ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: FACILIDADES E DIFICULDADES DO TRABALHO PRÁTICO-EXPERIMENTAL NAS AULAS DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO - O OLHAR DOCENTE

AUTORES: CUNHA, A.A. – UNIMEP; TOMÉ, T.C. – UNIMEP; ROGADO, J. – NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS/UNIMEP

RESUMO: O trabalho busca verificar as facilidades e dificuldades dos professores do Ensino Médio da Rede Pública Estadual do Estado de São Paulo no trabalho com atividades experimentais. Utilizou-se questionário para consulta aos professores, buscando verificação de suas facilidades/dificuldades no trato de atividades experimentais em sala de aula ou laboratório. Os professores ressaltam a importância dessas atividades, mas demonstram tão somente a impossibilidade de executá-las, nem mesmo utilizando recursos e/ou materiais alternativos. Destaca-se a menção da química orgânica como área de maior dificuldade mencionada pelos entrevistados.

PALAVRAS CHAVES: experimentação; ensino de química; professor

INTRODUÇÃO: A concepção de educação subjacente ao pensamento docente é decisiva, assim, faz-se necessário a contínua construção e aperfeiçoamento de todos nós educadores. Se nossa concepção educacional é arcaica, orientamo-nos por paradigmas obsoletos. Nosso papel é o de mediação do conhecimento para os estudantes por meio do discurso em sala de aula, lendo os processos de aprendizagem e interpretando-os, estimulando a autonomia intelectual, sem abrir mão de ensinar, organizando conceitos relevantes, mas não apenas organizando informações e sistematizando-as a nossos alunos (ROGADO, 2000).
Nesse sentido, a experimentação enquanto instrumento para fomentar a problematização do estudo é necessária, bem como a competência docente na promoção dessas atividades. Destarte, este trabalho busca verificar as facilidades e dificuldades dos professores do Ensino Médio da Rede Pública Estadual do Estado de São Paulo no trabalho com atividades experimentais.


MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido a partir de adequada revisão bibliográfica. Posteriormente, a partir das sugestões de Lüdke e André (1986), foi elaborado questionário para consulta aos professores do Ensino Médio das escolas públicas, buscando verificação de suas facilidades e dificuldades no trato de atividades experimentais em sala de aula ou laboratório.
Foram consultados professores que atuam no Ensino Médio em Escolas Públicas Estaduais nos municípios de Capivari e Monte Mor, interior do Estado de São Paulo.
As questões abordaram temas como tempo disponível para o planejamento das aulas, acesso a materiais e reagentes, recursos laboratoriais e humanos, carga horária da disciplina, apoio pedagógico-administrativo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: De maneira geral, analisando o discurso dos professores, percebemos que há uma grande valorização da experimentação para promover a motivação/interesse e compreensão do conteúdo pelo estudante. Contudo, revela-se dificuldade de mesma ou maior proporção para se articular conteúdo e experimentação, principalmente aqueles relativos à Química Orgânica.
A maioria dos professores alega que não há material para ser realizar experimentos na escola e que sequer a escola possui local adequado para realização desses experimentos. Aliás, aquelas escolas que possuíam laboratório, segundo os docentes, deixaram de tê-los, tornando-se dispensas ou salas de aula . Nesse sentido, explicam, também, que com a diminuição do número de aulas da disciplina, o tempo disponível que já era curto, diminuiu ainda mais, tornando a situação mais precária. Quanto aos recursos ou verbas disponíveis para implementar atividades prático-experimentais, sugerem que existe dinheiro na escola, mas não é utilizada para compra desse tipo de necessidade.




CONCLUSÕES: Os professores evidenciam a ausência de condições propicias para a realização de aulas práticas por conta da falta de material e instalações adequados, revelando a existência de verbas para esse uso, mas desconhecendo o porquê da não utilização. Ressaltam a importância dessas atividades, mas demonstram tão somente a impossibilidade de executá-las, nem mesmo utilizando recursos e/ou materiais alternativos. Destaca-se a menção da química orgânica como área de maior dificuldade mencionada pelos entrevistados.

AGRADECIMENTOS:Agradecemos o apoio do Núcleo de Educação em Ciências da UNIMEP.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:LUDKE, M; ANDRE, M.E.D.A. Pesquisa em Educação/Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

ROGADO, J. Quantidade de Matéria e Mol: Concepções de Ensino e Aprendizagem. Piracicaba: UNIMEP, 2000.