TÍTULO: PIBID/QUÍMICA: REVISANDO A QUÍMICA ORGÂNICA ATRAVÉS DO JOGO “L” INVERTIDO

AUTORES: Salem, T.M. (UFAM) ; Borges, D.K.G. (SEDUC/AM) ; Costa, T.O.G. (UFAM)

RESUMO: O jogo foi aplicado como atividade lúdica pelos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência) para as turmas 3º ano do ensino médio do turno vespertino da Escola Estadual Inspetora Dulcinéia Varela Moura, integrante da rede estadual de ensino da cidade de Manaus-AM. Sendo utilizados e adaptados conceitos de química orgânica às instruções obtidas no livro "Jogos no Ensino de Química e Biologia", onde se obteve resultados relevantes com a revisão do conteúdo abordado no jogo.

PALAVRAS CHAVES: jogo; revisão; química orgânica

INTRODUÇÃO: O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência(PIBID/MEC/CAPES)tem como objetivo antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula.E neste trabalho a atividade lúdica é sugerida como uma metodologia alternativa de ensino. Segundo Bernadelli(2004) "Para tornar o ensino-aprendizagem de Química simples e agradável,devemos abandonar metodologias ultrapassadas,que foram muito usadas no ensino dito tradicional,e investir nos procedimentos didáticos alternativos,em que os alunos poderão adquirir conhecimentos mais significativos". Não é necessário muito recurso para fugirmos da rotina em sala de aula, pois podemos organizar uma aula mais prazerosa e atrativa através de um jogo simples (Fialho,2007). Com isso foi utilizado o jogo "L" invertido como metodologia alternativa na revisão de química orgânica para as turmas do 3º ano do ensino médio.

MATERIAL E MÉTODOS: O jogo foi confeccionado e aplicado abordando conceitos de química orgânica, especificamente: a classificação do carbono, cadeia carbônica, compostos aromáticos e a ressonância do benzeno, ministrados pelo professor em sala de aula. O jogo foi confeccionado com cartolina e EVA, seguindo as instruções do livro"Jogos no Ensino de Química e Biologia",constituído de um tabuleiro sobreposto 22 cartões-respostas, destacando dois "L"invertidos com numeração de 2 a 12 em cada “L” e com figuras geométricas distribuídas aleatoriamente como pontuação extra,11 círculos com perguntas contendo numeração de 2 a 12 no verso para cada lado do "L", e dois dados. A turma foi dividida em duas equipes, com subdivisões de duplas de alunos em cada equipe. O tabuleiro fica disposto no meio das equipes, e cada uma delas fica em um dos lados do "L", os círculos ficam espalhados na mesa com os números voltados para cima, sendo que um aluno de cada equipe joga os 2 dados para decidir quem começa o jogo e a equipe que conseguir a maior soma com os dados inicia o jogo, então uma dupla inicia lançando os dados, e a soma que obtiver é o círculo que ela consultará a pergunta. A dupla discute entre si a pergunta e posiciona o círculo em cima da resposta que considera correta. Quando, por meio da soma dos dados lançados, um círculo já estiver sido utilizado,a dupla lança os dados novamente, até encontrar uma soma do número do circulo que não tenha sido utilizado. O jogo consta de 9 rodadas, sendo que em cada rodada,há o lançamento de dados para as duplas das equipes.Vence o jogo a equipe que, na soma das respostas corretas, obtiver o maior número de pontos atribuídos a cada quadrado,figuras e bônus(dados com números iguais).O jogo foi aplicado em quatro turmas do 3º ano,com participação de 72 alunos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O jogo foi aplicado com objetivo de demonstrar uma metodologia alternativa de revisar o conteúdo, reforçando o conhecimento e o aprendizado do conteúdo aplicado pelo professor em sala de aula. Tal objetivo foi alcançado através da aplicação de duas avaliações, antes e depois do jogo. Foi observado um aumento no rendimento dos alunos, nas notas da segunda avaliação com relação a primeira aplicada aos alunos, com apenas uma aplicação do jogo em cada turma. Foi analisada a opinião dos alunos acerca da aplicação do jogo como revisão dos conceitos de química orgânica, onde se obteve relatos de ser uma forma alternativa de aprendizagem e fixação do conteúdo, além de estimular o raciocínio e incentivar o trabalho em equipe para benefícios de todos.

imagem do jogo

imagem da simulacao do jogo

CONCLUSÕES: Através da atuação dos bolsistas o jogo foi aplicado não só com a intenção de expor uma atividade lúdica mais também de estimular a aplicação dos conhecimentos adquiridos de forma lúdica e descontraída, fortalecendo a interação professor/aluno que estimula o aprendizado. Enfim mesmo sendo uma metodologia alternativa ainda pouco utilizada nas escolas, foi observado que as atividades lúdicas se mostram eficazes na melhoria do rendimento dos alunos.

AGRADECIMENTOS: À Deus, À Capes, À UFAM, Alcilene A. Nogueira (Gestora/SEDUC-AM), Kelrylane Prado (PIBID/UFAM) e Maikon Paiva (PIBID/UFAM)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: FIALHO, Neusa Nogueira. Jogos no Ensino de Química e Biologia. Curitiba: IBPEX, 2007.p.33. BERNADELLI, M. S. Encantar para ensinar – um procedimento alternativo para o ensino de Química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. 1., 4., 9., Foz do Iguaçu. Centro Reichiano, 2004. Acesso em 31 maio 2012. Disponível em: http://www.centroreichiano.com.br/artigos/Anais%202004/Marlize%20Spagolla%20Bernardelli.pdf