ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: FABRICANDO GIZ DE CERA

AUTORES: ARMANDO P. DO NASCIMENTO FILHO (PQ)1, NOEMY CARDOSO PUGLIESI (PQ)1 *, ANGELO MORGADO RIBEIRO (IC)1 E NICOLLE FIGUEIRA ROBAINA (IC)1.

(1)DEPARTAMENTO DE QUíMICA INORGâNICA – INSTITUTO DE QUíMICA – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. OUTEIRO DE SãO JOãO BATISTA S/N, CENTRO, NITERóI, RJ, CEP 24020-150.
GQINOEMY@VM.UFF.BR GGQ@VM.UFF.BR.



RESUMO: Aulas experimentais envolvem geralmente maior participação dos estudantes e lhes conferem maior confiança. Em princípio todo experimento é uma situação em que os professores podem transportar suas atitudes sobre a base experimental de química e, deste modo, motivar os estudantes, induzindo-os a relacionar teoria e cotidiano.
Neste trabalho propõe-se o experimento de produção de giz de cera, devido à sua facilidade de execução e a obtenção de um produto conhecido pelo grupo, a partir do qual os alunos podem relacionar as propriedades do giz produzido com o comercializado e sugerir novos procedimentos para melhorar o produto.


PALAVRAS CHAVES: ensino de química, ceras, pigmentos

INTRODUÇÃO: No processo de ensino-aprendizagem de química, professores e estudantes tomam parte em uma série complexa de atividades intelectuais. Estas atividades podem ser organizadas em uma hierarquia que indica sua complexidade crescente: observar fenômenos e aprender fatos; entender modelos e teorias; desenvolver habilidades de raciocínio e examinar a epistemologia química. Essa hierarquia constitui a estrutura básica envolvida na aplicação de experimentos demonstrativos no ensino de química.
A Química, assim como outras ciências, não se limita às pesquisas de laboratórios e à produção industrial. Embora às vezes muitos não percebam, ela está presente na nossa vida e é parte importante dela, e isso faz com que ocorra uma grande dificuldade dos alunos, inclusive iniciantes na graduação em química, pois eles não conseguem relacionar a química com o seu cotidiano.
O nosso principal objetivo é mostrar essa relação e dessa forma despertar o interesse e a visão crítica da química que nos rodeia, facilitando o aprendizado e tornando-o prazeroso e não apenas um acumulado de conhecimentos através da memorização.


MATERIAL E MÉTODOS: Parafina (vela), pigmentos ou corantes orgânico, Becher, bico de Bunsen, tela de amianto, tripé, bastão de vidro, tubo de ensaio pequeno (80x10 mm), espátula, suporte para tubos de ensaio.
Derreter 7g de parafina (aproximadamente metade de uma vela número 2) em um Becher. Incorporar o pigmento à parafina utilizando bastão de vidro, até conseguir uma coloração adequada.
Segurar o Becher com cuidado, devido à temperatura e transferir o seu conteúdo para o tubo de ensaio preso no suporte, deixe esfriar e em seguida retire o giz do tubo.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: O "giz de cera" produzido não possuía um bom risco, quando comparado com o giz comercial usado como padrão (Faber Castell®). Entretanto, encontramos no mercado gizes com características semelhantes ao produzido, que normalmente são de mais baixo custo, pressupondo-se que material utilizado é de qualidade inferior. Quanto a resistência mecânica, o giz apresentou uma dureza relativamente boa, ou seja, pouco quebradiço.
Foram utilizados dois tipos de parafinas, o primeiro produto tinha uma boa dureza, mas o riscado não era bom. E o segundo tinha um bom riscado, entretanto ficou quebradiço e aderido às paredes do vidro.
As diferentes características observadas entre o giz produzido e o comercializado pode ser devido a cera utilizada e até mesmo a uma mistura que produza uma boa dureza e um bom riscado. Afinal, ao ter uma boa dureza, a pigmentação ao riscar tende a diminuir, pois uma menor quantidade do giz vai ser transferida para o papel e o inverso também ocorre, como ocorreu durante o experimento, logo a mistura de ceras tende a controlar essas características.





CONCLUSÕES: O experimento proposto é de grande valia, visto que proporciona uma maior intimidade do aluno com o material utilizado no laboratório o que aumenta a sua autoconfiança no trabalho, um fator primordial para o aprendizado. É também de grande importância a discussão criada em relação as propriedades do giz, pois relaciona vários aspectos da química de forma mais dinâmica, otimizando o aprendizado.

AGRADECIMENTOS:À Proex-UFF pela concessão das bolsas de trabalho

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:sem referências