Estudo comparativo de extratos da folha de jambo (Syzygyum jambos) pelo sequestro do radical livre DPPH

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Iniciação Científica

Autores

Jales de Paula, B. (UECE) ; de Queirós Júnior, J.E. (UECE) ; Vasconcelos Maia, S.S. (UECE) ; Freitas Ferreira, F.R. (UECE) ; Soares Costa Oliveira, M. (UECE)

Resumo

O Jambo é encontrado no nordeste do Brasil e podemos extrair os frutos, o qual pode ser consumido in natura ou em forma de compotas. Os frutos são ricos em vitaminas A, B1, B12, além de cálcio, ferro e fósforo. Nesse sentido, o trabalho foi estruturado da seguinte forma foi preparado o Extrato da Folha do Jambo (EFJ) de duas formas: por maceração com álcool etílico 96% e por extração a quente em sistema soxhlet com o solvente hexano. Sendo assim esse trabalho tem como objetivo estudar as folhas do jambo por meio de estudo comparativo dos extratos etanólico e hexânico das folhas de jambo pelo sequestro do radical DPPH.Os resultados obtidos no teste dos fitoquímicos foi comprovado que devido a presença desses metabólitos foi constatado uma boa atividade antioxidante nos extratos.

Palavras chaves

Jambo; Antioxidante; Folhas

Introdução

Syzygium jambo, pertence à família Myrtaceae, popularmente conhecida como jambo-vermelho, tem origem asiática, mais especificamente originária da Índia e da Malásia. No Brasil, é encontrado nos estados da região Norte, Nordeste e nas regiões quentes do Sudeste. As folhas do jambo são utilizadas popularmente para a fabricação de chá que ajuda a emagrecer e para conter a diarréia. Evidências experimentais sugerem que os radicais livres e espécies reativas de oxigênio podem contribuir para o desenvolvimento de um grande número de doenças, como câncer, envelhecimento, aterosclerose, isquemia, inflamação e doenças neuro-degenerativas como mal de Parkinson e de Alzheimer, (GUERRA, 2001). A maioria dos antioxidantes de plantas superiores são polifenóis, que mostram muitas vezes atividades biológicas como antibacteriana, anticarcinogênica, antiinflamatória, antialérgica, estrogênica e imuno-estimulante. A atividade antioxidante está relacionada com a estrutura química do antioxidante, que influencia as propriedades físicas como: volatilidade, solubilidade e estabilidade térmica. Além da relação estrutura – função existem diversos fatores como a natureza do lipídeo, o estado físico, as condições de armazenamento e a atividade da água, que ditam a eficiência dos vários tipos de antioxidante. Existem duas categorias básicas de antioxidantes: sintéticos e naturais. Em geral, os antioxidantes sintéticos são compostos fenólicos contendo variáveis graus de substituintes alquilas, enquanto os naturais são compostos fenólicos, como quinonas, lactonas e polifenóis (ARAUJO, 2008).

Material e métodos

As folhas foram secas à temperatura ambiente e depois imersas em etanol (96%) por 14 dias, após esse período o conteúdo foi rotaevaporado para retirada do etanol e aquecido em banho-maria por 6 horas para total retirada da água. As folhas foram secas à temperatura de 70°C em estufa e depois foram trituradas e colocadas no sistema soxhlet com hexano durante 8 horas interruptas. Após esse período o conteúdo foi rotaevaporado para retirada do hexano e aquecido em banho-maria para total retirada do solvente. As atividades antioxidantes in vitro do extrato da folha de S. Malaccense foram determinadas pelo método fotocolorimétrico do radical livre estável orgânico 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH), descrito por Brand-Wiliams et al., (1995), o qual se baseia na redução do radical DPPH por antioxidantes, produzindo um decréscimo da absorbância a 515 nm. Em um balão de 100mL, foram ressuspensos 2,4 mg do reagente de DPPH (Sigma-Aldrich®, Alemanha), com metanol, para obtenção de uma solução com concentração de 60 μM, utilizada no mesmo dia do seu preparo. Foram preparadas soluções a partir dos extratos das folhas de S. Malaccense de diferentes concentrações em ppm: 10.000, 1.000, 500, 100, 10 e 5ppm. Uma alíquota de 50 μl de cada concentração foi adicionada a 1950 μl da solução de DPPH (60μM) e para o branco utilizou-se metanol. As amostras analisadas foram mantidas ao abrigo da luz, em temperatura ambiente, e após 60 minutos, as absorbâncias das amostras foram mensuradas à 515 nm em espectrofotômetro (KAZUAKI, modelo IL- 226). Os testes foram realizados em triplicata.

Resultado e discussão

A atividade antioxidante foi determinada de acordo com a capacidade dos extratos obtidos a frio com etanol (EEFJ) e a quente com hexano (EHFJ) reduzirem o radical cromogéno DPPH. As curvas de calibração da análise dos dois extratos estão mostrados abaixo (gráficos 1 e 2). Ao analisarmos os gráficos de DPPH dos extratos etanólico e hexânico quando comparados quem possuiu uma atividade antioxidante melhor foi o extrato hexânico das folhas de jambo, pois suas absorbâncias foram crescendo linearmente de forma proporcional e seu IV50 foi de 7485,3 ppm.

Gráfico DPPH

Gráfico 1 - Atividade antioxidante do extrato etanólico das folhas de jambo frente ao radical livre DPPH

Gráfico DPPH

Gráfico 2 - Atividade antioxidante do extrato hexânico das folhas de jambo frente ao radical livre DPPH

Conclusões

O bom resultado obtido nos testes de antioxidante utilizando os radicais DPPH nos mostra que podemos utilizar essas folhas para inibir a produção de radicais livres o que retardaria o envelhecimento precoce e a possível manifestação de câncer no organismo. Pode-se concluir que o extrato hexânico demonstrou ter uma atividade antioxidante melhor quando comparado ao extrato etanólico das folhas de jambo.

Agradecimentos

Agradeço a Universidade Estadual do Ceará e a FUNCAP por custear a pesquisa sobre o jambo.

Referências

GUERRA E. J. I. (2001). Oxidative stress, diseases and antioxidant treatment. Anales Medicina Interna, 18: 326-335.
BRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M.E.; BERSET, C. Use of free radical method to evaluate antioxidant. Lebensm-Wiss. Techonol., London, v.28, p.25-30, 1995. 

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