7º Encontro Nacional de Tecnologia Química
Realizado em Vitória/ES, de 17 a 19 de Setembro de 2014.
ISBN: 978-85-85905-08-8

TÍTULO: PRODUÇÃO DE AGUARDENTES A PARTIR DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS PROVENIENTES DO AVANÇO TECNOLÓGICO: UMA ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL

AUTORES: Santos, C.L. (IFAL) ; Pimentel, Y.D. (IFAL) ; Silva, V.N.T. (IFAL)

RESUMO: O presente trabalho foi realizado no IFAL – Campus Maceió, com o projeto de Extensão “Produção de aguardente a partir das cascas de frutas”. Tal teve como objetivo o aproveitamento de resíduos orgânicos jogados no lixo para produção de aguardentes, como alternativa da diminuição do desperdício e de impactos ambientais causados por esses descartes desnecessários, consequência do grande avanço tecnológico de indústrias alimentícias. Assim percebendo o grande desprezo das cascas de frutas pelas indústrias e a grande preocupação global de minimizar esses resíduos, foi desenvolvida por este grupo aguardentes das cascas de melancia, manga espada, goiaba e banana nanica, coletadas em restaurantes.

PALAVRAS CHAVES: Avanço tecnológico; resíduos orgânicos; produção de aguardente

INTRODUÇÃO: Como consequência do avanço tecnológico de indústrias alimentícias, temos o alto desperdício de resíduos orgânicos no Brasil, que acarreta em agravos ambientais. Resíduos de frutas são, geralmente, desprezados pelas indústrias e poderiam ser usados para outros fins. Neste sentido, esse trabalho tem por objetivo apresentar uma alternativa de reaproveitamento desses resíduos para a diminuição dessa crescente taxa de desperdício muito presente em nosso país. O descarte indevido de resíduos alimentícios é um dos maiores problemas que o Brasil enfrenta, por isso desenvolvemos aguardentes provenientes da fermentação alcoólica das cascas de frutas processadas. Aguardente é uma bebida fermento-destilada com teor alcoólico de 38 a 54% (Art. 51 do decreto 6.871, de 4 de Junho de 2009). É originalmente brasileira e reconhecida por ter características da fruta de origem mantidas na bebida. Foram produzidas aguardentes das cascas de melancia, manga espada, goiaba e banana nanica. Todas essas apresentaram ótimos resultados, demonstrando assim uma boa alternativa de reaproveitamento orgânico.

MATERIAL E MÉTODOS: Para a obtenção das aguardentes foram coletadas as cascas de melancia, manga espada, goiaba e banana nanica em restaurantes próximos ao IFAL – campus Maceió. Apenas com o processamento correto das mesmas poderia viabilizar a obtenção da aguardente. Com isso, as cascas foram previamente higienizadas e separadas das com aparência de podridão, manchas escuras e amassadas. Só assim prosseguiu com a preparação dos mostos das cascas, seguido da fermentação e destilação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O aproveitamento das cascas de frutas trabalha com atitudes e valores que compreendem a importância ambiental, social e econômica do aproveitamento de resíduos para o mundo. Este trabalho mostra que houve resultados satisfatórios para produção de aguardente sustentável. Resultando assim em uma ótima alternativa para diminuição de resíduos orgânicos provenientes de indústrias alimentícias. Contudo, ainda houve cascas que precisaram ser descartadas por estarem em péssimas condições, não podendo ser aproveitadas para o processamento da aguardente. Todos os resíduos das frutas utilizadas, como melancia, manga espada, goiaba e banana nanica, tiveram como produto final aguardentes de boa qualidade e aprovada por funcionários do IFAL – campus Maceió.

CONCLUSÕES: Os resultados da obtenção de aguardente a partir das cascas de melancia, manga espada, goiaba e banana nanica foram gratificantes. O aproveitamento de cascas de frutas deve ser mais explorado pelas indústrias, podendo até se constituir numa complementação financeira aos empreendedores. Além de ajudar a diminuir os impactos ambientais. Em especial, as cascas das frutas utilizadas constituíram em boa matéria-prima para produção de aguardente, originando uma bebida de extrema qualidade. Assim sendo uma ótima alternativa para a diminuição do desperdício de matéria orgânica no Brasil.

AGRADECIMENTOS: Ao IFAL - Campus Maceió e à PROEX, pelo apoio estrutural e financeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ARVORES DE SÃO PAULO. Das vinte frutas mais consumidas no Brasil somente 3 são nativas. Disponível em: <http://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/2011/05/15/das-20-frutas-mais-consumidas-no-brasil-somente-3-sao-nativas/>. Acesso em: 10 abril 2014.

AQUARONE, E., LIMA. U. A., BORZANI, W. Alimentos e bebidas produzidos por fermentação. São Paulo: Edgard Blücher, 1990. Vol. 5. (Série Biotecnologia).BORGES, R. F. Panela Furada: o incrível desperdício de alimentos no Brasil, 3 ed. São Paulo: Columbus, 1991. 124 p.

BORGES, R. F. Panela Furada: o incrível desperdício de alimentos no Brasil, 3 ed. São Paulo: Columbus, 1991. 124 p.

BRASIL. Decreto n. 6.871, de 04 de Junho de 2009. Dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. In: MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.