9º Encontro Nacional de Tecnologia Química
Realizado em Goiânia/GO, de 19 a 21 de Setembro de 2016.
ISBN: 978-85-85905-20-0

TÍTULO: Casa Sustentável A Importância da construção de Maquetes no processo de Ensino de Química: Construindo uma Conscientização Ambiental Por Meio da Tecnologia Limpa (TL) .

AUTORES: Ana de Jesus Santos, E.R. (INSTITUTO FEDERAL DE E. C. E TECNOLOGIA -IFBAIANO) ; da Silva Porto Silva, I. (INSTITUTO FEDERAL DE E. C. E TECNOLOGIA -IFBAIANO) ; da Cruz Martins, E. (COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO BATISTA) ; Viana Bebé, F. (INSTITUTO FEDERAL DE E. C. E TECNOLOGIA -IFBAIANO) ; de Oliveira Souza, M. (INSTITUTO FEDERAL DE E. C. E TECNOLOGIA -IFBAIANO)

RESUMO: Considera-se de suma importância os conhecimentos sobre Química ambiental para a participação ativa e responsável do cidadão, o presente artigo trata-se de uma sugestão metodológica de oficinas temáticas com construção de maquetes para esse ensino. O subprojeto realizado no Colégio Estadual Antônio Batista, com alunos do 2ª Ano do Ensino Médio, durante as ações do PIBID de 2015. Com está metodologia foi possível desenvolver a atividade baseando-se em leitura e delate de artigos. Cientes da Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96), é obrigatório o ensino de Educação Ambiental para todos os níveis de ensino e a conscientização pública. Através do projeto (A.S) desenvolveu-se o subprojeto de construção de maquetes, obteve a participação dos alunos e pibidianos em prol da sustentabilidade.

PALAVRAS CHAVES: Água; Sociedade; Sustentabilidade

INTRODUÇÃO: Ao longo dos anos é perceptível o avanço do estudo da ciência nas questões ambientais e a diversificação de projetos estruturantes para seu ensino, algo que vem chamando a atenção no ensino de ciências é a preocupação com a falta e o desperdício de água potável. Percebesse que um dos locais de maior consumo e desperdício de água são as residências, por não haver nenhum tipo de reuso ou tratamento ou de e uma tecnologia barata que possa minimizar possíveis danos causados a esse recurso hídrico essencial para a humanidade que está cada vez mais escasso. Através do projeto água e sociedade tivemos como subprojeto, a construção de maquetes, uma casa sustentável. Com a finalidade de incentivar, estimular, conscientizar e demonstrar a importância da tecnologia limpa no ensino de química na redução dos problemas ambientais. E baseado na visão de Pol (2003, p.2), Pressupõe escolher entre alternativas (que não são somente tecnológicas) e criar as condições para que aconteça o que se pretende que aconteça. Levando aos alunos e a comunidade o conhecimento de sistemas simples e de baixo custo no reuso e aproveitamento da água domiciliar que tratada possa ser consumida, caso contrário dentro de seus possíveis usos, poderá ser utilizada para irrigação e em atividades domésticas.

MATERIAL E MÉTODOS: Como afirma Antunes (2007), usar ferramentas de ensino como jogos pedagógicos, aulas práticas, dinâmicas e conversações transformam as informações em conhecimento. Com base nessas ferramentas, as metodologias usadas para a construção da casa sustentável , de inicio foi com estudo do tema através do livro didático, uso de vídeos sobre recursos hídricos, uso e reuso sustentável da água. Em seguida os alunos fizeram a leitura de artigos sobre a sustentabilidade, citamos: CONSUMO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA: REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO INSTITUTO FEDERAL BAIANO-CAMPUS GUANAMBI BAHIA. Autores: Jane Geralda Ferreira Santana e ÁGUA: ESCASSEZ, O USO SUSTENTÁVEL e SANEAMENTO BÁSICO. Autor: Carcius Azevedo dos Santos. , Lenicio Gonçalves, Akiko Santos, Reuso de Água: Possibilidade de redução do desperdício das atividades domestica. Autores: Maísa Alves da Silva, Claudemir Gomes de Santana. Visando à reflexão e o posicionamento coletivo (conversações) para o desenvolvimento de modo que as maquetes atendessem desde sua criação como maquete os requisitos de sustentabilidade, como: reaproveitamento da água da fluvial e da água cinza, por processos viáveis a população, até um desenvolvimento concreto do projeto (morada). Dividiu-se a turma em equipes e com o uso de materiais reaproveitados da comunidade, utilizou-se de madeiras (para um projeto de moradia a madeira deve ser substituída por bambu), para fazer o suporte e as bases da casa, bambu para o telhado, garrafas PET para captação e como galões de armazenamento, cabaças, mangueiras e canudinhos para os encanamentos internos e externos. A construção aconteceu durante cinco dias no turno, devido à amplitude e importância das construções, objetivo exposição como amostra na II MICCCEAB(Segunda Mostra de Iniciação Científica).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com HATTJE (2012), A escola é um espaço de ação, transformação e educação, assim a implantação de propostas como Educação Ambiental dentro do próprio ambiente escolar requerem mudanças nas metodologias educacionais, com ações compartilhadas entre os professores e pais que respondam às necessidades dos alunos. De acordo com HATTJE, enfatizamos a necessidade de trabalhar a questão ambiental não como uma educação não formal e sim como componente curricular da escolar. Exatamente por essas atribuições que cabem à escola, que os projetos foram desenvolvidos. Foi perceptível a empolgação dos alunos durante o processo de construção, faziam comparações aos textos lidos com as maquetes em construção. Isso nos remete no que diz Antunes (2002), é tornar o aluno um verdadeiro leitor, capaz de expor e usar com clareza e objetividade as ideias que cria e aprende, não só para demonstrar esses saberes na escola, mas também para fazer uso dos mesmos na vida. Durante o procedimento estudavam a melhor maneira de aproveitar 100% da água da chuva na casa e da ETA e seu tratamento, 98% dos alunos estavam empenhados nas construções, fato observado na lista de presença nos 5 dias de trabalhos. TACHIZAWA (2002) considera a gestão ambiental como "o exame e a revisão das operações de uma organização da perspectiva da ecologia profunda, ou do novo paradigma”. A escola é uma organização e como tal é dever da mesma propiciar este novo paradigma, gestão ambiental. Durante a confecção os alunos estudavam suas maquetes na prática e teoricamente, já que a prática do subprojeto estava sendo avaliado pelos pibidianos e a apresentação teórica foi avaliada pelos professores na segunda MICCCEAB. Como resposta ao trabalho realizado todos estavam impressionados e satisfeitos com as maquetes.

CONCLUSÕES: As construções realizadas possibilitaram o armazenamento e tratamento, a água da chuva filtrada com britas, pedregulhos, carvão ativo e algodão, pode ser reutilizada em descargas, lavar carros e com bom tratamento ser bebida. A água cinza, canalizadas para recipientes localizados no quintal, tratadas servem para molhar as plantas e os dejetos podem ser enviados para aterros sanitários ou aproveitados como fertilizantes, ações que podem ser viável. Conclusões essas expressadas pelos alunos, os subprojetos surpreendeu a todos, devido a quantidade e a qualidade de água que foi captada e tratada.

AGRADECIMENTOS: A Deus, Aos nossos familiares, A CAPES, IFBaiano, CEAB e os alunos do 2ªA (2015) que empenharam em prol da construções da maquete.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ANTUNES, CELSO. Novas maneiras de ensinar- Artmed, 2002- 172p. cap.5.
ANTUNES, CELSO. Novas Maneiras de ensinar, Novas Formas de Aprender ENCONTRO TEMÁTICO REGIONALIZADO, 2007, Marília, SP. Disponível em
<http://www.escolainterativa.com.br/canais/20_encontros_tem/2007/bh/Texto%20Reflexivo%20BH.pdf > Acesso em: 18 fevereiro. 2016
HATTJE, DANIELE DE SOUZA IDALGO, FOFONKA, LUCIANA. educação ambiental como facilitadora do processo ensino-aprendizagem em ciências. In http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1180. Março de 2012. Acesso em 21 de março de 2016
POL, ENRIC. A gestão ambiental, novo desafio para a psicologia do desenvolvimento sustentável. In revista Estudos de Psicologia. Scielo Brasil. Scientific Eletronic Library Online. Volume 08. n02. Natal. Agosto de 2003. acesso em 21 de março de 2016
TACHIZAWA, TACHESY. Gestão Ambiental e Responsabilidade Corporativa:
Estratégias de Negócios Focadas na Realidade Brasileira. São Paulo: Atlas, 2002.