USO DE UMA BALANÇA ALTERNATIVA PARA ENSINO DE QUÍMICA PARA ESTUDANTES COM DEFICIENCIA VISUAL

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Pires, J.F.L. (UFMA) ; Maciel, A.P. (UFMA) ; Prazeres, G.M.P. (UFMA)

Resumo

O presente trabalho expõe uma alternativa de ensino experimental a alunos com deficiência visual utilizando equipamentos construídos com materiais de fácil acesso. Na metodologia buscando demonstrar não só viabilidade da utilização, mas também a construção do equipamento; consta também a utilização de materiais alternativos de baixo custo. O processo de montagem e calibração foi realizado de forma que garanta a segurança do aluno e dos resultados. O trabalho, portanto, contribuiu para facilitar a inclusão de alunos com deficiência visual em aulas experimentais, além de possibilitar que os mesmos associassem a prática a teoria.

Palavras chaves

Inclusão; Deficiência visual; Educação Básica

Introdução

Harmonizar uma ativa relação entre teoria e prática de forma coerente é proporcionar um aprendizado mais eficaz. A aula experimental em Química pode ser considerada uma estratégia pedagógica dinâmica que tem a função de gerar problematizações, discussões, questionamentos e buscas de respostas e explicações para os fenômenos observados, possibilitando a evolução do aspecto fenomenológico (macroscópico) observado para o teórico (microscópico), e chegando, por consequência, ao representacional (MACHADO e MÒL, 2007). Neste sentido a necessidade de adaptar o ensino às condições em que se encontra o discente para assim se obter uma resposta significativa do mesmo é indispensável. Tais adaptações vem sendo realizadas em escolas que buscam atender um grupo especial de alunos, neste grupo, encontra-se aqueles que possuem algum tipo de deficiência visual, que Segundo os dados do portal do Ministério da Educação do censo da educação básica de 2016, do total de 971.372 alunos da educação especial matriculadas em escolas especializadas e regulares, 76.470 são cegos, surdo-cegos ou têm baixa visão; o que se torna um verdadeiro desafio, pois muitas das resposta de experimentos científicos são transmitidas de forma visual, mas isso não significa a impossibilidade de tal adaptação. Portanto o objetivo deste trabalho é analisar o desempenho de uma adaptação de equipamentos alternativos (balança) para o ensino de química para alunos com deficiência visual.

Material e métodos

Montagem da balança com materiais alternativos Seguindo as instruções apresentadas por Maciel et al. (2016), construiu-se uma balança com materiais alternativos para ser utilizada por estudantes com deficiência visual. Após a montagem, a balança foi testada. Teste da balança Com o auxílio de um conjunto de porcas de 5g como contrapeso e uma porção de arroz como material de pesagem, foram feitas pesagens de 5 g e 10 g; realizou-se as medidas das massas em triplicata em cada etapa. O teste da balança foi realizado em duas etapas: 1) Com estudante sem deficiência visual vendado e 2) Com estudante deficiente visual.

Resultado e discussão

Na 1ª etapa o aluno sem dificiência (vendado) conseguiu pesar as duas massas com êxito, porem levando um tempo considerável. Na segunda etapa com o aluno com deficiência visual, obteve-se com êxito apenas a pesagem de 5g em um curto intervalo de tempo, porem a pesagem de 10g não foi bem-sucedida. No teste do aluno com deficiência, observou-se que a balança se torna facilmente instável com o excesso de toque em sua estrutura. Esse fato pode não ter ocorrido com o aluno sem deficiência, pelo fato de que o mesmo já conhecia a estrutura visualmente antes do teste, o que lhe pode ter fornecido a vantagem de não precisar de muito contado com a estrutura, não instabilizando a mesma. Neste sentido, as dificuldades do aluno com deficiência foram fundamentais para que fossem realizadas modificações na estrutura da balança de modo a deixa-la mais estável e mais fácil de ser manuseada por um estudante com deficiencia visual com liberdade para tateala, sem receio de prejudicar a exatidão da pesagem.

Figura 1

Materiais utilizados na montagem da balança: pedaços de madeira, parafusos, frasco plástico cortado, elos de corrente de bicicleta e porcas sextavadas

Figura 2

Balança montada e pintada

Conclusões

A balança construída com materiais alternativos é eficiente e pode ser utilizada por estudantes com deficiência visual

Agradecimentos

A Antonio Batista Filho pela concepção da balança. Ao Colégio Universitário da Universidade Federal do Maranhão

Referências

MACHADO,P. F. L.; MÒL, G. S. Experimentando química com segurança. Química Nova na Escola. N° 27, p. 57-60, 2007

MACIEL, A.P.; BATISTA FILHO, A.; PRAZERES, G.M.P.. Equipamentos alternativos para o ensino de Química para lauos com deficiência visual. Rev. Docencia Ens. Sup. 6(2):153-176 (2016).

MACIEL, A. P.; LIMA, J. B. Alternativas para o ensino de química na educação básica: a experiência no cotidiano da docência em química. São Luís: EDUFMA, 2011.

Portal do MEC, Todas as notícias , Inclusão. Disponivel em :< http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/202-264937351/55981-grafia-quimica-braille-para-uso-no-brasil-e-publicada-pelo-mec> Acesso em 14/08/2018 16:35

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