ÁREA: IC-Iniciação Científica

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DE FRUTOS DE CLONES DE ACEROLEIRA

AUTORES: SAMPAIO,C.G. - UECE; RUFINO,M.S.M. - EMBRAPA; ALVES,R.E. - EMBRAPA; MORAIS,S.M. - UECE

RESUMO: A acerola é uma fruta bastante conhecida pelo seu elevado teor de vitamina C e diferentes compostos fenólicos, substâncias essas que detêm a capacidade de capturar radicais livres. Com isso, tem ocorrido uma crescente procura por essa fruta para avaliar a sua qualidade e capacidade antioxidante. Assim, este trabalho apresenta como objetivo avaliar a capacidade antioxidante total de frutos de seis clones de acerola (Apodi, Sertaneja, Roxinha, Frutacor, Cereja e II47/1), pelo método de captura do radical livre DPPH, e quantificar alguns compostos bioativos que possam ser responsáveis por esse potencial.




PALAVRAS CHAVES: clones, acerola, compostos bioativos

INTRODUÇÃO: Diversas pesquisas vêm sendo realizadas, nas diferentes áreas componentes do segmento pós-colheita, visando a descoberta de novas fontes nutricionais (MATSUURA et al.,2001). Atenções têm sido focadas sobre a atividade de antioxidantes naturais, presentes em frutas tropicais e subtropicais, pois estes componentes são responsáveis pela redução de estresse oxidativo. A importância da acerola está relacionada ao seu caráter nutricional, representado pelo elevado teor de vitamina C (SEMENSATO e PEREIRA, 2000); além de fenólicos e carotenóides, que motivou a crescente demanda pela fruta e o interesse de produtores e pesquisadores em todos os continentes. Diversos estudos têm demonstrado que o consumo de substâncias antioxidantes na dieta diária, pode produzir uma ação protetora efetiva contra os processos oxidativos que naturalmente ocorram no organismo. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a capacidade antioxidante total de frutos de seis clones de acerola (Apodi, Sertaneja, Roxinha, Frutacor, Cereja e II47/1), pelo método de captura do radical livre DPPH, e quantificar alguns compostos bioativos que possam ser responsáveis por esse potencial.




MATERIAL E MÉTODOS:
Os clones de acerolas que foram estudadas são: Apodi, Sertaneja, Roxinha, Frutacor, Cereja e II47/1. Os frutos foram colhidos em uma fazenda particular em Limoeiro do Norte, CE, transportados para o Laboratório de Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita da Embrapa Agroindústria Tropical, onde foram armazenados em ultra freezer a – 80 0C. Após dois meses, foram processados e analisados quanto à: vitamina C total (VC) utilizando o reagente de Tillman segundo a metodologia de STROHECKER e HENNING (1967); flavonóides amarelos (FA) e antocianinas totais (AT) baseados em FRANCIS (1982); carotenóides totais (CT) de acordo com HIGBY (1962), polifenóis extraíveis totais (TEP) segundo LOWRY et al. (1947) e capacidade antioxidante total (CAT). O experimento foi realizado em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), com 6 tratamento sendo que três repetições constituídas por amostras compostas por no mínimo vinte e um frutos. Os dados foram submetidos a análise de variância e os tratamentos (clones) foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probalidade.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com base nos resultados obtidos, ocorreu diferença significativa entre os clones, dentre os quais o clone II47/1 mostrou, para a maioria das variáveis analisadas, valores superiores aos demais, de acordo com os seguintes dados: VC - 1578,74 mg/100g, AT - 34,5 mg/100g, CT - 0,56 mg/100g, FA - 10,9 mg/100g, TEP - 4,52 mg/100g e CAT - 553,2 mg/100g DPPH (EC50). Estes resultados indicam que a capacidade antioxidante total deve estar diretamente relacionada com os elevados índices dos constituintes fenólicos e Vitamina C presente no referido clone.






CONCLUSÕES:
De modo geral, todos os clones da acerola apresentaram elevada capacidade antioxidante total, possivelmente devido à presença de constituintes fenólicos, carotenóides e Vitamina C, substâncias estas com destacada menção na literatura, uma vez que apresentam a capacidade de capturar radicais livres.



AGRADECIMENTOS:CNPq, EMBRAPA, CAPES e UECE

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:FRANCIS, F.J. Analysis of anthocyanins. In: MARKAKIS, P. (ed.). Anthocyanins as food colors. New York: Academic Press, 1982. p. 181-207.
HIGBY, W.K. A simplified method for determination of some the carotenoid distribuition in natural and carotene-fortified orange juice. Journal of Food Science, v.27, p.42-49, 1962.
LOWRY, O.H.; ROSEMBROUH, N.J.; FARR, A.L. Protein measurement with folin fenol reagent. J. Biol. Chem., 153, 23: 501-505, 1951.
MATSUURA et al. Avaliações físico-químicas em frutos de diferentes genótipos de acerola. Rev. Brasileira de Fruticultura – SP, v.23, p. 602-606, dezembro 2001
SEMENSATO, L.R. e PEREIRA, A.S. Características de frutos de genótipos de aceroleira cultivadas sob elevadas altitudes. Pesq. Agorp. Bras., v.35, n.12, p.2529-2536, dezembro 2000
STROHECKER, R.; HENNING, H.M. Analisis de vitaminas: métodos comprobados. Madrid: Paz Montalvo, 1967. 428p.