ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: O ENSINO DE QUíMICA NO 2º CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA PROFESSOR MATA ROMA EM SãO LUíS -MA. TRABALHADO AS PRIMEIRAS NOçõES DE QUíMICA

AUTORES: FARIAS, T.M. – CEFET-MA; RIBEIRO, M.H.O.-CEFET-MA; RANGEL, J.H.G.-CEFET-MA; OLIVEIRA, M.M.-CEFET-MA.

RESUMO: Teóricos da educação como Chassot defendem o ensino da Química já nas séries iniciais. Campos e Nigro em seu livro Ciências Naturais de 1ª a 4ª série (vivência e construção) falam das primeiras noções de Química em: Descobrindo a Química - na 2ª série e outros. Outros dizem que o ensino de Ciências deve ser mais prático nas séries iniciais, com características abertas para que a criança exerça sua criatividade manual e intelectual. Diante da necessidade da introdução da Química nas Ciências com uma abordagem simples, desenvolveu-se o projeto “A Química no Ensino Fundamental no 2º ciclo na escola Mata Roma em São Luís – MA”, inserindo novas metodologias, utilizando materiais alternativos e apresentando soluções para dificuldades encontradas no aprendizado das Ciências Naturais.



PALAVRAS CHAVES: noções de química nas séries iniciais;metodologias para as ciências naturais;recursos alternativos

INTRODUÇÃO: Mediante a compreensão da responsabilidade que requer a prática pedagógica, o professor moderno deve partir para a busca de inovações metodológicas que a enriqueçam e a tornem mais agradável a si e a seus alunos e facilitem o processo de ensino-aprendizagem. Entende-se que a melhoria nas práticas de ensino se dá quando elas contemplam as necessidades de respostas às indagações cotidianas. Para isso, sugere-se que o aluno de qualquer nível de ensino tenha oportunidades freqüentes de obter informações por meio de diferentes fontes – leitura de textos diversos, observação, experimentação – para que possa vivenciar as vantagens e limitações de cada recurso. Dentre essas oportunidades adaptáveis a cada etapa, deve-se enfatizar o desenvolvimento da escrita e da oralidade buscando o dimensionamento de seus conhecimentos de Ciências, a fim de que sejam alcançados os objetivos de seu ensino, como: relacionar, durante o processo de aprendizado, os conteúdos com sua aplicação no cotidiano, fazer compreender a importância de seus temas demonstrando sua importância prática, discutir problemas modernos cuja compreensão perpasse seu estudo, dentre outros.

MATERIAL E MÉTODOS: Utilizou-se materiais didáticos de fácil acesso como textos, figuras, histórias e experimentos simples adaptados com recursos alternativos aos empregados em laboratório, apresentou-se os recursos selecionados aos alunos, aula a aula de acordo com o cronograma de conteúdos da escola, visando envolver os alunos com a proposta do projeto através de atividades lúdicas e práticas em que eles podiam observar, brincar e construir tornando-se ou sentindo-se os principais sujeitos do processo de aprendizagem dos temas de Ciências Naturais em estudo. O grau de dificuldade, no caso do projeto de interação foi sendo elevado à medida que os estudantes mostravam-se mais inteirados na aceitação das estratégias educativas. Após cada etapa instrutiva, procedia-se com uma avaliação teórica sob a forma de questionário acerca das informações trabalhadas com os alunos sempre na busca da compreensão de conceitos iniciais de Química contidos nos conteúdos abordados.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir dos passos seleção de materiais didáticos (textos, figuras, histórias, experimentos simples), apresentação dos recursos aos alunos de acordo com os conteúdos em estudo na escola, envolvimento dos alunos através de atividades práticas (envolvendo observação, brincadeiras e experimentos em sala de aula) e avaliação teórica com os alunos, pôde-se constatar o grande envolvimento e aceitação por parte alunos nas atividades propostas, nas quais eles desenvolveram incursões próprias da disciplina Química nos conteúdos abordados dentro do ensino de Ciências e relacionaram de forma natural os temas propostos ao seu cotidiano. Alguns dos temas abordados foram: matéria, com demonstrações usando barro, areia, ferro, plástico, pedaços de madeira e materiais feitos com eles; tratamento de água, onde confeccionou-se dois tipos de filtros; demonstrou-se também três processos de tratamento de água como decantação com uso cal de construção, filtração e cloração com água sanitária e vários outros ao longo dos primeiros seis meses do projeto. Aplicados esses recursos, obteve-se significativo avanço das turmas em que se trabalhou em relação às demais da mesma escola e das mesmas séries.






CONCLUSÕES: A necessidade da introdução das primeiras noções da Química dentro das Ciências Naturais, deve-se ao fato de que o ensino de ciências não deve se restringir somente ao estudo da natureza, mas abordar o meio como o todo (em sua complexidade), considerando suas constantes transformações e que a criança do 2º ciclo do ensino fundamental está em um período desenvolvimento cognitivo onde está se formando seu espírito crítico e começando a desenvolver sua identidade, constituindo-se como cidadão e agente transformador da realidade.



AGRADECIMENTOS:Agradecemos à FAPEMA pelo auxílio financeiro para o desenvolvimento deste projeto, ao CEFET-MA e à Escola Professor MATA ROMA.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:CAMPOS, M. C. e NIGRO. R. G. Ciências: Vivência e Construção. São Paulo: Ática, 2000.

CHASSOT, A.I. Catalisando Transformação na Educação. Ijui: UNIJUI, 1992.