ÁREA: Alimentos

TÍTULO: DETERMINAÇÃO DE ESPÉCIES METÁLICAS EM TOMATES, COMERCIALIZADOS EM BOA VISTA/RR, POR ICP OES

AUTORES: OLIVEIRA, J. C. (UFRR) ; CADORE, S. (UNICAMP) ; BACCAN, N. (UNICAMP) ; MENDES, T. M. F. F. (UFRR) ; ROLIM, N. M. (UFRR)

RESUMO: No presente trabalho são feitas determinações das espécies metálicas K, Na, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn, em frutos de tomates do cultivar “Regional Alto Alegre” comercializados no município de Boa Vista - RR, por ser este um cultivar de boa aceitação no mercado local e por não existirem estudos referentes às suas características químicas. A análise foi realizada por ICP OES, por se tratar de uma técnica de boa sensibilidade e simultaneidade na determinação de metais. Os resultados apresentaram um bom teor de nutrientes no fruto do cultivar, além disso, a técnica mostrou-se adequada ao uso para esta matriz.



PALAVRAS CHAVES: espécies metálicas, tomates, caracteríticas químicas

INTRODUÇÃO: O tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill) é uma planta da família das Solanáceas, compreendendo cerca de 2.600 espécies de plantas americanas. Tendo sua origem na América do Sul, na região andina (HEDGES; LISTER, 2002). O tomate é uma das hortaliças mais cultivadas e consumidas no mundo (BORGUINI, 2002). Sendo considerado uma boa fonte nutrientes como as vitaminas A, B1, B2, C, E, além de licopeno, ácido fólico, proteínas, fibras e espécies metálicas como Ca, K, Mg, Fe, Cu e Zn, entre outras. Esses constituintes exercem papel fundamental em diversas funções e setores do organismo humano (HEDGES; LISTER, 2002).
Desta forma este trabalho tem como objetivo a determinação das espécies metálicas K, Na, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn, em frutos de tomates do cultivar “Regional Alto Alegre” comercializados no município de Boa Vista - RR, por ser este um cultivar de boa aceitação no mercado local e por não existirem estudos referentes às suas características químicas. Sendo utilizado, para tanto, a técnica de Espectrometria de Emissão Óptica Indutivamente Acoplado (ICP OES), por se tratar de uma técnica de boa sensibilidade e simultaneidade, e por ser pouco utilizada na determinação de metais nessa matriz.



MATERIAL E MÉTODOS: O procedimento utilizado para digestão da amostra foi a mineralização a seco, em forno mufla, a 550 ºC por 14 horas. Em seguida, foram preparadas as soluções das amostras em ácido nítrico 2 % v/v. Para realização das medidas analíticas foi utilizado um espectrômetro de emissão óptica com plasma da Perkin-Elmer, modelo Óptima 3000 DV, configurado axialmente para todas as espécies determinadas e radialmente, também, para K e Na. As condições de operação foram as consideradas adequadas para amostras aquosas (potência de 1300 W, 0,8 L/min de vazão de nebulização de 0,5 L/min de vazão de argônio.
Foram estudadas nove amostras de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) in natura do cultivar “Regional Alto Alegre”, de três diferentes áreas de cultivo.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: A tabela 1 apresenta as concentrações médias obtidas para os metais K, Na, Ca, Mg, Mn, Zn e Fe, em mg/Kg, determinados para o tomate “Regional Alto Alegre” nas áreas A, B e C.

Os teores médios de K, Ca e Na mostraram-se abaixo dos valores da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO). Para os nutrientes Mg, Mn, Fe e Zn, os dados se mostraram semelhantes e/ou superiores quando comparados a valores da literatura. Para o cobre, as concentrações médias apresentaram-se muito elevadas, tendo como referência os valores da TACO (2006) e Hernandez et al. (2005).



CONCLUSÕES: A técnica usada neste estudo mostrou-se adequada para a determinação de metais em frutos de tomate processados, apresentando valores de RSD abaixo de 10 %, para todos os analitos. Além disso, as quantidades determinadas mostraram-se concordantes, para alguns metais, quando comparados a valores destes encontrados na literatura.



AGRADECIMENTOS: Ao PPGQ - UFRR, ao IQ – UNICAMP e a Rafael A. de Sousa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BORGUINI, R. G. Avaliação do potencial antioxidante e algumas características físico-químicas do tomate (Lycopersicum esculentum Mill.) orgânico em comparação ao convencional. São Paulo: USP, 2006. Tese (Doutorado)

HEDGES, L. J.; LISTER, C. E. Nutritional attributes of tomatoes. Crop & Food Confidential Report. N. 1391, Jun. 2002.

HERNANDEZ, M.; RIOS, R. J.; RODRIGUEZ, E. DIAZ, C. Chemical composition of cultivar of tomatoes resistant and non resistant the tomato yellow leaf curl virus (TYCV). Tenerife, Electronic Journal of Enviromental, Agricultural and Food Chemistry, , v. 4, n. 5, 2005

TABELA BRASILEIRA DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS/UNICAMP – Versão II. – 2. ed. – Campinas, SP: NEPA-UNICAMP, 2006.