PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Hedychium coronarium J.KOENIG.

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Produtos Naturais

Autores

Sant'anna Cavalcante, F. (UNISL) ; Alves Couto, C. (UNISL) ; Abreu Lima, R. (UFAM) ; Alves Facundo, V. (UNIR)

Resumo

Hedychium coronarium, conhecida popularmente como lírio-do-brejo, é uma planta monocotiledônea macrófita da família Zingiberaceae. O trabalho teve por objetivo realizar a triagem fitoquímica do extrato etanólico das folhas de H. coronarium, trabalho este realizado no Laboratório de Fitoquímica do Centro Universitário São Lucas. A planta foi coletada no campus da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e pesadas frescas obtendo-se 500 g. Sendo desidratada, triturada e colocada em etanol 96 % para a obtenção do extrato. Posteriormente, foram realizados testes fitoquímicos baseados na coloração e precipitação. Os resultados obtidos neste estudo revelaram que a espécie estudada apresenta metabólitos secundários que podem servir como matéria-prima para a síntese de substâncias bioativas.

Palavras chaves

Zingiberaceae; Lírio-do-brejo; Metabolismo

Introdução

A Amazônia é o berço da biodiversidade de plantas e animais onde nenhum lugar do mundo existe tal diferença de vida. Apesar da Amazônia ser a região de maior biodiversidade do planeta, apenas uma fração dessa biodiversidade é pouca conhecida. Hedychium coronarium J.Koenig. (lírio-do-brejo) planta é monocotiledônea macrófita da família Zingiberaceae, originária da Ásia Tropical e aclimatada nas Américas, principalmente no Brasil e é comumente encontrada em regiões de brejo. O lírio-do-brejo (H. coronarium) é uma espécie originaria da Ásia e conquistou uma áreas alagáveis da América tropical, sendo uma das espécies mais comum no Brasil neste tipo de ambiente. Apresenta flores grandes, de coloração creme, muito perfumadas, principalmente nos horários mais úmidos do dia. Os seus rizomas subterrâneos, bastante robustos, tem alto poder de propagação e, mesmo quando toda a parte aérea é removida, a planta rebrota rapidamente, ocupando novamente o espaço e paisagem local (LORENZI; SOUZA, 2012). Com isso, o presente trabalho teve por objetivo realizar a triagem fitoquímica do extrato etanólico das folhas de H. coronarium.

Material e métodos

A planta foi coletada no campus da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e pesadas frescas obtendo-se 500 g. Logo após o material foi separado a fim de separar as folhas viáveis sendo desidratada em estufa a 50º C pelo período de 48 horas. Em seguida, as folhas secas e trituradas obtendo-se 150g, após adicionou-se um litro de etanol a 96 % onde permaneceram por sete dias. Em seguida, o material foi filtrado e submetido ao processo de destilação simples. Posteriormente, foram realizados testes fitoquímicos do extrato etanólico, baseados em precipitação e coloração utilizando reativos específicos para o reconhecimento dos Alcaloides (Mayer, Wagner e Dragendorff), Glicosídeos cardiotônicos (Kedde, Keller-Killiani, Lieberman, Salkowski, Baljet e Raymond-Marthoud), Cumarinas, Flavoniodes, Taninos (hidrolisáveis e condensados), Saponinas e Triterpenos (Lieberman-Buchad e Salkowiski).

Resultado e discussão

Como resultado observou-se a presença de glicosídeos cardiotônicos utilizando os reagentes (Salkowski ,Kedde, Keller-Killiani, Lieberman, Baljet e Raymond-Marthoud), taninos condensados, hidrolisáveis e triterpenos utilizando o reagente (Liebermann-Burchard e Salkowiski). Sendo positivo também para Saponinas devido à presença de precipitação que é característico deste metábolito. Pórem apresentou ausência para alcaloides, cumarinas e flavonoides utilizando-se todos os reagentes específicos. Atualmente, inúmeros experimentos evidenciam o fato de que muitos metabólitos secundários presentes nas plantas, como os terpenos, alcaloides, glicosídeos cianogênicos, saponinas, taninos, antraquinonas são aleloquímicos que representam caracteres adaptativos e que tem se diversificado durante a evolução pela seção natural a fim de proteger as plantas contra vírus, bactérias, fungos, plantas concorrentes e contra os herbívoros (WINK, 2003).

Conclusões

Os resultados obtidos neste estudo revelaram que a espécie estudada apresenta metabólitos secundários que podem servir como matéria-prima para a síntese de substâncias bioativas. Sendo necessário o isolamento e purificação dos princípios ativos para que eles possam ser testados contra microrganismos e patógenos visando à prospecção.

Agradecimentos

A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e ao Laboratório de Fitoquímica do Centro Universitário São Lucas.

Referências

LORENZI, H.; SOUZA, H.M. Botânica Sistemática. 3.ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2012. 768p.

WINK, M. Evolution of secondary metabolites from an ecological and molecular phylogenic perspective. Phytochemistry, v. 64, n.1, p.3-19, 2003.

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