VIVÊNCIAS EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS – PROJETO ILHA DO COMBU: A QUÍMICA DO CACAU

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Barros, C.R.B. (UEPA) ; Freitas, L.P.B.F. (UEPA) ; Rodrigues, N.C.R. (UEPA) ; Teixeira, L.L.A.T. (UEPA) ; Vale, M.F.L.V. (UEPA) ; Terra, I.A.T. (UEPA)

Resumo

O propósito da atividade foi buscar através de toda a abundância de natureza, presente na ilha do Combu-PA, uma forma de aula não formal que pudesse ser aplicado conhecimentos da química através da produção de um produto final, o chocolate. E destacando a comparação entre o produto artesanal da ilha com os doces fabricados nas indústrias. Para a pesquisa e exposição foram realizadas visitas presenciais ao local, para o ensino não formal, acrescido de um estudo qualitativo sobre o ambiente e a própria química dos chocolates. Foram utilizados recursos midiáticos e amostras para tornar a experiência mais significativa. Todos puderam conhecer o ambiente proposto, se divertir e aprender mais sobre a ilha e o assunto ministrado. Sendo atestado pelo constante envolvimento da turma.

Palavras chaves

chocolate; artesanal; ensino

Introdução

A ilha do Combu é detentora de uma gama de restaurante e trilhas aquáticas que atraem aqueles que querem visitar um lugar exótico e seguro. Porém, não se devem ter os olhos fixos somente no seu potencial turístico, o olhar deve ser mais profundo. Ela é repleta de história, conhecimento e beleza. Ela é um lar cultural que deve ser preservado e estudado. “A cultura é como o lar para o ser humano, ela é o seu refúgio, pois consegue torná-lo menos diminuto e perdido” (NETO, 2003). Essa cultura é capaz de transcender gerações, salvando tradições e perpetuando conhecimento. Tendo esse pensamento que microempresas na região como a “Filhas do Combu” busca através de uma cultura familiar gerar renda, prosperidade e reconhecimento. Desta forma é impossível não elogiar suas qualidades, pois elas lidam diretamente com a natureza fazendo dela seu alicerce fundamental. Também é importante destacar o material que eles usam, o cacau (forasteiro), fruto no qual o Pará vem sendo considerado como um dos maiores cultivadores dessa espécie no Brasil. Por conseguinte, o presente projeto teve por objetivo expor para os discentes um pouco dessa cultura cacaueira do estado, com foco na ilha do Combu, interligando os conceitos de química na produção do chocolate artesanal das microempresas e comparando o industrializado produzido em larga escala pelas das grandes empresas. Assim o projeto buscou de forma prática resgatar um pouco do sentimento de identidade cultural, exposto anteriormente, trazendo junto um conhecimento mais formal sobre a química do cotidiano de um produtor artesanal e das fábricas de cacau.

Material e métodos

A ação foi realizada entre os dias 15 a 20 de fevereiro de 2018. O local optado para desenvolver a atividade foi uma empresa de chocolate artesanal chamada “Filhas do Combu”. Durante o período de visitação, no local escolhido, foram realizadas as entrevistas e o passeio que permitiu identificar todas as vertentes da química que poderiam ser trabalhadas, assim como um pouco da biodiversidade do ambiente. Foram permitidas a utilização de material midiático e pequenas amostras do cacau e suas iguarias. Sendo assim, com as imagens, vídeos e a pesquisa realizada no local anteriormente, o presente projeto decidiu levar a experiência vivenciada para dentro da sala de aula através de um vídeo, de própria autoria, e de uma dinâmica em grupo. A apresentação foi concluída no dia 19 de abril 2018, e começou primeiramente com a apresentação do vídeo. Logo em seguida foi apresentado para eles todo o processo artesanal desenvolvido pela “filhas do Combu”. E em seguida uma explicação sobre os principais componentes químicos presentes no chocolate, suas proteínas, vitaminas, gorduras e demais compostos orgânicos. Para efeitos reforçadores, um segundo vídeo foi apresentado, com todo o conteúdo exposto anteriormente. E para dar continuidade, através de imagens e explicações, foi realizada com os discentes uma amostragem de como funciona uma fábrica de chocolate. Com isso, a turma de 24 alunos foi dividida em cinco grupos para a realização da dinâmica em grupo com o foco nos compostos orgânicos presentes no chocolate. O tempo utilizado, de todo o trabalho, foi de 1h e 15 minutos. Para a obtenção de resultados o comportamento dos alunos foi constantemente avaliado durante o projeto desde a visita até a dinâmica final em grupo

Resultado e discussão

O resultado foi analisado a partir de duas perspectivas, a primeira relaciona todo o conteúdo midiático exposto e o segundo toda a dinâmica realizada. A opção veio como auxilio da visita presencial, e foi escolhida por sua capacidade de visualização e imersão em contextos diversificados. “O vídeo desempenha um papel educacional relevante. Para ele, a TV e o vídeo transmitem informações, modelos de comportamento, linguagens coloquiais e multimídia e também privilegiam alguns valores” (SACERDOTE, 2010). Essa abordagem foi de suma importância, pois ele continha animações e um arcabouço de recursos, que auxiliaram no desenvolvimento de interesse por parte dos alunos. Eles se sentiram confortáveis, permitindo sua atenção e posterior socialização as constantes informações apresentadas nos vídeos e slides. Tudo isso reforça a importância da constante busca, do profissional educador, por metodologias que permitam a contextualização e a aproximação da realidade do aluno. Analisando do ponto de vista de espaços não formais essa busca garante a universalização da educação, ampliando a visão do aluno, provocando nele a ideia de aprendizado em locais fora da escola (QUADRA, 2016). Com relação a dinâmica “Cabe ao professor aproveitar a curiosidade dos estudantes, que possa ter sido despertada no espaço visitado e, aproveita-la para estimular a construção dos conhecimentos escolares, numa visão mais ampla que engloba as propostas da alfabetização científica” (TERCI, 2015). De forma conclusiva a abordagem mediante a essas metodologias foi proveitosa para todos. Eles puderam absorver todas as informações e conseguiram sentir e conhecer um pouco da ilha do Combu e do chocolate artesanal produzido por lá.

Conclusões

Acredita-se que todos os alvos almejados foram alcançados correspondendo a um crescimento mútuo tanto dos futuros profissionais da docência como dos alunos que participaram, ocasionando, portanto, um enriquecimento de conhecimento para todos os envolvidos nesse projeto. Tanto a visita quanto as atividades desenvolvidas puderam despertar nos discentes um grande apreço e interesse pelo assunto,onde todos puderam regozijar de uma excelente experiência. A química orgânica assumiu uma forma mais única de ser ensinada através da investigação realizada em cima desse tema famoso em todo o mundo, o cho

Agradecimentos

Referências

NETO, Alfredo. Cultura, culturas e educação. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ /rbedu/n23/n23a01.pdf>. Acesso em: 1 abr. 2018.
SACERDOTE, Helena Célia de Souza. ANÁLISE DO VÍDEO COMO RECURSO TECNOLÓGICO EDUCACIONAL. REVELLI – Revista de Educação, Linguagem e Literatura da UEG-Inhumas ISSN 1984-6576 – v. 2, n. 1 – março de 2010 – p. 28-37.
QUADRA, G. R; D’AVILLA, S. Educação Não-Formal: Qual a sua importância?. Revista Brasileira de Zoociências 17(2): 22-27. 2016 Revista Brasileira de Zoociências 17(2): 22-27. 2016.
Terci, D. B. L.; Rossi, A. V. Dinâmicas de ensino e aprendizagem em espaços não formais. X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – X ENPEC Águas de Lindóia, SP – 24 a 27 de Novembro de 2015

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