ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: PROJETO EMPRESA JÚNIOR DE QUÍMICA: FORMULAÇÃO DE SABONETES ARTESANAIS COM EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS

AUTORES: CORINGA, E.A.-CEFETMT; CORINGA, J.E.S.-CEFETMT; BORTONCELLO, E.S.-CEFETMT; PORTO, R.S.-CEFETMT; ANDRADE, L.-CEFETMT; OLIVEIRA, N.B.C.-CEFETMT; MIRANDA, M.V.B.-CEFETMT; SILVA, L.B.-CEFETMT; SIRQUEIRA, L.N.-CEFETMT; RABELLO, T.S.-CEFETMT; DUARTE, M.R.-CEFETMT; MOLINA, A.O.-CEFETMT; SANTOS, D.V.-CEFETMT; JESUS, J.S.-CEFETMT; PEREIRA, S.C.-CEFETMT; OLIVEIRA, H.-CEFETMT; BOTELHO, C.D.S.-CEFETMT.

RESUMO: O objetivo deste trabalho é estimular as características empreendedoras do aluno do ensino técnico de Química através de uma vivência prática, como a fabricação de sabonetes e cosméticos artesanais de plantas medicinais e aromáticas, a fim de proporcionar ao educando o estímulo à pesquisa científica e ao empreendedorismo, desmistificando o ensino de química por meio da fabricação de produtos de higiene pessoal. Com isso, o aluno estará apto a relacionar os conteúdos químicos com base na realidade cotidiana; interpretar as teorias químicas e suas relações com o cotidiano; compreender o ensino da química a nível prático com segurança e criatividade; elaborar produtos de higiene pessoal; identificar espécies vegetais produtoras de óleos essenciais e constituir uma Empresa Júnior de Química.

PALAVRAS CHAVES: empreendedorismo, sabonetes, óleos essenciais

INTRODUÇÃO: A educação profissional é a transição entre a escola e o mundo do trabalho, capacitando jovens e adultos com conhecimentos e habilidades gerais e específicas para o exercício de atividades produtivas (GARCIA, 2000). Objetivando a interação do conhecimento químico com o desenvolvimento tecnológico e científico, este trabalho proporciona ao aluno o estímulo à pesquisa científica e ao empreendedorismo, onde o mesmo fabrica e compreende os processos e reações químicas envolvidas na produção de cosméticos e sabonetes artesanais, estuda a composição dos produtos, sua atuação e vantagens de utilização, permitindo ao aluno ter uma visão ampla da Química e de suas aplicações. Além disso, contribui para o estudo e o emprego de óleos essenciais das principais espécies vegetais da região, ao estimular a produção de sabonetes com óleos essenciais de plantas do Cerrado e da Amazônia, cuja utilização em cosméticos e sabonetes atribui propriedades de hidratação, perfumação, adstringência ou refrescância (VIANNA et al., 1998). Assim, o aluno é motivado a compreender o ensino da química a nível prático e a desenvolver suas características empreendedoras por meio da comercialização dos produtos.

MATERIAL E MÉTODOS: Os alunos receberam treinamentos mensais voltados para a qualificação em empreendedorismo e técnicas gerenciais pelo SEBRAE-MT. Foram aplicados questionários para verificar o perfil do educando quanto às competências e características empreendedoras. Nos Laboratórios de Química do CEFETMT, os alunos aprenderam a formular sabonetes glicerinados, sabonetes líquidos, xampus, óleo corporal, loção hidratante, sais e cristais para banho, e a realizar o controle de qualidade físico-químico dos produtos, como determinação do pH, da densidade e viscosidade cinemática. A partir da pesquisa bibliográfica sobre óleos essenciais e aromaterapia, os conhecimentos adquiridos foram aplicados na formulação de cosméticos e produtos de higiene utilizando-se óleos essenciais de plantas aromáticas do cerrado mato-grossense, tais como buriti, babaçu, guaraná, açaí, bocaiúva, copaíba, pequi, andiroba, manga, castanha-do-pará e cupuaçu. Para a divulgação e comercialização dos produtos produzidos em laboratório, os alunos estão sendo capacitados para constituírem uma empresa júnior de química no CEFETMT, especializada na fabricação de sabonetes artesanais e kits para banho.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados se expressarão na constituição de uma Empresa Júnior especializada na fabricação de sabonetes glicerinados artesanais e kits para banho nas linhas: tratamento da pele (Figura 2), ervas (Figura 3), frutas e decorativos, onde os alunos têm a oportunidade de vivenciar o mercado e aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos em laboratório. Além disso, os alunos participaram de Feiras regionais e de artesanato (Figura 1) para a exposição e comercialização dos produtos fabricados, e realizaram visitas a escolas públicas e particulares para a realização de palestras e divulgação dos produtos. A partir da pesquisa bibliográfica realizada, foi confeccionado material bibliográfico (apostila) sobre as propriedades dos óleos essenciais, sua extração e utilização em cosmética, a ser publicado pelo CEFETMT. Assim, os alunos desenvolveram competências e habilidades previstas no curso técnico de química, aprenderam a aplicar os conhecimentos gerenciais na comercialização e divulgação dos produtos e a desenvolver suas características empreendedoras através da vivência prática.




CONCLUSÕES: A construção do conhecimento químico é feita por meio de manipulações orientadas e controladas de materiais, iniciando os assuntos a partir de um acontecimento recente do cotidiano ou de um componente curricular, propiciando ao aluno acumular, organizar e relacionar as informações necessárias na elaboração dos conceitos de química. Por meio de uma atividade prática, proporcionamos ao aluno a reflexão do ensino de química a partir de conceitos e procedimentos relacionados ao cotidiano, e a partir da comercialização dos produtos na empresa jr., desenvolvemos suas características empreendedoras.

AGRADECIMENTOS:FAPEMAT - Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de Mato Grosso (fonte financiadora)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:GARCIA, L. F. 2000. Formação Empreendedora na Educação Profissional: capacitação a distância de professores para o empreendedorismo. Florianópolis: LED, 158p.

VIANA, M. J. G.; PALHANO, J. G. da; SANTOS, A. S.; MAIA, J. G. S.; ZOGHBI, M. G. B.; ANDRADE, E. H. A. 1998. Visualização de acesso às informações sobre plantas aromáticas da Amazônia: construção de banco de dados de espécies investigadas quanto a composição química de seus óleos essenciais. In: Anais da Associação Brasileira de química, 47: 57-63.