ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: A FORMAÇÃO DE CRISTAIS E O ENSINO DE QUÍMICA.

AUTORES: ARMANDO P. DO NASCIMENTO FILHO (PQ)1, NOEMY CARDOSO PUGLIESI (PQ)1 *, ANGELO MORGADO RIBEIRO (IC)1 E NICOLLE FIGUEIRA ROBAINA (IC)1.

(1)DEPARTAMENTO DE QUíMICA INORGâNICA – INSTITUTO DE QUíMICA – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. OUTEIRO DE SãO JOãO BATISTA S/N, CENTRO, NITERóI, RJ, CEP 24020-150.
GQINOEMY@VM.UFF.BR GGQ@VM.UFF.BR.


RESUMO: vA insegurança nos laboratórios de Química é uma constante para os alunos iniciantes, independente dos cursos em que estejam matriculados. Experimentos capazes de torná-los confiantes, como a síntese de uma substância conhecida por eles ou a separação dos componentes de produtos comerciais, exigem uma bagagem de conhecimentos que eles ainda não possuem. Neste trabalho apresentamos nossa experiência, iniciada no segundo semestre de 2004, quando introduzimos uma prática de formação e crescimento de cristais na disciplina de Química Geral Experimental, primeira disciplina obrigatória para os cursos de Química. Substâncias tóxicas devem ser evitadas, considerando tratar-se de alunos calouros. Conceitos básicos da Física e da Química são suficientes para a execução da prática.

PALAVRAS CHAVES: cristalização, ensino de química, estado sólido.

INTRODUÇÃO: A insegurança nos laboratórios de Química é uma constante para os alunos iniciantes, independente dos cursos em que estejam matriculados. Experimentos capazes de torná-los confiantes, como a síntese de uma substância conhecida por eles ou a separação dos componentes de produtos comerciais, exigem uma bagagem de conhecimentos que eles ainda não possuem. O grande desafio é, portanto, utilizando substâncias de baixa toxidez, conceitos e propriedades já conhecidos por eles e pouca ou nenhuma experiência com a manipulação do instrumental básico de laboratório, promover a execução de experimentos que forneçam resultados expressivos, de sorte a estimulá-los para outros desafios.

MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho com alunos calouros não deve oferecer riscos desnecessários. Substâncias como, cloreto de sódio, sulfato duplo de alumínio e potássio (pedra-ume), sulfato de cobre, nitrato de potássio e açúcar, tem sido utilizados em processos de formação e crescimentos de cristais com excelentes resultados.
Primeiramente adiciona-se o sal em um volume fixo de água até que ocorra a saturação (não mais dissolva). Então acrescenta-se um excesso de sólido, que irá permanecer no fundo do frasco, e mediante aquecimento, tal excesso ou “corpo de fundo” será também dissolvido, gerando assim uma solução que contera uma quantidade de sal dissolvido maior que a suportada na temperatura ambiente. Esta solução deverá ser mantida em um local onde não ocorra agitações ou mudanças de temperaturas bruscas. A partir deste ponto é necessário apenas esperar para que a solução inicie lentamente a deposição do excesso da substância dissolvida na forma de cristais.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Alguns fatores podem modificar a maneira de um cristal crescer e a sua velocidade de formação, como a temperatura, a agitação e a germinação através de um pequeno cristal. Como estes parâmetros podem ser controlados, dependerá apenas da pessoa, que realiza o experimento, escolher os tipos de cristais que deseja obter, podendo chegar a obter cristais bem formados e de dimensões maiores que um centímetro de aresta (figura 01).
Os cristais exibem diferentes formas geométricas, que variam de acordo com a organização iônica ou molecular. Existem substâncias que apresentam mais de uma forma geométrica, como por exemplo a pedra-ume, que possui formas monoclínica, octaédrica, cúbica e hexagonal.
Cristais de cloreto de sódio e de açúcar não são facilmente recristalizados, apesar de serem bastante comuns e parecerem de fácil obtenção. O sal de cozinha apresenta pequena variação de solubilidade em água de 0 (zero) até 100 (cem) graus centígrados. A dificuldade do açúcar esta relacionado ao fato de sua solução com água a altas temperaturas carameliza. Porém nem todos as substâncias possuem tal comportamento; os nitratos e sulfatos, são muito facilmente solubizados e recristalizados.




CONCLUSÕES: A dificuldade e a insegurança apresentadas pelos alunos iniciantes em química, podem ser amenizadas por uma aula prática de recristalização, que vai demonstrar a capacidade do aluno em criar algo único: um cristal.

AGRADECIMENTOS:À Proex-UFF pela concessão das bolsas de trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:sem referências