O EFEITO SMOG FOTOQUÍMICO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ACERCA DAS SUAS APLICAÇÕES NO ENSINO DE QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Modesto, V.D.S. (UEPA) ; Virgolino, M.B. (UEPA) ; Sousa, N.C.C. (UEPA) ; Ferreira, A.S. (UEPA) ; Santos, J.L.B. (UEPA) ; Terra, I.A. (UEPA)

Resumo

Realizou-se um levantamento bibliográfico a respeito do fenômeno smog fotoquímico com o intuito de identificar metodologias para o ensino de Química sobre a temática poluição atmosférica. Este resumo fundamenta-se em uma análise contextualizada de algumas produções científicas onde pode-se perceber que há predominância no ensino de problemas ambientais clássicos, tais como efeito estufa, aquecimento global, camada de ozônio e poucos trabalhos envolvendo fenômenos mais atuais como o efeito smog fotoquímico, onde se destaca a necessidade de mais produções cientificas sobre esta vertente. Também positivamente evidencia-se a preocupação do ensino através da realização de oficinas experimentais o que favorece o processo de ensino-aprendizagem, permitindo um ensino critico, atual e relevante.

Palavras chaves

Poluição Atmosférica; Ensino de Química; Experimentações

Introdução

O ar pode ser definido como uma mistura de gases que envolvem o planeta terra, acompanhando seus movimentos de rotação e translação. A composição química do ar não poluído é de aproximadamente 78% de nitrogênio (N2), 21% de oxigênio (O2) e o restante cerca de 1%, é formado por gases minoritários, tais como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), hidrogênio (H2), dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3) e os gases nobres (RETONDO e FARIAS, 2009). Devido a intensificação das ações antrópicas e da necessidade de alguns recursos, notou-se o agravamento da poluição atmosférica a qual apresenta como uma de suas conseqüências o efeito smog fotoquímico. Sendo assim, Medeiros (2005) caracteriza: Smog é um termo que provém da combinação entre as palavras. smoke. e fog (fumaça e neblina na língua inglesa). É a mistura de névoa (gotículas de vapor d.água) com partículas de fumaça: é formada quando o grau de umidade na atmosfera é elevada e o ar está praticamente parado. Percebe-se, ainda, como o efeito smog fotoquímico pode ser facilmente relacionado aos conteúdos de química como, por exemplo: óxidos, reações fotoquímicas, ozônio e outros. Segundo Delizoicov et AL (2009): Com o intuito de colaborar para uma melhoria na educação, buscamos utilizar temáticas no ensino de Química, baseadas no cotidiano do aluno, constituindo atualmente um principio curricular com diferentes funções. Podemos destacar dentre estas funções a de motivar os alunos, facilitar o processo de aprendizagem e formar o estudante para o exercício da cidadania Desta maneira, objetiva-se identificar meios de ministrar temas sobre poluição atmosférica, pouco discutidos, mas de extrema relevância e tão presentes no cotidiano. Além de promover a construção de conhecimento no ensino de química

Material e métodos

Este trabalho fundamentou-se através de uma pesquisa bibliográfica a qual se compreende como um estudo documental qualitativo. Sendo assim, de acordo com Moraes (2003): [...] a pesquisa qualitativa pretende aprofundar a compreensão dos fenômenos que investiga a partir de uma análise rigorosa e criteriosa desse tipo de informação, isto é, não pretende testar hipóteses para comprová-las ou refutá- las ao final da pesquisa; a intenção é a compreensão. Portanto, foi utilizado como critério para seleção dos periódicos aqueles que apresentassem uma relação entre química atmosférica e ensino de química, já que o efeito smog fotoquímico é considerado uma conseqüência da poluição atmosférica. É valido ressaltar, ainda, que embora os documentos estudados sejam publicações extensas, os capítulos referentes ao smog fotoquímico são pequenos e, muitas vezes, resumidos quando comparado aos outros problemas ambientais citados nos mesmos. Deste modo, a investigação concentrou-se nos resultados que discorriam sobre o fenômeno smog fotoquímico. Analisou-se o periódico “Experimentação: uma maneira de analisar e sensibilizar os alunos sobre a questão da Poluição Atmosférica”. Além dele, verificou-se o trabalho de conclusão de curso “Abordagem de questões ambientais nas aulas de química no ensino médio” e também a dissertação de mestrado intitulada “A temática Atmosfera como ferramenta para o Ensino de Química”.

Resultado e discussão

Desse modo, o texto “Experimentação: uma maneira de analisar e sensibilizar os alunos...” enaltece o ensino lúdico através da experimentação junto à poluição atmosférica. Porém, no que tange ao efeito smog fotoquímico há poucas informações, pois, a abordagem ocorre de forma abrangente e destaca como consequências da ação antrópica apenas o efeito estufa e aquecimento global. Já o da produção “Abordagem de questões ambientais nas aulas de química...” por ser um trabalho de conclusão de curso é permeado por diversos eixos temáticos sobre química ambiental. Portanto, há a preocupação em discorrer minuciosamente acerca do efeito smog fotoquímico, destacando suas características, gases, consequências e aplicações. Encontra-se no texto, por exemplo: “O estudo dos óxidos tem mostrado uma grande importância na área da química ambiental, visto os principais poluentes atmosféricos serem óxidos, e alguns óxidos ácidos causadores do agravamento do efeito estufa e também do smog fotoquímico. (PINO,2014).” A terceira referência analisada corresponde a uma dissertação de mestrado, sendo: “A temática Atmosfera como ferramenta para o Ensino de Química”. Nele há um enfoque em mostrar metodologias de ensino as quais facilitem o entendimento do aluno sobre a temática “Atmosfera”.De acordo com Marcondes et.al (2007): Propõem um conjunto de atividades experimentais que abordam vários aspectos de um dado conhecimento e permitem não apenas a construção de conceitos químicos pelo aprendiz, mas também a construção de uma visão mais global do mundo, etc. Desta forma, percebeu-se que a perspectiva abordada por cada uma dessas produções ocorre de forma distinta, contudo, cada uma colabora para uma construção complementar e necessária a respeito do fenômeno.

Conclusões

Há uma extrema importância em debater problemas atmosféricos, principalmente quando refere-se a consequências antrópicas. Nota-se que há predominância no ensino de problemas ambientais clássicos, tais como efeito estufa, aquecimento global e pouca preocupação em trabalhar fenômenos mais atuais como o smog fotoquímico. O trabalho destacou a necessidade de produções cientificas sobre esta vertente, proporcionado fontes de informações, pois a falta de documentos é uma das principais dificuldades. Portanto, ressalta-se imprescindível a compreensão deste conhecimento através do ensino de química.

Agradecimentos

Referências

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 2.ed. São Paulo: Editora Cortez, 2002. In: WOLLMANN, M. E. A temática Atmosfera como ferramenta para o Ensino de Química. 2013. Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, RS, 2013. Disponível em: http://w3.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Ediane.PDF. Acesso em: 13 ago.2018.
MARCONDES, M. et al. Oficinas temáticas no Ensino Público: formação continuada de professores. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

MEDEIROS, S.B.de. Química Ambiental. 3 ed. Revista e ampliada, impressão Copysim. Recife, 2005. In:PERETIATKO, S. D. C. Abordagem de questões ambientais nas aulas de química no ensino médio. 2014. TCC (Trabalho de conclusão de curso) – Graduação em Química (Licenciatura), Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Pato Branco, 2014. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3369. Acesso em: 13 ago.2018.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise Textual Discursiva: Processo reconstrutivo de múltiplas faces. Revista Ciência & Educação, São Paulo, vol. 12, n. 1, p. 117 – 128, 2006.

PINO, J.C. KRUGER, V., FERREIRA M. Poluição do Ar. Universidade Federa do Rio Grande do Sul, Instituto de química, Área de educação em química. Revista Brasileira da Tecnologia. Disponível em: http://www.iq.ufrgs.br/aeq/html/publicacoes/matdid/livros/pdf/poluicao.pdf, Acesso em: 13 ago.2018.

RETONDO, C. G.; FARIA, P. Química das sensações. 3 ed. Campinas: Editora Átomo, 2009.

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