QUÍMICA DO AMOR: O ENSINO DE QUÍMICA POR MEIO DAS REDES SOCIAIS

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Reis, A.A. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA) ; Nord, I.D. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA) ; Freire, V.L.G. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA) ; Rockenbach, E.S. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA) ; Félix, V.G. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA) ; Cunha, J.N.F. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA) ; Israilev, E.L. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA) ; Fernandes, G.S. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA) ; Lima, T.S. (IFMT - CUIABÁ BELA VISTA)

Resumo

Química do amor engloba hormônios e neurotransmissores que funcionam integrados com o ambiente em situações como apaixonar-se. Com objetivo de utilizar tecnologia para despertar o interesse e ampliar o conhecimento de jovens relacionados à química orgânica, o amor e as vivências cotidianas, realizou-se um questionário exploratório com 100 jovens entre 13 a 19 anos e criou-se um perfil na rede social Instagram, a fim de quantificar a familiarização dos participantes com os termos apresentados e disponibilizar informações na plataforma digital. Percebeu-se que 63,5% dos entrevistados tem dificuldade em relacionar o ensino de química com o dia a dia e que 81% gostariam de ter acesso às informações. Concluindo-se que é possível utilizar de ferramentas tecnológicas para favorecer a educação.

Palavras chaves

Redes sociais; Química ; Ensino

Introdução

Ao decorrer da história, artistas, pensadores, poetas e apaixonados tentaram representar o “amor”. Contudo, nos últimos anos, grupos menos “românticos”, se juntaram à iniciativa, entre eles estão: endocrinologistas, químicos, biólogos e neurocientistas. Os químicos, normalmente, evocam o “quarteto da felicidade”, composto por endorfina, ocitocina, dopamina e serotonina. Contudo, ao se citar tais nomes, não é difícil notar um grande número de jovens desfamiliarizados. O grande problema é o limiar estabelecido pelo desentendimento e a repulsa por tais informações, afinal, o ensino da química deixa a desejar no que diz respeito ao cotidiano e no fazer interdisciplinar, onde a maioria dos discentes alegam ser uma disciplina complexa devido as teorias, cálculos, reações, fórmulas etc. E por isso, é comumente abominado por uma parcela da população jovem, pois estes não veem sentido nas informações que lhes são passadas. Assim, destaca-se a necessidade de alternativas para transformar essas informações em conhecimento que desperte o interesse na população jovem. A grande inovação está em aumentar a aspiração da juventude em prol da química no espaço coletivo e o fato de que 80% dos jovens de 9 a 17 anos possuem pelo menos um perfil em rede social, segundo pesquisas realizadas pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (2017), não pode ser ignorado. “Todavia, é preciso educar os usuários, para que possam filtrar o conteúdo das informações recebidas, visando o uso das redes sociais de forma ética e responsável” (CARITÁ, et al., 2011). Diante disso, esse trabalho teve como principal objetivo buscar a interação cotidiana dos jovens às redes sociais e uni-la com o ensino de “Química do Amor” através de vivencias do dia a dia.

Material e métodos

O presente trabalho foi realizado no Instituto Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá Bela Vista no primeiro semestre de 2018. Criou-se um questionário com o auxilio do aplicativo Google Forms, com o título “Rolou Química”, que continha 10 perguntas objetivas. O questionário foi aplicado do dia 16 ao dia 18 de junho de 2018, que contou com a participação de 100 jovens, com a faixa etária entre 13 e 19 anos de idade. Após a coleta de dados, avaliou-se as respostas do questionário e em seguida criou-se um perfil na rede social Instagram com nome de usuário “rolouquimicaa”. Nesta rede, postou-se respostas das perguntas do questionário e outras curiosidades sobre as temáticas abordadas neste trabalho, acompanhadas de fontes que possibilitaram o acesso as verídicas informações. Essas curiosidades foram adicionadas juntamente com imagens personalizadas, produzidas com o auxílio do programa Photoshop. Depois, disponibilizou-se o acesso para os participantes da pesquisa e para o público em geral.

Resultado e discussão

A temática “Química do amor” facilita a associação e aprendizagem da química orgânica, então buscou-se meios do cotidiano dos jovens brasileiros, dentre eles as redes sociais, para disseminar informações. Além disso, ao realizar a aplicação do questionário, observou-se que a maioria dos entrevistados tinha 17 anos (38%), esta faixa etária confere-se ao terceiro ano do ensino médio, no qual segundo a Base Nacional Comum Curricular (2017), aborda a matéria de química orgânica, o que facilita a compreensão do conteúdo. Ademais, sem excluir os que ainda não tiveram contato com as aulas, embora não sejam a maioria, a proposta do projeto buscou atrair, disponibilizar e fomentar a busca pelo conhecimento. A rede Instagram permitiu conciliar o estudo da química orgânica de modo que o público teve acesso às implicações químicas de quando uma pessoa realiza as mais diversas atividades, como comer algo apimentado ou assistir a um filme de terror e, ao mesmo tempo, relaciona-las com os hormônios do amor. Isso mostrou-se fortemente relevante, pois de acordo com o questionário aplicado, 63,5% dos entrevistados tem dificuldade em relacionar o ensino de química com o dia a dia. Nesse panorama, ao realizar as análises dos resultados, pode-se observar que a desfamiliarização dos jovens com esses conteúdos é recorrente e utilizar de meios informais pode ser mais vantajoso ao tentar despertar o interesse dos jovens. Sendo assim, ao tratar de igual para igual, cria-se empatia e atalhos para disseminar e facilitar a aprendizagem. Isso foi demonstrado nessa pesquisa, quando 81% dos participantes gostariam de ter acesso às informações relacionadas às perguntas feitas e que 90% do público que teve acesso ao perfil afirmaram ter sido altamente eficiente para fomentar o interesse em química.

Conclusões

Conclui-se que o ensino de química deve ser levado cada vez mais para o cotidiano para facilitar o entendimento da matéria, já que a química é muito presente no dia a dia. Ao ter como foco a disseminação de informação com o uso de uma rede social muito utilizada, o Instagram, foi possível demonstrar que ferramentas tecnológicas podem beneficiar a educação. Portanto, correlacionou- se diversos conteúdos com a matéria de Química principalmente pela relevância que o tema “Química do Amor” tem sobre os jovens de forma a enfatizar a sua importância para o bem-estar.

Agradecimentos

Referências

CARITÁ, Edilson Carlos et al. Uso de redes sociais no processo ensino aprendizagem: avaliação de suas características. 2011. Disponível em:<http://www.abed.org.br/congresso2011/cd/61.pdf>. Acesso em: 18 de junho de 2018.

COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL. TIC Kids Online Brasil: pesquisa sobre o uso da internet por crianças e adolescentes no Brasil. São Paulo: 2017.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular – BNCC 2ª versão. Brasília, DF, 2017.

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