HepG2 (carcinoma hepatocelular humano), HL-60 (leucemia promielocítica humana) e MRC5 (fibroblasto de pulmão humano) dos extratos e fases da partição, onde a fase clorofórmica foi considerada ativa. Já no ensaio antioxidante, a fase Acetato de etila, apresentou atividade moderada.

Palavras chaves

A. nitidum; atividade citotóxica; atividade antioxidante

Introdução

A. nitidum é uma árvore de grande porte cujo habitat é floresta de terra firme sendo utilizado popularmente para profilaxia contra malária, tratamentos de afecções do fígado e estômago, contraceptivo apesar disso, há poucos estudos da espécie, entretanto, o gênero Aspidosperma apresenta importância como fornecedora de madeira e detentora de alcaloides (GOMES et al, 2001). Esta classe de substância se destaca pelo potencial no tratamento de cânceres. Diante disso, este trabalho busca avaliar a atividade citotóxica em células tumorais e antioxidante dos extratos e fases da partição das cascas da espécie Aspidosperma nitidum.

Material e métodos

O material vegetal foi coletado na fazenda experimental da UFAM, depois de seco, a casca (1,2Kg) foi moída e submetida a maceração a frio com hexano, obtido o concentrado hexânico (CHAN 7,76g) e seguido de extração com metanol, e como resultado, o concentrado metanólico (CMAN 11,75g). Este último foi submetido a uma partição com os solventes, hexano (PHAN), clorofórmio (PCAN), acetato de etila (PAAN), hidroalcóolica (PHAAN). No qual, cada fração foi submetida a análise da atividade citotóxica por meio do método de Alamar Blue (O'BRIEN et al., 2000), além do ensaio de antioxidante pelo método do sequestro de radical livre DPPH, onde a quercetina foi utilizada como padrão de controle positivo (RUFINO,2010).

Resultado e discussão

A análise da atividade citotóxica mostrou que a amostra PCAN foi capaz de inibir pelo menos 90% da proliferação sendo assim, considerada ativa e com isso, apresentou baixo valor de IC50 < 30 µg/mL. Este resultado pode ser justificado pela presença de alcaloides na amostra, visto que, nas espécies do gênero Aspidosperma esta classe é responsável pela sua atividade farmacológica. O resultado da avaliação do potencial antioxidante frente ao radical DPPH, mostrou que as amostras dos extratos e fases da partição não apresentaram boa atividade IC50 >1000 µg/mL exceto a fase acetato de etila com IC50 906,43 ± 5,79 µg/mL demonstrando uma atividade moderada.

Tabela 1

Porcentagem de inibição da proliferação celular em linhagens de células tumorais.

Tabela 2

Valores de IC50 para atividade citotóxica em linhagens de células tumorais versus não tumorais. Doxorrubicina (DOX) foi usada como controle positivo.

Conclusões

Portanto as análises biológicas iniciais demonstraram que a fase da partição da casca pode ser uma fonte promissora de alcaloide com atividade anticâncer o que pode justificá-lo como produto terapêutico.

Agradecimentos

À Universidade Federal do Amazonas – UFAM, CAPES e a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz.

Referências

GOMES, S. M.; CAVALCANTI, T. B. Morfologia floral de Aspidosperma Mart. & Zucc. (Apocynaceae). Acta bot. bras., São Paulo, v. 15, n. 1, p. 73-88, Apr. 2001.
O’BRIEN, J.; WILSON, I.; ORTON, T.; POGNAN, F. Investigation of the Alamar Blue (resazurin) fluorescente dye for the assessment of mammalian cell cytotoxicity. European Journal of Biochemistry, England, v. 267, n.17, p.5421-6. Sep. 2000.
RUFINO, M. S. M.; ALVES, R. E.; BRITO, E. S.; PEREZ-JIMÉNEZ, J.; CALIXTO-SAURA, F.; MANCINI-FILHO, J. Bioactive compounds and antioxidant capacities of 18 non-traditional tropical fruits from Brazil. Food Chem., v. 121, p. 996-1002, 2010.

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