TÍTULO:A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DE QUÍMICA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DA CIDADE DE TERESINA

AUTORES:ALMEIDA, J. A. - UESPI
LUZ JÚNIOR, G. E. - UESPI

RESUMO:Objetivando analisar a prática docente de alguns professores e o nível de formação co-relacionando com as dificuldades no processo ensino-aprendizagem mediante as novas tecnologias, este trabalho foi desenvolvido a partir da observação e a aplicação de questionários. A prática pedagógica de métodos tradicionais correspondente a 100% do total pesquisado, sem a utilização de novas metodologias e sem uma contextualização. Apesar da maioria dos alunos obterem uma aprovação ao final do ano letivo, a fixação dos conteúdos é pouco considerada por parte do professor de química. Torna-se necessário uma reflexão no tocante à capacidade de atuação na formação, sendo necessário à aplicação de novas metodologias elevando a uma concepção sobre o papel mediador no processo de construção do conhecimento.

PALAVRAS CHAVES:prática pedagógica; professor de química; contextualização.

INTRODUÇÃO:Nos últimos anos, a disciplina de Química tornou-se, uma das disciplinas mais difíceis e mais chatas na opinião dos alunos. Para alguns, uma disciplina cheia de fórmulas, definições e equações que não fazem o menor sentido; especialmente, quando tentam sozinhos encontrar alguma aplicação com o seu cotidiano (CASTILHO et al.,1999).
É consenso entre os pesquisadores da área de educação em química que a realização de aulas mais instigantes, está diretamente relacionada ao nível de formação dos professores e ao tipo de formação destes (LIMA, 1999). Entretanto, há duas situações distintas a serem analisadas: um é o fato de muitos professores, sobretudo na rede pública, terem concluído seus cursos há muito tempo e não se atualizam. A outra é a deficiente formação pedagógica oferecida por boa parte dos cursos de Química do país.
Diante disso, observou-se a prática docente de alguns professores de Química da rede estadual de educação da capital do Piauí objetivando verificar o nível de formação destes professores e a co-relação entre este nível de formação e a dificuldade que os alunos sentem para entender os conceitos e fundamentos químicos.


MATERIAL E MÉTODOS:A prática pedagógica de dez professores da rede estadual de ensino fora observada durante um ano em dois colégios da rede pública de ensino na cidade de Teresina - PI. Durante este período, atentou-se para a didática, forma de avaliação de conteúdo adotada, aplicação de novas metodologias, nível de aprendizado dos alunos e se havia discussões relevantes ao ensino de química entre os membros da equipe de professores de Química dos colégios. Após este período, foi aplicado questionário a estes professores e a outros vinte nas quatro regiões administrativas da capital com o objetivo de verificar a consciência destes sobre a sua prática docente e sua formação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:As observações evidenciaram que a totalidade dos professores observados aplicava uma metodologia tradicional, não apresentando contextualização, e não despertam o interesse dos alunos, embora eles consigam aprovação no final do ano letivo.
Estas informações são muito preocupantes, aliás, as respostas dos questionários demonstraram que os professores não têm consciência ou conhecimento da sua prática pedagógica. 100% dos professores entrevistados contextualizam suas aulas; 93% afirmaram que, abordam o conteúdo, levando em consideração o conhecimento prévio dos alunos; 80% consideram ter a prática docente dinâmica; 94% elaboram provas contextualizadas.
O que causa preocupação é o fato de que apenas seis dos 30 professores entrevistados serem formados a mais de 10 anos. Essa informação demonstra que os cursos de graduação em Química oferecidos pelas instituições de ensino superior do Piauí não estão levando o aluno a um nível de formação didático-pedagógico aceitável; embora seja notório o nível de conhecimento químico de muitos alunos egressos das referidas instituições de ensino, que são aprovados nas seleções de mestrado e/ou doutorado dos grandes centros de ensino deste país.




CONCLUSÕES:Precisamos aumentar respectivamente, o nível de reflexão e a capacidade de atuação dos professores, sendo necessário a promoção de interação em inovações pedagógicas, encorajando-os ao desenvolvimento de novas práticas pedagógicas, decorrente de seu continuo processo de aprimoramento profissional e de reflexão crítica sobre sua prática, com a necessidade de se superar o distanciamento entre o teórico e o prático no ensino de química em sala de aula, para haver uma contextualização, organizando ou estruturando o ensino de forma nem dogmática, nem arbitrária, respeitando a condição do aluno.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:CASTILHO, D. L.; SILVEIRA, C. P.; MACHADO, A. H. As aulas de química como espaço de investigação e reflexão. Química Nova na Escola, nº 9, 14-17, maio, 1999.
LIMA, M. E. C. C. Formação continuada de professores de Química. Química Nova na Escola, nº 4, 12-17, novembro, 1996.