ÁREA: Química Orgânica

TÍTULO: ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE PLANTAS MEDICINAIS ENCONTRADAS NA REGIÃO DE SULMATOGROSSENSE

AUTORES: HORTELAN, C. M. S. (IC); WINCK, C. R. (IC); BRAND, G. (IC); JELLER, A. H. (PQ)- CENTRO DE PESQUISA EM BIODIVERSIDADE (CPBIO) - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL (UEMS) / (CRIS_WINCK@HOTMAIL.COM.BR)

RESUMO: RESUMO:A capacidade antioxidante de algumas espécies medicinais comumente encontradas na região sulmatogrossense foram avaliadas pelo ensaio espectrofotométrico com o radical livre estável DPPH (1,1-difenil-2-picril-hidrazila). O ensaio foi realizado obtendo nas concentrações de 40, 80, 160, 320 e 640 ppm. A partir dos resultados obtidos verificou-se que D. furfuraceae e Stryphnodendron obovatum foram as que apresentaram maiores percentuais de atividade antioxidante. E entre as frações avaliadas destaca-se CH2Cl2 de D. furfuraceae e a fração MeOH de Anadenanthera falcada.


PALAVRAS CHAVES: atividade antioxidante, plantas medicinais, radical dpph.

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO:A região sulmatogrossense apresenta uma grande extensão de vegetação nativa e muitas dessas plantas são utilizadas como medicamentos, porém são poucos os estudos e pesquisas que revelam seu caráter biológico, e dificilmente aspectos químicos (SANGALLI, 2000). Devido a esta disponibilidade de espécies vegetais medicinais e do conhecimento popular regional, o trabalho visa propiciar avanços que se refere ao uso dessas plantas. Para isto foram utilizadas algumas espécies de interesse biológico da região como Anacardium humile (Anarcadiaceae); Duguetia furfuraceae (Annonaceae); Tabebuia caraibe (Bignoniaceae); Senna occidentalis (Caesalpiniaceae); Bauhinia holophylla (Caesalpiniaceae); Stryphnodendron obovatum (Mimosaceae); Anadenanthera falcada (Mimosaceae); Miconia albicans (Melastomataceae); Siparuna guyanensis (Monimiaceae); Cecropia pachystachia (Moraceae); Solanum lycocarpum (Solanaceae) e Jacaranda decurrens (Bignoniaceae). Estas foram avaliadas quanto ao pontecial antioxidantes por meio dos métodos que utiliza o radical livre estável DDPH, em ensaios espectrofotométricos de captação do radical pelas substâncias antioxidantes (REBELLO, 2005).


MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAIS E MÉTODOS:As plantas selecionadas foram coletas no horto da EMBRAPA/MS, sob supervisão do botânico Dr. Arnildo Pott. As folhas das espécies foram secas a temperatura ambiente, trituradas e submetidas à extração dos metabólitos secundários empregando etanol. Por meio de evaporador rotativo, o extrato foi seco, sendo ressuspendido em MeOH:H2O (4:1), e submetido a uma partição líq-líq empregando solventes de diferentes polaridades (hexano, CH2Cl2, AcOEt, respectivamente). Com as frações obtidas de cada partição, de cada planta, foi realizado o ensaio antioxidante com o radical livre estável DPPH (1,1-difenil-2-picril-hidrazila) (BLOIS, 1958). O teste foi realizado retirando-se de uma solução de 2000 ppm, 5 volumes: 0,1; 0,2; 0,4; 0,8 e 1,6mL, os quais foram ajustados em balão volumétrico de 5mL com metanol, obtendo amostras de concentração 40, 80, 160, 320 e 640ppm, respectivamente. A cada 1mL das amostras adicionou-se 2 mL da solução de DPPH (0,004%), permanecendo em repouso por 30 minutos. O mesmo procedimento foi realizado empregando 1mL de metanol, como branco. As absorbâncias foram lidas no espectrofotômetro em 517 nm. Nos procedimentos utilizou-se como padrão a rutina.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO:A atividade antioxidante pelo método do DPPH baseia-se na redução do radical livre DPPH, de coloração roxa intensa, formando o 2,2-difenil-1-picril-hidrazina, amarelo. Tal reação é devida à ação de substâncias capazes de doar hidrogênio radicalar ao DPPH formando assim um radical estável, sendo associada à propriedade antioxidante. Esta atividade foi expressa pela porcentagem de atividade antioxidante (%AA) nas concentrações determinadas, utilizando-se a expressão: %AA={[Abscontrole–(Absamostra– Absbranco)]x100}/Abscontrole, onde Abscontrole é a absorbância inicial da solução MeOH de DPPH, Absamostra é a absorbância da mistura reacional (DPPH+amostra) e Absbranco é a absorbância da solução metanólica da amostra sem DPPH. Nos dados obtidos (Tab.1) observa-se que todas as frações das plantas avaliadas apresentam substâncias antioxantes, dentre às testadas destaca-se as plantas D. furfuraceae e Stryphnodendron obovatum que apresentaram elevados percentuais de ação. Dentre frações, destaca-se CH2Cl2 de D. furfuraceae e a fração MeOH de Anadenanthera falcada. Não foram realizados ensaios com as frações hexânicas devido à insolubilidade nas condições empregadas.




CONCLUSÕES: CONCLUSÕES:Os resultados obtidos evidenciaram que as plantas analisadas são bastante promissoras, principalmente D. furfuraceae e Stryphnodendron obovatum, permitindo assim enquadrá-las como protótipos para estudos mais precisos na busca de substâncias antioxidantes. Cabe destacar que as frações de maior polaridade das plantas analisadas apresentaram significante atividade antioxidante, possivelmente justificada pela maior concentração de substâncias fenólicas, comum a estas frações.


AGRADECIMENTOS:AGRADECIMENTOS:A UEMS pelas bolsas concedidas (PIBIC/UEMS).Á FUNDECT pelo apoio financeiro.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:BLOIS, M. S. Antioxidant determinations by the use of a stable free radical. Nature, v. 181, n. 4617, 1199-1200, 1958.JELLER, A. H. Ocorrência e biossíntese de triterpenos quinonametídeos em Cheiloclinium cognatum miers (Hippocrateaceae). 2003. 158f. Tese (Doutorado em Química Orgânica) – Departamento de Química, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP.REBELLO, J. M. Avaliação da atividade antioxidante e antifúngica de análogos sintéticos
da acetofenona e pró-oxidante e antitumoral de chalconas sintéticas. 2005. 130f. Mestrado (Biotecnologia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.SANGALLI, A. Levantamento e caracterização de plantas nativas com propriedades medicinais em fragmentos florestais e de cerrado de Dourados-MS, numa visão etnobotânica. 2000. 115f. Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Dourados.