ANÁLISE SOBRE O USO DE METODOLOGIAS ALTERNATIVAS NO ENSINO DE QUÍMICA: UM OLHAR LÚDICO E CONTEXTUALIZADO

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Virgolino, M.B. (UEPA) ; Modesto, V.D.S. (UEPA) ; Ferreira, A.S. (UEPA) ; Sousa, N.C.C. (UEPA) ; Carvalho, T.C.A. (UFPA) ; Mercês, M.C.M. (UFPA) ; Waldemir, L.S. (UFPA) ; Terra, I.A. (UEPA)

Resumo

A pesquisa objetivou identificar metodologias alternativas relatadas, com o intuito de contribuir para um aprendizado mais atraente. Desta maneira, realizou-se análise bibliográfica, nas produções: “Fabricação de Materiais de Limpeza na Escola Estadual Professora Maria Zenilda Gama Torres” e “Sabões e detergentes como tema organizador de aprendizagem no ensino médio” e entrevista com professores da Escola Estadual de Ensino Médio Magalhães Barata em Belém-PA. Os professores entrevistados afirmam a importância da relação entre a experimentação e aula teórica como fundamental para o processo de ensino-aprendizagem. Assim, notou-se que tais trabalhos são essenciais para que o professor analise o seu papel na sala de aula como educador para que a aprendizagem possa ocorrer com mais eficácia.

Palavras chaves

ensino de química; metodologias alternativas; ensino-aprendizagem

Introdução

Uma das grandes preocupações da atualidade é saber como relacionar o cotidiano do aluno ao conteúdo ministrado em sala de aula. Oliveira et al. (2008) afirmam que “um dos grandes desafios atuais do Ensino de Química nas escolas de nível médio, é construir uma ponte entre o conhecimento ensinado e o mundo cotidiano dos alunos”. A sociedade contemporânea exige mudanças, principalmente no âmbito educacional e também um professor que se adapte a novos paradigmas e busque atualização e aprimoramento constantemente (FIALHO, 2013). Portanto, ressalta-se a importância em utilizar ferramentas metodológicas atuais. De acordo com Fialho (2013): A educação lúdica, além de contribuir e influenciar na formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio, integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A ideia de contextualização surgiu com a reforma do ensino médio, a partir da Lei de Diretrizes e bases da educação (LDB-9.394/97) que orienta a compreensão dos conhecimentos para o uso do cotidiano. De acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), 3% dos profissionais em atividades têm entre 18 e 24 anos. Ou seja, percebe-se que a maioria dos professores possui uma formação antiga, remetendo ao ensino tradicional, de forma descontextualizada, dificultando a aprendizagem. Desta maneira, objetiva-se identificar as metodologias alternativas para o ensino médio em Química utilizada em trabalhos anteriores, as quais serão aplicadas na Escola Estadual de Ensino Médio Magalhães Barata em Belém no segundo semestre de 2018. Sendo assim, utilizou-se uma pesquisa bibliográfica com o intuito de contribuir na pratica docente e o processo de ensino- aprendizagem.

Material e métodos

Este trabalho fundamentou-se através de uma pesquisa bibliográfica a qual se compreende como um estudo documental qualitativo. Sendo assim, de acordo com Moraes (2003): [...] a pesquisa qualitativa pretende aprofundar a compreensão dos fenômenos que investiga a partir de uma análise rigorosa e criteriosa desse tipo de informação, isto é, não pretende testar hipóteses para comprová-las ou refutá- las ao final da pesquisa; a intenção é a compreensão. Inicialmente visando a identificação dos fatores os quais motivem e contextualizem os conteúdos de química para sua melhor assimilação de forma simples e barata, como foi realizado nos projetos “Fabricação de Materiais de Limpeza na Escola Estadual Professora Maria Zenilda Gama Torres do Município de Apodi-RN” e “Sabões e detergentes como tema organizador de aprendizagem no ensino médio”, em que detergentes e sabões líquidos foram feitos por alunos do ensino médio, com isso ocorrendo uma melhora na abordagem sobre compostos oxigenados e nitrogenados, nomenclatura e composição química entre outros envolvidos. Após tal pesquisa bibliográfica, foi realizada uma entrevista com alguns professores de Química da Escola Estadual de Ensino Médio Magalhães Barata em Belém-PA sobre possibilidade de utilização desta metodologia alternativa para o ensino médio em Química tendo como metodologia os trabalhos anteriores mencionados, a fim de serem aplicadas em turmas de ensino médio no segundo semestre de 2018 na referida escola.

Resultado e discussão

A aprendizagem de química deve possibilitar aos alunos a capacidade de associar os conteúdos que o professor ministra ao longo do ano letivo com sua realidade local. o aluno tomará sua decisão e, dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão (BRASIL, 1999). Sendo assim, analisou-se em “Fabricação de Materiais de Limpeza [...]” a importância de reduzir gastos nas Escolas públicas, fabricando o próprio material de limpeza. Sendo citado no próprio trabalho por Fernandes (2011): “Os alunos destacaram que a vivência com a aplicação da Química na produção dos materiais de limpeza os ajudou numa melhor compreensão de como a disciplina está presente em seu cotidiano [...] além de melhorar a aprendizagem dos conteúdos.” Após a entrevista com os professores de química da E.E.E.M Magalhães Barata foram unânimes em afirmar que é indiscutível a importância da experimentação no ensino de química, pois segundo eles a aula prática é uma sugestão de estratégia de ensino que pode contribuir para a motivação na aprendizagem, assim como a necessidade de se contextualizar os conteúdos. Além disso Verani et al (2000) no artigo “Sabões e detergentes [...]” afirma: Assim sendo, uma atmosfera favorável ao ensino é alcançada quando as tentativas de aprender dos alunos são valorizadas, quando há ausência de comentários desfavoráveis, dosagem dos conteúdos e, principalmente, a relação de informações entre prática e teoria. Percebe-se a necessidade de utilizar metodologias alternativas e inovadoras no ensino de química, a qual deva ser trabalhado com o objetivo de despertar o interesse por conteúdos abstratos e aparentemente sem nenhuma relação com o dia-a-dia do alunado o que pretende-se realizar a continuidade deste trabalho neste segundo semestre de 2018 na escola citada.

Conclusões

Sendo assim, percebeu-se que os professores entrevistados e convidados a realizar tal metodologia no ano de 2018, na entrevista se sentiram mais motivados para repassar os conteúdos de química, utilizando aulas dinâmicas, as quais possibilitam uma interação aluno x professor. Portanto, trabalhos como esse são essenciais para que o professor analise o seu papel na sala de aula como educador. Buscando atividades de baixo custo, valorizando a contextualização o cotidiano. Com o intuito de motivá-los, envolvemos os conhecimentos prévios de cada aluno e conscientizá-los de seu papel na sociedade.

Agradecimentos

Referências

BRASIL, MEC. As Novas Diretrizes Curriculares que Mudam o Ensino Médio Brasileiro, Brasília,1998. BRASIL, MEC. Em Aberto (Currículo: referenciais e tendências). INEP, Brasília, N.º 58, abril/jun. 1993.
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Lei n.º 9.394 e legislação correlata. Bauru: São Paulo: Endipro, 1997. LIMA, E.G. O revisitar de práticas docentes constituídos em torno do brincar infantil – focalizando a formação inicial. Curitiba: XII ENDIPE, 2004.
FERNANDES, P. R. N Et al. Fabricação de Materiais de Limpeza na Escola Estadual Professora Maria Zenilda Gama Torres do Município de Apodi-RN. UFRN, 2011. Disponível em:<https://www.annq.org/congresso2011/arquivos/1300327195.pdf>Acesso em: 19.ago 2018.
FIALHO, N. N. Jogos no ensino de Química e Biologia. Curitiba: InterSaberes, 2013.
MORAES, R. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textural discursiva. Ciência e educação, v.9, n. 2, p. 191-211, 2003. Disponível em: <https://pesquisaemeducacaoufrgs.pbworks.com/w/file/fetch/54950175/tempestade%2520de%2520luz.pdf> Acesso em: 20.ago 2018.
OLIVEIRA, M. M. et al. Lúdico e materiais alternativos – metodologias para o ensino de química desenvolvidas pelos alunos do curso de licenciatura plena em química do CEFETMA. UFPR, Curitiba, jul. 2008. In: GARCIA, E. M. S. S Et al. Metodologias alternativas para o ensino de química: um relato de experiência. PUCPR, 2017.
VERANI, C. N Et al. Sabões e detergentes como tema organizador de aprendizagem no ensino médio. Química Nova na escola, n. 12. 2000.Disponível em: < https://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc12/v12a04.pdf> Acesso em: 19.ago 2018.

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