ÁREA: IC-Iniciação Científica

TÍTULO: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DE EXTRATOS VEGETAIS DE SOLANUM PNICULATUM L. SOBRE O CRESCIMENTO DE RALSTONIA SOLANACEARUM

AUTORES: NASCIMENTO, L. C. S. - CESI/UEMA; SILVA, T. A. - CESI/UEMA; ORLANDA, J. F. F. - CESI/UEMA

RESUMO: A murcha bacteriana é considerada uma das mais importantes prejudiciais doenças e principal doença vascular de plantas no Brasil, causada por Ralstonia solanacearum, bactéria habitante natural do solo e que ocorre em todas as regiões do Brasil, principalmente nas regiões norte, nordeste e centro-oeste, devido à predominância de temperaturas e umidades elevadas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana in vitro de Solanum paniculatum L., vulgarmente conhecida como Jurubeba, contra a bactéria causadora da murcha bacteriana. Os resultados mostraram que a utilização do extrato da jurubeba promoveu halos de inibição em torno dos discos impregnados com extratos alcoólicos mais concentrados, com diâmetros máximo de 3,4 mm.

PALAVRAS CHAVES: murcha bacteriana, jurubebá e biocontrole

INTRODUÇÃO: A murcha bacteriana é considerada uma das mais importantes prejudiciais doenças e principal doença vascular de plantas no Brasil, causada por Ralstonia solanacearum, bactéria habitante natural do solo e que ocorre em todas as regiões do Brasil, principalmente nas regiões norte, nordeste e centro-oeste, devido à predominância de temperaturas e umidades elevadas [Brigel et. al., 2001;
Nascimento, 2005]. No Brasil, as principais e mais severas perdas são encontradas nas culturas de batata, tomate, pimentão, berinjela e jiló.
As medidas de controle recomendadas para a doença compreendem: rotação de culturas, pousio, incorporação dos restos culturais, utilização de cultivares resistentes e tratamento com fungicidas, que não apresentam efeitos significativos em virtude da grande variabilidade do patógeno. Atualmente, a utilização de extratos de plantas constitui-se em uma alternativa no processo de biocontrole de pragas que atacam plantas de interesse econômico. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana in vitro de Solanum paniculatum L., vulgarmente conhecida como Jurubeba, contra a bactéria causadora da murcha bacteriana.


MATERIAL E MÉTODOS: As amostras de Solanum paniculatum L. (jurubeba) foram coletadas na cidade de Imperatriz (MA), em propriedades rurais no período de 2005 a 2006. Após a coleta, folhas foram separados e secos a temperatura ambiente, para eliminação da umidade e estabilização do conteúdo enzimático. Os extratos vegetais foram obtidos em diferentes solventes (etanol a 85%, diclorometano, clorofórmio e acetona) na proporção de 19 g para 190 mL, por maceração durante 48 horas e colocadas em cápsulas de porcelana para evaporação completa do solvente . A atividade antimicrobiana foi verificada pelo método de difusão em disco de papel (tipo 1 com 6 mm de diâmetro) no meio gelosado Potato Dextrose Agar (BDA). A suspensão do microrganismo-teste (murcha bacteriana) foi semeada na superfície do meio, em placas de Petri, com auxílio de alça de Drigalsky (100 μL /placa). Os discos de papel, impregnados com o extrato vegetal da Jurubeba em diferentes concentrações (25, 50, 75, 100, 125 e 150 mg/mL) foram colocados nas placas de Petri e incubadas a 35 °C durante 24 h. Os resultados expressos em mm pela média aritmética do diâmetro dos halos de inibição formado ao redor dos discos nas 3 repetições.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados mostraram que os solventes utilizados (acetona, clorofórmio, diclorometano e etanol 85%, na preparação dos extratos de jurubeba, somente o etanol 85% mostrou capacidade inibitória sobre a murcha bacteriana por remover as substâncias da planta que foram capazes de interferir no crescimento bacteriano. Os halos de inibição ocorreram em torno dos discos impregnados com extratos alcoólicos mais concentrados (100, 125 e 150 mg/mL), com diâmetros de 2,6; 3,0 e 3,4 mm, respectivamente.




CONCLUSÕES: Estes resultados mostraram que a utilização do extrato da jurubeba pode ser uma alternativa promissora para o controle biológico de Ralstonia solanacearum, diminuindo o risco de doenças e despesas de custeio da cultura.

AGRADECIMENTOS:UEMA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:BRINGEL, J. M. M.; TAKATSU, A.; UESUGI, C. H. Colonização radicular de plantas cultivadas por Ralstonia solanacearum biovares 1, 2 e 3. Scientia Agricola, v. 58, n. 3, p. 497-500 julho/setembro, 2001.
NACIMENTO, A. S.; BRINGEL, J. M. M.; PONTES, N. C.; KRONKA, A. Z. Biocontrole de Ralstonia solanacearum por meio de incorporação de resíduos de nim (Azadirachta indica Juss) ao solo. Summa Phytopathologica, Botucatu, v. 28, n. 3, p.271-275, 2005.