ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: USO DA CROMATOGRAFIA DE PAPEL COMO ALTERNATIVA PARA EXPLICAR DIVERSOS CONCEITOS DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

AUTORES: SILVA, C. K. O. (IC); ATAÍDE, M. C. E. S. (IC), MARTINS, I. S. B. (IC); SILVA, I. M. (IC); FERREIRA, J. E. A. (IC); DE MELO, J. V. (PQ)
DEPARTAMENTO DE QUíMICA -UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (CELYNA.CEU@IG.COM.BR)


RESUMO: RESUMO: Dentre os inúmeros experimentos que podem ser aplicados em sala de aula, foi escolhido como tema deste trabalho a cromatografia de papel, tanto pela sua facilidade em o aluno poder reproduzi-lo, como também por seus muitos conceitos envolvidos: soluções, separação de misturas, equilíbrio químico, polaridade, forças intermoleculares, solubilidade, volatilidade, identificação de substâncias, fenômenos físicos e químicos, e noções de química orgânica. O objetivo deste trabalho é mostrar ao aluno de ensino médio que a partir de observações de uma experiência simples é possível extrair muitos conceitos de Química e suas aplicações. Aguçando assim a curiosidade do aluno, não apenas trazendo uma técnica para tornar a aula mais atrativa, mas também aproximar a escola da realidade.

PALAVRAS CHAVES: palavras chaves: aplicações, conceitos, cromatografia.

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: A cromatografia consiste em uma técnica que se utiliza da propriedade de algumas substâncias as quais não reagem entre si, mas dissolvem-se umas nas outras, devido a interação de suas forças intermoleculares que também proporcionam o efeito do arraste capilar, este ocorrendo quando o eluente (fase móvel) utilizado interage fisicamente com a fase fixa. No caso da cromatografia de papel, a percolação do soluto entre as fibras de papel acontece devido a polaridade das moléculas do solvente e da celulose. O experimento consistiu de duas fases: Na fixa (o papel onde ocorrerá a separação); a móvel, composta pelo eluente e pela substância a ser analisada que se for uma mistura deverá se dividir em virtude das diferentes solubilidades e polaridades de seus constituintes, sendo cada uma “arrastada” a uma velocidade diferente, deixando as outras substâncias ou ficando para trás, de acordo com as afinidades pelo papel ou pelo eluente. Em uma aula podem ser trabalhados diversos conceitos através da proposição de atividades práticas. Neste trabalho foram expostas algumas formas de como empregar a cromatografia de papel no Ensino Médio, e seus conceitos correlatos.

MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAIS E MÉTODOS: Plano 01: Neste plano foi utilizado um papel de filtro (cortado em tiras de 06 cm x 03 cm), no qual foi feito um ponto com a caneta hidrocor preta, acerca de 2 cm da base. Como eluente, em um copo de plástico, foi adicionada água até 1 cm da base. O papel foi então mergulhado no copo na posição vertical. Após alguns minutos observou-se o que ocorreu com o ponto da caneta. E em outro copo com água, adicionou-se sal de fruta. Em seguida foi lançado um questionamento em relação ao tipo de fenômeno observado em cada copo.
Plano 02: Neste plano foram utilizados 03 papéis de filtro (do mesmo tamanho citado no plano anterior) e em cada papel foi feito um ponto com um tipo de caneta diferente (hidrocor, esferográfica e de retro projetor) a cerca de dois cm da base. Em seguida adicionou-se álcool comercial (ou acetona comercial incolor), até 1 cm da base nos três copos. Posteriormente cada papel foi mergulhado em um copo independente, na posição vertical, como mencionado no plano anterior. Após o término do experimento, se lançou questionamentos reflexivos sobre as observações do experimento.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: As experiências foram aplicadas em uma turma, contendo 25 alunos, do segundo ano do Ensino Médio, na Escola Estadual Professor Varela Barca, localizada na Zona Norte da Cidade de Natal – RN. O gráfico (1), obtido a partir do plano 01, e os gráficos (2), (3) e (4) obtidos a partir do plano 02, mostram que o conhecimento prévio dos alunos em relação aos conceitos abordados em cada plano apresenta uma heterogeneidade em relação aos seus conhecimentos em uma mesma série uma heterogeneidade em relação aos seus conhecimentos em uma mesma série. No entanto, podemos observar que a grande maioria dos alunos já tinha algum tipo de conhecimento a respeito dos assuntos abordados em ambos os planos. Os gráficos (5), obtido a partir do plano 01, (6), (7) e (8) obtido a partir do plano 02 mostram a relação do grau de dificuldade de compreensão de cada conceito após a apresentação do experimento, onde podemos observar que houve uma boa compreensão pela grande maioria dos alunos. No entanto, os conceitos mais abstratos como os de solubilidade e polaridade foram os que apresentaram os maiores índices de dificuldade de compreensão por parte dos alunos.




CONCLUSÕES: CONCLUSÃO: Em avaliações feitas posteriormente à apresentação dos experimentos, os alunos demonstraram desempenho satisfatório, conseguindo correlacionar com boa reflexão o conhecimento científico com o saber cotidiano. A partir dos resultados obtidos concluiu-se que para um melhor aprendizado é importante que o conteúdo seja abordado de forma que o aluno participe da aula, relacionando o assunto com situações do seu dia-a-dia. O professor pode elaborar atividades dinâmicas a partir de experiências simples que permitam a exploração de conceitos mais profundos do mundo científico.

AGRADECIMENTOS:AGRADECIMENTOS: Ao nosso orientador Professor Jailson Vieira de Melo e aos alunos da Escola Estadual Professor Varela Barca.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
NUÑEZ, I. B.; RAMALHO, B. L. Fundamentos
do Ensino-Aprendizagem das Ciências Naturais e da Matemática: o Novo Ensino
Médio. Porto Alegre: Editora Sulina, 2004.
EWING, G. W. Métodos Instrumentais de Análise Química. São Paulo: Edgard Blucher Ltda. Vol. II, 1972.
REIS, M. Interatividade Química; Cidadania, Transformação e Preparação. São Paulo: FTD, 2003.