ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: DESTILADOR ALTERNATIVO: UMA PROPOSTA DE EXPERIMENTO DE BAIXO CUSTO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

AUTORES: BRITO, R.L. (CEFET-MA) ; SANTOS, H.C.C. DOS (CEFET-MA) ; PESSÔA, P.A.P. (CEFET-MA) ; FARIAS, T. M. (CEFET-MA) ; RIBEIRO, M. H. DE O. (CEFET-MA) ; CARVALHO, R. DE C. S. (CEFET-MA) ; OLIVEIRA, M. M. (CEFET-MA) ; RANGEL, J.H.G. (CEFET-MA) ; SIQUEIRA, L.F.S. (CEFET-MA) ; SILVA, H.R.DA (CEFET-MA) ; COSTA NETO, J. DE J.G. DA (CEFET-MA)

RESUMO: O reconhecimento da disciplina Química como uma ciência atrativa pelos estudantes do ensino médio tem sido uma tarefa difícil, visto que os mesmos não conseguem compreender os conteúdos ministrados devido a forma como este é explanado; e se tratando de métodos de separação de substâncias, que em muitas escolas é visto pelo aluno apenas em fotos e encartes de livros, a disciplina química acaba por se tornar o “terror” dos alunos. Verificando estes fatores percebeu-se a necessidade de utilizar materiais de custo acessível na fabricação de aparelhos de técnicas de separação (destilador), que proporcionem uma fácil explicação, fazendo com que o aluno não só aprenda sobre o assunto como também sinta prazer pela Química como ciência e futuramente possa até escolher este ramo como profissão.

PALAVRAS CHAVES: materiais alternativos, destilador simples, ensino de química;

INTRODUÇÃO: Em meio a uma abordagem estritamente formal e pouco tangível a Química tem se tornado o “pavor” dos alunos do ensino fundamental e médio que concebem o pensamento científico como sendo algo de difícil compreensão e de pouca visualização. Nesse contexto criou-se um abismo entre o conteúdo ensinado em sala de aula e o cotidiano do aluno. Diante da carência de recursos financeiros das escolas e do pouco tempo que os educadores dispõem para elaboração de aulas mais atraentes, propomos a confecção de um aparelho de destilação de baixo custo e que leve em conta a participação dos alunos na construção do conhecimento (VALADARES,1999), pois em geral eles estão acostumados com o esquema tradicional de ensino. Além de estimular os professores a desenvolverem outros experimentos que ressaltem o contexto do dia-a-dia.

MATERIAL E MÉTODOS: O sistema destilador foi construido com materiais alternativos, possibilitando construí-lo a um baixo custo: uma cuscuzeira, uma tampa de panela pequena, pote de vidro, serra, massa epóxi, pedaço de lata de refrigerante, lamparina,lata de leite, suporte de madeira, água e gelo.Serrou-se a região inferior da cuscuzeira, 2 cm abaixo da região onde se coloca a água, em seguida dobrou-se essa região no sentido do interior, formando-se uma cava, fez-se um buraco na lateral da cuscuzeira logo ao lado da cava onde se vedou com massa epóxi uma caneleta feita com o pedaço de lata de refrigerante para saída da água destilada. Na parte superior do destilador colocou-se água gelada, e na parte inferior colocou-se a fonte de calor com o líquido a ser destilado. Todos os materiais utilizados na confecção do destilador e todos os outros componentes do sistema têm um custo baixo (Figura 1). Inicialmente colocou-se a água suja no pote de vidro e iniciou-se o aquecimento. O vapor condensou quando tocou a parte fria do destilador. Por fim a água destilada é coletada em um frasco (Figura 2).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O destilador foi utilizado em diferentes aulas, como: separação de liquido-liquido, mudanças de estado físico da matéria, diagramas de fase, etc., que demonstrou uma grande aplicabilidade do protótipo. O presente trabalho também foi apresentado em uma feira de ciências onde despertou a curiosidade de alunos e da comunidade aproximando o conhecimento científico da necessidade de conhecer da sociedade. Comprovou-se que ao se utilizar este aparelho como método de ensino houve uma melhoria na participação e compreensão dos conteúdos por parte dos alunos envolvidos, pelo fato de que eles puderam observar o funcionamento do aparelho, e a essência do método e com isso se interessaram mais em conhecer os assuntos trabalhados. Ao se fazer uma comparação com as turmas que não participaram da construção do protótipo, pudemos observar um bom grau de aprendizagem dos assuntos trabalhados.





CONCLUSÕES: A idéia proposta tem sido exposta e testada com sucesso em salas de aula do ensino fundamental e médio, demonstrando bastante aceitação e interesse por parte de alunos e professores pela simplicidade e exploração conceitual que o protótipo permite.

AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem ao CEFET-MA pelo espaço cedido para execução deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: [1] VALADARES, E.C. Ciência e diversão. Ciência Hoje das Crianças, n. 97, p. 20-23. 1999.