ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: Efeito da sazonalidade e origem da água na sua dureza: O caso da água consumida na UERN

AUTORES: OLIVEIRA, I. B. (UERN) ; SILVA, A. G. (UERN) ; SILVA, L. M. (UERN) ; MORAIS, P. R. F. (UERN) ; SOUZA, L. D. (UERN)

RESUMO: Este trabalho determinou a dureza total, o cálcio e o Magnésio presente na água consumida em diferentes épocas e pontos da UERN, usando metodologia padrão. Os resultados mostram que os valores variam de água branda até água dura em função da origem da água, época da coleta e local da coleta. Em alguns pontos analisados a dureza pode causar problemas de incrustação e entupimentos, bem como diminuir a eficiência de sabões e detergentes não aditivados.

PALAVRAS CHAVES: água, problemas financeiros e dureza total

INTRODUÇÃO: A água é um bem natural indispensável a todos os seres vivos. A escassez desse recurso natural tem preocupado o poder público, motivo pelo qual passou a ser considerado um bem público e protegido por leis.
A preocupação em relação a essa escassez é importante, no entanto além dessa questão há também o problema financeiro que uma água com alterações em algumas propriedades físico-químicas podem causar aos seus usuários.
Uma dessas propriedades é a dureza total, tendo em vista que estando em excesso pode causar problemas como a diminuição do efeito de alguns sabões, sabonetes e detergentes, como também levar a incrustações de sais que entopem e danificam canos, causando desperdícios de água e de dinheiro. A água pode se classificar de acordo com a dureza em muito branda (até 15 mg/L), branda (15 a 50 mg/L), moderadamente dura (51 a 100), dura (101 a 200) e muito dura (acima de 200).
Este trabalho teve como objetivo analisar a dureza da água da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN, nos seguintes locais: Campus Central, Faculdade de Enfermagem-FAEN, Epílogo de Campus e Faculdade de Ciências da Saúde-FACS, e assim classificá-la de acordo com sua dureza, bem como comparar esta em diferentes pontos da instituição.


MATERIAL E MÉTODOS: Foram realizadas três coletas, a primeira e a segunda nos meses de agosto e outubro de 2006, respectivamente e a terceira em março de 2007, sendo que a segunda coleta foi feita após lavagem dos reservatórios.
As amostras foram analisadas segundo metodologia padrão descrita no Standarth Methods of APHA.
As medidas foram feitas em triplicatas e adotada às médias aritméticas como resultado.
Os dados obtidos foram comparados entre si e com a legislação.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados estão apresentados na tabela 1. Os resultados da primeira coleta mostram uma grande diferença entre a água do campus central, da FAEN, do Epílogo de Campus e da FACS. Essa diferença, certamente, é devido à origem da água, sendo a do campus central de poço profundo e dos outros locais uma mistura de água da adutora com água de poço; aquela por percorrer um longo trajeto em solo rico em calcáreo apresenta maior dureza.
Os resultados de cálcio e magnésio seguem basicamente o mesmo padrão e comprovam esta influencia do solo em função da alta quantidade de cálcio encontrada.
Todos os valores são influenciados pela data de coleta, variando pouco da primeira para a segunda e muito destas para a terceira.
De acordo com a classificação de dureza, temos que ela varia de branda a dura de acordo com a coleta e os pontos de coleta.
A dureza da água da FACS já é suficiente para causar entupimentos.
Na segunda coleta, feita após lavagem dos reservatórios, vê-se que os valores de dureza em todos os pontos, com exceção dos bebedouros do Epílogo de Campus a e da FAEN aumentaram em relação a primeira coleta.
Isto se deve ao fato, dos íons precipitarem durante o período de estocagem nas cisternas e caixas como mostram os dados obtidos nos bebedouros de todos os pontos.
As exceções são explicadas em função de todas as amostras analisadas, exceto as do campus central, serem uma mistura de água de poço com água da adutora, que apresentam uma grande diferença de dureza entre si. Assim a dureza resultante é dependente da quantidade de cada água presente na mistura, da época de coleta e do ponto coletado, o que dificulta a análise do efeito da lavagem na dureza por não se dispor de um padrão inicial de medida.




CONCLUSÕES: A dureza da água da UERN apresenta diferenças espaciais em função da origem da água, época de coleta e local de coleta variando de branda a dura dentro da instituição. A lavagem dos reservatórios altera os valores encontrados, podendo levar tanto aumentar como diminuir os valores medidos em função da origem e época de coleta da água que é colocada no reservatório após a limpeza.
Nos pontos onde a água é dura (FACS) podem ocorrer problemas de incrustações e entupimentos de canos e diminuição da eficiência de sabões e detergentes não aditivados com complexantes.


AGRADECIMENTOS: A UERN, ao DQ e ao Orientador pela oportunidade de aumentar os conhecimentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: APHA – American Public Health Association. Standart methods for the examination of water and wastewater. 18 th ed. Washington, 1992.
BRASIL. 2005. Resolução CONAMA, n° 357/2005.