ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: CRIAçãO DE UMA FOTOGRAFIA: OBSERVANDO A QUíMICA NESSE PROCESSO PARA DINAMIZAR O SEU ENSINO.

AUTORES: SILVA, A.T.L.-UFPA; CORDEIRO, B.F.-UFPA; CARVALHO, D.V.P.-UVA

RESUMO: Desenvolveu-se uma atividade com 15 jovens na faixa etária entre 11 e 15 anos, na Fundação Curro Velho demonstrando todo o processo de revelação fotográfica que consiste na revelação, interrupção, fixação e lavagem. Realizou-se ainda a criação de um fotograma, onde os jovens selecionaram objetos para fabricação do mesmo. E finalmente, visualizou-se a estrutura funcional interna de uma câmara fotográfica (com projeções internas de imagens).
De uma maneira geral, observou-se que os jovens obtiveram um bom grau de entendimento do processo, sendo que a etapa de revelação (surgimento de imagem), a fabricação do fotograma (captura de imagem de objetos no papel fotográfico) e a projeção interna da imagem (nitidez e inversão de imagem), foram às etapas que mais chamaram a atenção dos jovens.


PALAVRAS CHAVES: fotografia, química e ensino

INTRODUÇÃO: Com uma câmera fotográfica em mãos, os jovens podem descobrir novas formas de interação com o mundo em que vivem com um olhar bastante peculiar. Seja na hora de montar o equipamento, de escolher os objetos para fotografar, ou para fabricar um fotograma, e durante a revelação, é possível trabalhar conteúdos de diversas disciplinas, principalmente a química. Jovens de todas as idades estão aptos a participar deste tipo de atividade, desde que respeitadas as habilidades e capacidades de cada faixa etária.
No laboratório, todos irão conhecer reações químicas que acontecem na hora da revelação. Com isso, a fotografia pode ser utilizada, por exemplo, como ferramenta para explicar processos de redução como o que ocorre com a prata para a formação da imagem no papel fotográfico, ou seja, a química inserida nestes processos pode ser ressaltada de modo que os jovens passem a entender os assunto em química de modo efetivo.
Neste trabalho, foram apresentados os processo de revelação fotográfica, desde a capturação da imagem em película fotográfica passando pelo revelador, pelo interruptor, fixador e lavagem do papel fotográfico, destacando a química nestas etapas.


MATERIAL E MÉTODOS: Foi demonstrado todo o processo de revelação(figura 1), desde a ampliação da imagem do negativo no papel fotográfico, até o processo de revelação da imagem no tanque de aplicação dos reagentes químicos: Revelador (Hidroquinona), Interruptor (Ácido Acético), Fixador (Tiossulfato de Sódio) e água para retirada dos resíduos químicos utilizados anteriormente. Em seguida, fabricou-se um fotograma que consiste em colocar objetos sobre o papel fotográfico, expondo o conjunto a luz para a sensibilização do papel por um tempo determinado, produzindo a impressão da imagem dos objetos no papel. E por último, criou-se em uma sala escura um ambiente similar ao interior de uma câmara fotográfica, utilizando uma folha de papel vegetal, medindo aproximadamente 1,80 x 1,20 m, funcionando como a película fotográfica e um pequeno orifício na parede como o diafragma, pelo qual a luz do ambiente externo passa e projeta a imagem deste de forma invertida no papel vegetal. E finalmente, se fez uma avaliação escrita para obter a informação sobre o nível de assimilação das crianças em relação à atividade realizada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: No geral o entendimento no processo de revelação foi atingido pelos jovens, sendo que as etapas do processo químico foram as que mais despertaram interesse, juntamente com a criação do fotograma e a projeção no papel vegetal. Na elaboração do fotograma que contou com a participação ativa dos jovens na escolha das peças que iriam compor a imagem causou um interesse ainda maior devido à curiosidade natural deles, tendo ao final suas próprias criações.
Durante a visualização no papel vegetal, no qual a imagem estava sendo projetada por um pequeno orifício na parede, com uma grande nitidez de imagens e cores(ANDRADE). Chegando à conclusão de que o tamanho e a proximidade do orifício influencia diretamente na qualidade da imagem e o fato da imagem estar invertida causou diversas perguntas sobre o fenômeno.
No final observou-se que os jovens conseguiram ter um bom entendimento em relação ao processo de revelação captando dados específicos tais como tempo de exposição aos compostos químicos e a função de cada um deles na revelação, a sensibilidade do papel e a necessidade de uma iluminação adequada no ambiente , pois a exposição do papel a outro tipo de luz causa a perda da imagem.




CONCLUSÕES: Após o término do experimento, observou-se que o assunto proposto foi assimilado de forma satisfatória pelos jovens, fazendo com que eles observem a química dentro do processo de revelação fotográfica ressaltando as substâncias químicas que atuam sobre a camada sensível para o processamento dos negativos ou das cópias fotográficas e os reveladores, os interruptores e os fixadores. Este tipo de atividade pode ser realizada, para a introdução da química para alunos do ensino fundamental. Utilizando como ferramenta o fato de o assunto despertar curiosidade de uma forma geral nos jovens.



AGRADECIMENTOS:À Fundação Curro Velho onde foi realizada a atividade, à UFPA pelo conhecimento e apoio e à Lázaro Klenner de Paiva pelo trabalho incansável.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:1.ANDRADE, R. Fotografia e antropologia — olhares dentro e fora, pag. 132. Ed. Estação Liberdade.
2.FELTRE, R. Química Orgânica 3º volume - pag. 255 e 256. Ed. Moderna.