Autores

Silva, J.P. (LPEQI-UFG) ; Camargo, M.J.R. (LPEQI-UFG) ; Moreira, M.B. (CEPAE-UFG) ; Alvino, A.C.B. (LPEQI-UFG) ; Oliveira, L.A. (LPEQI-UFG) ; Bastos, M.A. (LPEQI-UFG) ; Lima, G.L.M. (LPEQI-UFG) ; Benite, C.R.M. (LPEQI-UFG) ; Benite, A.M.C. (LPEQI-UFG)

Resumo

Apresentamos neste trabalho uma intervenção pedagógica realizada num colégio de estágio de uma universidade pública do estado de Goias com vistas a implementação da lei 10639/03. A partir da importância e do valor que o dendê possui para a manutenção da cultura afro-brasileira discutimos os processos químicos envolvidos na síntese do biodiesel, no nosso caso, também chamado de biodendê, e outros valores civilizatórios brasileiros de herança africana como ancestralidade e oralidade.Nossos resultados comprovaram que é possível discutir em uma aula de química, temas como religiosidade, oralidade, ancestralidade, bicombustíveis, reações química, meio ambiente dentre outros.

Palavras chaves

dendê; ensino de quimica; lei 10639

Introdução

Oriundo das diferentes vertentes de Movimento Negro iniciadas em 1889, em 1978 surge o Movimento Negro Unificado (MNU). Segundo Dias, (2012) dentre as reivindicações do Programa de Ação do MNU de 1982 está a luta pela introdução da História da África e do Negro no Brasil nos currículos escolares. Assim, “o movimento negro passou a intervir no campo educacional, com propostas de revisão dos conteúdos preconceituosos dos livros didáticos; na capacitação de professores para uma pedagogia inter- racial; na reavaliação do negro na história e, por fim, na exigência da inclusão do ensino da história da África nos currículos escolares”, (p. 20). Dessa maneira, fruto das lutas dos diferentes Movimentos Negros, em 03 de janeiro de 2003 no governo do então presidente Luis Inácio Lula da Silva, foi promulgada a Lei 10.639/03 que em seu § 2º afirma que “Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar”,(BRASIL, 2003). E no ano de 2006 o mesmo governo publica as Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico- Raciais que em tópico particular se referem às ciências da natureza, matemática e suas tecnologias: A biologia, a matemática, a física e a química destacam-se como disciplinas que, integradas, são capazes de desconstruir conhecimentos que afirmam as diferenças como inferioridade e que marcam a condição natural de indivíduos e grupos inter-étnicos. O trabalho por projetos pode incluir diferentes disciplinas: física, química, matemática, e mesmo história, sociologia, filosofia, (BRASIL, 2006 p.196). Francisco Jr. (2007), com o artigo intitulado Opressores e Oprimidos: um Diálogo Pra Além da Igualdade Étnica, traz a tona o debate de como as ciências podem contribuir para uma educação anti-racista. Este faz uma breve analise da situação dos negros como “fruto de um processo de desumanização, devido a uma distorção histórica na qual se instaura a situação-opressora estabelecida pela violência de quem oprime” ( p.10) e sugere algumas atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula a partir do tema lixo. Em 2008 esse mesmo autor, publica outro trabalho em que introduz alguns conceitos importantes envolvidos com o racismo, discute como ele se desenvolveu ao longo dos anos e faz alguns apontamentos de como o ensino de ciências pode contribuir para uma educação anti-racista. Interessados numa proposta de descolonizar as ciências por meio da implementação da lei 10639/03 no ensino de ciências/química, em 2008 o Laboratório de Pesquisa em Educação Química e Inclusão (LPEQI) do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ/UFG), realizam estudos nos cursos de graduação em ciências tecnológicas nas Universidades Públicas de Goiás e diagnosticam que a temática étnico-racial não é abordada nestes. A partir desses resultados e com o intuito de corroborar com a investigação nessa temática, surge em 2009 o Coletivo Negro (a) (CIATA/UFG), que realiza investigações sobre as relações étnico-raciais na formação de professores de química, do qual os autores são atores. Seus participantes reconhecem que esta não é tarefa fácil e para tal será “preciso entender e considerar a importância da articulação entre cultura, identidade negra e educação. Uma articulação que se dá nos processos educativos e não- escolares” (GOMES, p. 169). Alguns dos resultados desses estudos iniciados em 2008 estão em: (Arantes e Benite, 2011); (Souza et al, 2011); (Santos et al, 2012) e (Benite et al, 2012). O CIATA advoga que uma das primeiras alternativas nessa direção deve ser a inserção, nos cursos de formação de professores de química e nas disciplinas de química oferecida aos outros cursos de graduação de debates e discussões que privilegiem a relação entre a cultura e a educação. Para isso investimos no ensino de química a partir da ciência e cultura de matriz africana. De uma perspectiva dialética, apoiamos em Johnson (2010), para afirmar que os estudos baseados na cultura justificam-se por três premissas: “1ª) Os processos culturais estão intimamente vinculados com as relações sociais, especialmente com as relações e formações de classe; 2ª) a cultura envolve poder, contribuindo para produzir assimetrias nas capacidades dos indivíduos e dos grupos sociais para definir e satisfazer suas necessidades e a 3ª que se deduz das outras duas, é que a cultura não é um campo autônomo nem externamente determinado, mas um local de diferenças e lutas sociais” (p. 12-13. Assim neste trabalho a partir da importância e do valor que o dendê possui para a manutenção da cultura afro-brasileira discutimos os processos químicos envolvidos na síntese do biodiesel, no nosso caso, também chamado de biodendê, e outros valores civilizatórios brasileiros de herança africana como ancestralidade e oralidade em aula de química.

Material e métodos

Este trabalho se caracteriza como uma pesquisa participante com um enfoque de investigação social por meio da qual se busca a participação da comunidade na análise de sua própria realidade, com o objetivo de promover ações coletivas para o beneficio da comunidade escolar. Trata-se, portanto, de uma atividade educativa de investigação e ação social (BRANDÃO 1984). Cabe esclarecer que a participação em uma pesquisa segundo Demo (2004) está para além de pertencer a essa comunidade, mas dar voz a mesma. Neste caso assumimos as duas posições, pois representamos os professores de ciências que ensinam para a sociedade brasileira que é multicultural e multirracial e também os membros desta sociedade, isto é, representa-se a sala de aula de ciências condicionada pela heterogeneidade de sua constituição identitária a partir de posições definidas e legitimadas nesta estrutura social. Ainda, conforme Demo (2004), a pesquisa participante alia simultaneamente o conhecimento e a participação, buscando dar autonomia e capacidade de emancipação cidadã aos envolvidos no processo, especificamente no trato com o situar-se dentro de uma sociedade composta por diferentes etnias. Foram sujeitos dessa investigação (SI): um aluno do PIBID e membro do CIATA (IC1), a professora Supervisora do PIBID (PS) e trinta alunos (A1 a A30) de uma disciplina eletiva de um colégio de aplicação de uma Instituição de Ensino Superior Pública do estado de Goiás. A IP que versou sobre “Estudo dos valores civilizatórios da comunidade Africana e a síntese do biodiesel” se deu em quatro momentos: 1) Discussão inicial sobre a importância do biodiesel e possíveis vantagens do seu uso; 2) Leitura dinâmica do texto: Valores civilizatórios afro-brasileiros: uma discussão a partir da síntese do biodiesel e discussão dos dados trazidos por ele; 3) Discussão dos valores civilizatórios africanos e como permeiam nossa sociedade sem sabermos a sua origem; 4) Execução e discussão do experimento. A aula foi gravada em áudio e vídeo perfazendo 90 min de gravação, transcrita, e os dados obtidos agrupados por unidades de significado, e analisados segundo a técnica da Análise da Conversação, (AC). Para Marcuschi 2003, p. 7, a AC procede pela indução e inexistem modelos a priori, possui uma vocação naturalística com poucas análises quantitativas, prevalecendo às descrições e interpretações qualitativas.

Resultado e discussão

Nesta IP foram produzidos 312 turnos (T) de discurso e por motivo de espaço vamos apresentar somente alguns extratos destes. Os textos foram agrupados em duas categorias que foram construídas a partir das convergências nos discursos por meio de eleição de palavras-chave ou ideias centrais. Dessa maneira, as categorias que emergiram do discurso dos sujeitos foram: oralidade e ancestralidade e produção de biodendê. Na Figura 1 está apresentado o extrato contendo os discursos referentes ao tema oralidade e ancestralidade. Nos turnos 57 a 63 IC1 media a discussão sobre ancestralidade. No movimento negro a figura do ancestral possui significado relevante. São pessoas que deixaram as suas marcas na resistência contra a opressão dos dominadores, nos saberes tecnológicos, nos preparos de determinados “remédios” e que por isso servem de exemplo, para os seus descendentes. Segundo Guillen, (2013): “Os ancestrais foram aqueles, homens ou mulheres, que viveram uma vida exemplar e nesse sentido, têm desempenhado um importante papel para muitos militantes do movimento negro. São pessoas de referência para as labutas cotidianas, que lutaram e resistiram no passado, e que servem, portanto, de exemplo para os que lutam na atualidade. Proporcionam ânimo na luta, coragem e determinação para levar adiante a tarefa cotidiana de combater o racismo e propor uma sociedade mais justa para negros e negras no Brasil. São pessoas em quem se espelhar” (p 1-2). No turno 86 IC1 traz a importância da oralidade na África para manter viva a história dos antepassados. Para além de um contar de história que passa de geração em geração a oralidade permite que seja mantida os valores culturais de um determinado grupo. A história africana é muitas vezes contada por viajantes que quando lá passavam recorriam às narrativas dos mais velhos. No final do turno 86 IC1 lembra que a história da África também não só é recontada através da oralidade, mas também pelos achados arqueológicos. Nesse sentido, a química através de suas técnicas de analise, tem relevante contribuição. Assim faz parte da chamada arqueometria as analises de absorção atômica, espectrometria, difração e fluorescência de raios X, microscopia, analise por ativação de nêutrons, etc (ISKANDER, 2010, p.214- 246) Além dos chamados valores civilizatórios afro-brasileiros: ludicidade, circularidade, musicalidade, territorialidade, religiosidade, corporeidade, cooperativismo/comunitarismo, memória, energia vital, ancestralidade e oralidade, valores imateriais, temos o dendezeiro, valor material. Segundo Lody, (1992): “ Para o mundo cultural afro-brasileiro o dendê é marca, distintivo e atestação da memória, da ação, da produção, criação e recriação de um patrimônio de bases africanas absorvido, e também reinventado em espaço brasileiro, (p.1). Neste trabalho discutimos a utilização do dendê na produção de bicombustíveis. A Figura 2 apresenta o Extrato 2 contendo os discursos sobre o bicombustível. Nos resultados mostrados nos turnos de 19 a 23, IC1 media as discussões a respeito da síntese do biodiesel e, além disso, retoma um assunto abordado em intervenções anteriores, qual seja, a reação de produção do sabão. O biodiesel é um combustível renovável e biodegradável, predominantemente produzido por uma reação denominada transesterificação, que consiste em uma reação de triglicerídeos (óleos ou gorduras animais ou vegetais) com um intermediário ativo, formado pela reação de um álcool de cadeia curta (metanol ou etanol) e um catalisador, produzindo um éster (o biodiesel) e o glicerol, como um co-produto (PARENTE, 2003). A reação obteve com produto principal o biodiesel e como subproduto imiscível ao produto principal, a glicerina. Esta foi separada do produto principal através de funil de separação. Constatamos a produção do biodiesel comparando a viscosidade do mesmo com a do óleo vegetal e este é mais viscoso que o biodiesel. Os reagentes utilizados na reação de transesterificação para a produção do biodiesel foram os mesmo realizados na aula “Religiosidade e Sabão” (reação de saponificação). A diferença é que na produção de sabão foi utilizado 0,75 mol da base enquanto que na preparação do biodiesel a quantidade dessa mesma substância foi de 0,01 mol. Ou seja, na reação de saponificação a base participa como um reagente, enquanto que na produção de biodiesel esta substância tem a função de catalisador. Este acelera o processo químico realizado, promovendo maior interação entre os reagentes e ao final do processo é recuperado. A velocidade dessa reação também é aumentada pelo aumento de temperatura. Como já descrito, essa intervenção foi feita em quatro aulas (em dois dias diferentes), nos turnos 87 a 89 (segundo dia de intervenção) IC1 retoma a discussão da intervenção anterior para discutir os conceitos de óleo e gordura. Para Bosco e Conde (2013) o óleo é extraído das sementes de várias plantas, é refinado por processos industriais para perder cor, odor e sabor originais; é líquido à temperatura ambiente, possui densidade entre 0,914 e 0,925 gramas por centímetro cúbico. Quanto à gordura existem dois tipos: a banha e a gordura vegetal hidrogenada. A 1ª é proveniente dos tecidos gordurosos de suínos, quando aquecido lentamente toma o aspecto de óleo. É solido a temperatura ambiente, possui cor branca, sabor e odor característicos. A 2ª também é sólida e é obtida por meio da hidrogenização de óleos vegetais. Possui aparência e cor semelhante à banha, odor e sabor quase imperceptíveis, (p. 58-59). Nos turnos 29; 31; 89; 91 e 92 IC1, A1 e A7 discutem qual é a matéria prima para obtenção dos óleos vegetais. Estes são constituídos por ácidos graxos, que são também constituintes dos lipídios e que fazem parte de seres vivos, como as oleaginosas. Dentre estas, além da soja, a canola, o milho, o girassol, a mamonas tem o dendezeiro. Este é rico em óleo de palma e óleo de palmiste que podem ser utilizados na produção do biodiesel, também chamado de biodendê. Nos turnos de 95 a 99 é discutida a importância e a origem do dendê. Originário da África Ocidental chegou ao Brasil juntamente com aqueles que para cá vieram como escravizados e rapidamente o seu cultivo se espalhou por todas as regiões litorâneas. Possui papel de considerável relevância na cultura afro-brasileira. “ O hábito do seu consumo, sobretudo na culinária, fez surgir um mercado local e, consequentemente, o aumento da demanda pelo produto, que foi responsável pela expansão comercial do fruto. Desta forma, este desempenhou e desempenha um papel muito importante na economia da diáspora africana no Brasil.” (ROSA et al, 2011, p. 507-558). Para além de sua importância na economia, produção de biodiesel e na culinária, essa oleaginosa também possui importância para os povos praticantes das religiões de matriz africana “Na realidade, é na preparação dos quitutes das mesas dos deuses africanos que constatamos a necessária utilização do dendê, juntamente com as favas e frutos de origem africana, importantes na realização dos alimentos rituais, garantindo assim sua eficácia e destinação cultual", (p. 61). O acarajé, por exemplo, está presente na cozinha dos orixás: Iansã, Xangô, Obá, Euá e Oxu maré. O Amalá é o prato principal do Orixá Xangô e nele o azeite de dendê esta presente. Já Oxum prefere o Ipetê. Esta cerimônia é caracterizada pelas filhas-de-santo portando, na cabeça, panelas contendo o peté, que será servido aos assistentes, (LODY, 1992, p.62). Ainda tem o Bobó, o Omolucum, o Erã-peterê e as Farofas, comida dos Voduns, Oxum, divindades de cunho masculino e Exu respectivamente. Todavia nem todos os orixás se alimentam com iguarias preparadas com o dendê. Os Orixás funfun, os deuses que se vestem de branco não utilizam o dendê em seus cultos. Segundo Lody (1992), os deuses quentes são aqueles que incluem o dendê nos seus axés; os deuses frios, deuses do pano branco (Funfun) não o fazem (p.57).

Extrato 1. Sobre Oralidade e Ancestralidade

Contém os discursos produzidos sobre oralidade e ancestralidade.

Extrato 2: Sobre o Biodendê

Apresenta as discussões sobre a síntese do biodiesel.

Conclusões

Acreditamos que para um professor formador, ou um professor em formação continuada, ou para um aluno que desenvolve a sua atividade de estágio em determinada escola, implementar a Lei 10639 é antes de tudo uma tomada de decisão política. É entender que estamos falando da cultura e da ciência produzido pelo dominado e consequentemente ir de encontro a um currículo que fora feito pelos dominantes e convenhamos isso não é fácil. É dialético porque usamos os símbolos da ciência dominante (fórmulas, símbolos químicos, equações e etc.) para contrapor a produção de que nossos ancestrais também realizavam ciências. Porém é nessa luta de contrários que justificamos e acreditamos que é possível discutir em aulas de química, questões que não sejam necessariamente, branca, masculina e européia. Por isso, nessa intervenção, realizada em um colégio de estágio de uma universidade pública, discutimos em uma aula de química, temas como religiosidade, oralidade, ancestralidade, bicombustíveis, reações química, meio ambiente dentre outros.

Agradecimentos

A CAPES pela concessão de bolsa PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência) a dois dos autores, ao CNPQ e FAPEG pelo apoio financeiro.

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