ÁREA: IC-Iniciação Científica

TÍTULO: ANÁLISE DA VISCOSIDADE DE ÓLEOS DE MAMONA, BIODIESEL E ÓLEOS COMESTÍVEIS DISPONÍVEIS NO RN

AUTORES: SANTOS, A. G. D.1-UERN; NUNES, A. O.1 -UERN; SOUZA,L. D.2 -UERN E BARROS NETO, E. L. -UERN.2
1-ALUNO(A) DE INICIAçãO CINETíFICA - ANNE_GABRIELLA_DIAS@YAHOO.COM.BR
2-PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE QUíMICA DA UERN


RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo medir a viscosidade do óleo de mamona e comparar esta com valores de viscosidade de Biodisel de mamona proveniente do RN, Diesel mineral, óleos de algodão e soja comercializados neste estado. Fez-se, ainda, a comparação das viscosidades do Biodiesel e diesel mineral com valores de referência adotados pela ANP.

PALAVRAS CHAVES: biodiesel, viscosidade, mamona

INTRODUÇÃO: Atualmente, buscam-se fontes energéticas alternativas às tradicionais. Entre as várias possibilidades de novos combustíveis encontra-se o biodiesel, um combustível ecologicamente correto, produzido a partir de óleos animais e vegetais. No RN, a matéria mais conveniente em função das condições climáticas parece ser a mamona (PARENTE E.J.S, 2003).
Contudo, para que o biodisel possa ter as vantagens que lhe são atribuídas (ser menos poluente, ter maior lubricidade, não tóxico, ect.) é imprescindível sua análise para garantia da qualidade dentro de especificações normalizadas. Entre as propriedades a serem observadas está a viscosidade que expressa a resistência oferecida pelo biodiesel ao escoamento. Seu controle visa garantir um funcionamento adequado dos sistemas de circulação, injeção e bombas de combustível, além de preservar as características de lubricidade do biodiesel.
Este trabalho fez a prensagem das sementes de mamona provenientes de lugares diferentes do RN para obtenção dos seus óleos, assim como analisou a viscosidade desses óleos, de alguns óleos comestíveis, do biodiesel e do óleo diesel mineral comercial (com 2% de biodiesel).


MATERIAL E MÉTODOS: Para as medidas, utilizou-se um Viscosímetro Sayboult . Neste colocou-se 0,07 L da amostra para aquecer até a temperatura apropriada, sendo esta controlada com um termômetro de mercúrio, sendo a temperatura do óleo de aquecimento (Óleo lubrificante SAE 40) controlado pelo sistema de aquecimento do aparelho. Demora-se um tempo médio de 1,08x 104s para que a temperatura da amostra entre em equilíbrio com a do óleo de aquecimento, o que é verificado pela comparação entre os dois termômetros. Após o equilíbrio ser atingido fazem-se as análises, medindo-se com um cronômetro o tempo de escorrimento da amostra no furo universal e no furol. Foram analisados óleos extraídos das mamonas de Severiano Melo - RN e do assentamento Palheiros 3, localizado na cidade de Mossoró-RN. Foram analisados também um biodiesel e dois óleos comerciais (algodão e soja). Os experimentos foram repetidos cinco vezes e o resultado expresso como a média aritmética das medidas.
De acordo com os valores obtidos nas medidas, decidiu-se pela fórmula:
VCC = 0,224.(SSU) –185/ SSU ; para 34 ≤ SSU

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir das viscosidades analisadas(Gráficos 1 e 2), viu-se que os diferentes óleos de mamona (1, proveniente de Palheiros III- Mossoró-RN, e 2 de Severiano Melo-RN) apresentam viscosidades quase iguais, o que mostra que estes possuem composições bem parecidas e que o fato das sementes terem sido cultivadas em diferentes localidades não afetou essa propriedade. Contudo, estas apresentam uma viscosidade bem superior a dos óleos comerciais, em função da diferença de estruturas moleculares entre os óleos.
Ao se comparar as viscosidades do Biodiesel com o Diesel observou-se que o primeiro apresentou um valor maior, este aumento ocorre é função das interações moleculares, visto que o óleo diesel tem na composição somente hidrocarbonetos, enquanto que o biodiesel é formado por ésteres. Em relação aos diferentes valores encontrados entre a viscosidade a 371,9 K e a 313 K {temperaturas regulamentadas em normas( Site http://www.demec.ufmg.br/disciplinas/ema003/liquidos/diesel/especifi.htm visitado em 25/05/2006)} isto ocorre em função desta ser dependente da temperatura. Estes resultados são coerentes com resultados anteriores (SOUZA, 2005 e 2006 ).





CONCLUSÕES: Os dados mostram que:
1- a adição do biodiesel ao diesel provoca o aumento da viscosidade e conseqüente aumento da lubricidade o que diminui o desgaste do motor.
2-a transesterificação diminui a viscosidade do óleo, fato positivo, pois se o combustível apresentar alta viscosidade haverá problemas de injeção. Site http://www.biodieselbr.com Visitado em 23/05/2006
3- o biodiesel produzido com mamona apresenta uma viscosidade maior do que os produzidos de óleo de algodão e soja, por isso, terá maior lubricidade, aumentando a vida-útil do motor.


AGRADECIMENTOS:FAPERN,FINEP E CNPq pelo financiamento do projeto ref. FINEP3769/04 e pelas bolsas de iniciação concedida aos bolsistas.
Ao DQ pelo uso dos laboratórios.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:PARENTE, E.J.S, BIODIESEL: Uma Aventura Tecnológica Num País Engraçado.
Sitehttp://www.biodieselbr.com/biodiesel/especificacoes/biodiesel-propriedades-fisicas-quimicas.htm Visitado em 23/05/2006
Site http://www.demec.ufmg.br/disciplinas/ema003/liquidos/diesel/especifi.htm visitado em 25/05/2006
Souza, L.D. ; Barros Neto, E.L.; Barbosa, J.B.,Santos; A.G.D.,Oliveira,E.R.- AVALIAÇÃO DA FAIXA DE DESTILAÇÃO DE ÓLEO E BIODIESEL PRODUZIDOS NO ESTADO DO RN, anais da ABQ, Belém, 2005
Souza, L.D; Barros Neto, E.L.; Santos, A.G.D e Nunes, A.O. - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE ÓLEO DE MAMONA E BIODISEL FABRICADO COM ESTE ÓLEO , anais do ENCOPE, Mossoró, 2006
Souza, L.D; Barros Neto, E.L.; Santos, A.G.D e Nunes, A.O. - DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FULGOR E COMBUSTÃO DE ÓLEO DE MAMONA E BIODISEL PRODUZIDOS A PARTIR DESTE ÓLEO, anais do ENCOPE, Mossoró, 2006