ÁREA: Química Ambiental

TÍTULO: AVALIAÇÃO QUÍMICA DA QUALIDADE DA ÁGUA DOS CORPOS DE ÁGUA NA CIDADE DE UBERLÂNDIA-MG.

AUTORES: ALMEIDA, I.L.S.-UFU, FERREIRA ,C.E.-UFU, COSTA, D.T.-UFU, PAVANIN,L.A.-UFU.

RESUMO: Foram monitorados córregos em Uberlândia-MG, que deságuam no Rio Uberabinha, captação de água para cidades da região. Foram monitorados dois córregos, que passam pela área industrial e residencial. As amostragens seguiram normas ABNT e ASTM. Foram realizadas coletas nos meses de fevereiro e maio/2006, em dois pontos de cada córrego (entrada da cidade e deságüe no Rio Uberabinha). Os parâmetros analisados foram pH, turbidez, óleos e graxas, sólidos totais dissolvidos, DBO5 e DQO. Os resultados mostram que para o córrego do Óleo (residencial) os valores dos parâmetros DBO5 e DQO são inferiores aos apresentados no córrego do Salto (industrial). Os valores corroboram um quadro de lançamento de efluentes sem tratamento. Os dados mostram alta capacidade de depuração do córrego do Salto.

PALAVRAS CHAVES: qualidade de água, monitoramento, poluição.

INTRODUÇÃO: O Rio Uberabinha, afluente da bacia do Rio Araguari é de grande importância para a cidade, constituindo-se, em conjunto com seus afluentes, no manancial utilizado para o abastecimento de água da população. Com os crescimentos urbano e populacional desordenados em Uberlândia, a situação da Bacia Hidrográfica do Rio Uberabinha e suas condições ambientais tornaram-se preocupantes, por ser a principal fonte de recursos hídricos da população. O Rio Uberabinha que abastece com suas águas a maior parte da população, agoniza por ajuda, onde esgotos urbanos e industriais são jogados no mesmo. As práticas agrícolas e pecuárias são juntas outro fator agravante (SILVA E RODRIGUES, 2004) (MACHADO, F.G.P, 2000).
Desta forma, iniciou-se o desenvolvimento deste trabalho com o objetivo de avaliar a qualidade das águas do rio e córregos que passam pela cidade de Uberlândia.


MATERIAL E MÉTODOS: Foram selecionados dois córregos afluentes do Rio Uberabinha, córrego do Óleo, que passa pela área residencial da cidade e do Salto, que passa pela área industrial da cidade (SILVA E RODRIGUES, 2003), onde se realizou as coletas de amostras de água da entrada dos córregos na cidade de Uberlândia e antes do deságües dos mesmos no Rio Uberabinha. As amostragens foram realizadas nos meses de fevereiro e maio de 2006, épocas chuvosa e estiagem, respectivamente. As amostragens foram realizadas segundo prescrições da norma Planejamento de Amostragem de Efluentes Líquidos e Corpos Receptores da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR9897 e ASTM. As amostras foram coletadas em frascos de vidro escuro e armazenadas em caixa de isopor com gelo. Uma amostra de 1L foi deixada “in natura” e a outra amostra de 1L foi acidificada “in vitro” para preservação, conforme as recomendações da ASTM e as prescrições da norma Preservação e Técnicas de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores NBR9898. O conjunto de parâmetros analisados envolveu, pH, sólidos totais dissolvidos, óleos e graxas, demanda bioquímica de oxigênio (DBO5), demanda química de oxigênio (DQO) e turbidez.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se nas proximidades dos pontos de coleta a existência de cercados para gado, depósitos de lixo doméstico e de construção. Os dados das análises estão acumulados na tabela em anexo.

Em relação aos valores adotados pelo CONAMA 357, para classe 2, somente a turbidez, sólidos totais dissolvidos e pH do córrego do Óleo (próximo ao deságüe-2º trimestre) e do córrego do Salto (próximo ao deságüe - 1º e 2º trimestres) apresentaram-se dentro destes padrões. O parâmetro óleos e graxas apresenta-se acima de classe 2. O parâmetro DBO5 apresenta-se muito acima dos padrões de classe 2, estando inclusive no córrego do Salto acima de lançamento de efluentes pela Deliberação Normativa COPAM 10.




CONCLUSÕES: Observou-se que os valores obtidos para o córrego do Óleo em relação à carga orgânica mostraram-se inferiores aos do córrego do Salto, em virtude deste último se encontrar em área industrial e receber grande quantidade de efluentes sem tratamento. Pode-se constatar ainda que devido à ocorrência de um processo de depuração o teor de carga orgânica do córrego do Salto se encontrava maior nas adjacências de sua nascente e decrescia ao longo do seu curso.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:- Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais, Número 10, de 16 de dezembro de 1986.

- MACHADO, F.G.P., Ministério Público , Promotoria de Justiça e Curadoria do Meio Ambiente , através da Universidade Federal de Uberlândia , Procedimento Administrativo número 33,2000.

- SILVA,J.F. E RODRIGUES,S.C., “Recuperação e Preservação Ambiental da Área de Proteção Permanente da Bacia Hidrográfica do Córrego do Salto”, II Simpósio Regional de Geografia ,26 a 29 de novembro de 2003, Uberlândia ,MG.

- Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Número 357, de 17 de março de 2005.

- SILVA, J.F. E RODRIGUES, S.C., “Síntese Ambiental e Evolução do Uso e Ocupação do Solo da Bacia Hidrográfica do Córrego do Salto, Uberlândia,MG”, Caminhos da Geografia, Vol.6; 2004,pp.114-127,www.iqufu.br/caminhos_de_geografia.html

- Standard Methods for Examination of Water and Wastewater.