ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: Análise da Gipsita

AUTORES: MORAIS, BÁRBARA D. M (UFPE) ; OLIVEIRA FILHO, JOÃO P.S. (UFPE)

RESUMO: A finalidade deste trabalho é obter a análise da Gipsita, empregando várias técnicas analíticas. As amostras estudadas são do Pólo Gesseiro do Araripe em Pernambuco. A Gipsita é um Sulfato de Cálcio dihidratado com algumas impurezas como (Sílica) SiO2, (Óxidos Compostos) R2O3, MgO, CO2 e etc. Neste trabalho foram utilizados para a determinação da Gipsita métodos Complexométricos, Gravimétricos, Óxido – Redutimétricas, Termométricos. O emprego destas técnicas, por sua vez, tem a finalidade de tornar mais prático, rotineiro e completo o controle desse mineral. As analises realizadas são uma contribuição para o estudo da Gipsita.

PALAVRAS CHAVES: gipsita; análise da gipsita.

INTRODUÇÃO: A Gipsita é um mineral não metálico. Seu principal emprego é na construção Civil como material leve e não combustível A Gipsita mais pura é branca.
O principal constituinte da Gipsita é o Sulfato de cálcio e a água de hidratação, aproximadamente 80%. O CaSO4. A Gipsita é encontrada formando depósitos extensos, como na Chapada do Araripe, formação Santana, ela se origina como evaporitos
Além do CaSO4 e da água de hidratação, seus principais componentes, a Gipsita contém ainda certas impurezas como SiO2, R2O3, MgO, CO2, na forma de carbonatos, cloretos e outras substâncias, normalmente, menos representadas.
A principal finalidade desta pesquisa é analisar e estudar a Gipsita utilizando-se métodos e técnicas analíticas conhecidas, não convencionais, para este tipo de pesquisa como as analises Gravimétricas, Complexométricas, Óxido–Redutimétricos, Termométricos .


MATERIAL E MÉTODOS: Determinação Gravimétrica: Para a determinação da água de hidratação aquece-se a amostra a 300°C. Para (CO2) do Carbonato de Magnésio, aquece-se a 500°C, e para (CO2) do Carbonato de Cálcio, aquece-se a 900°C.
Determinação do R2O3: Após determinação da sílica, trata-se a amostra com amônia , filtra-se, e calcina-se.
Determinação Complexométrica do Cálcio e Magnésio: Primeiro efetua-se a determinação da sílica. Para a determinação do cálcio total retiram-se três alíquotas do extrato o qual foi após filtração da sílica, trata-se com hidróxido de Sódio a 20% e adiciona-se indicador Murexida, e titula-se a amostra com solução de EDTA 0,01M. Na determinação do magnésio repete-se o mesmo procedimento utilizado na determinação do cálcio, mudando apenas o tratamento que em vez da soda são 10 ml de solução tampão de pH-10 e também o indicador que é o Eriocromo Preto T.
Determinação Gravimétrica do Sulfato de Bário: Toma-se 100mL do extrato do R2O3, acidifica-se até pH (1-2). Ferve-se e precipita-se com (BaCl2), filtra-se e calcina-se a 900°C.
Determinação Óxido – Redutimétricas: Toma-se 25mL do extrato da sílica ferve-se, coloca-se 10mL de Oxalato de Amônio a 5% (NH4)2C2O4, Amônia até pH 6, filtra-se , trata-se o precipitado com Ácido Sulfúrico e titula-se (KMnO4).


RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Tabela 1 é o resultado das analises de amostras do Araripe. Os métodos empregados nestas analises foram o EDTA para encontramos os valores do Ca e do Mg total,e o Gravimetrico para determinarmos a silica,o R2O3, e as perdas as quais constam mais especificamente na tabela 2.Os valores obtidos são concordantes. As determinações fecharam a analise próximo aO 100%. Podemos observar que na Gipsita o CaSO4. 2H2O, esta entre 80 - 82%, e os demais distribuídos em impurezas como SiO2, R2O3, MgO, CO2 do (CaCO3 e MgCO3).

Tabela 1 - Resultados obtidos em amostras de Gipsita provida do Araripe.
Amostras Estrela Rapadura Jhonson Cocadinha
CaO 31,89% 31,82% 31,20% 31,39%
R2O3 0,14% 0,18% 0,47% 0,23%
MgO 0,55% 0,48% 0,48% 0,43%
SiO2 2,83% 2,87% 4,01% 2,39%
SO3 45,06% 44,96% 44,08% 44,35%
H2O 17,79% 18,32% 18,33% 19,31%
H2O 60°C 0,03% 0,05% 0,09% 0,115%
CO2 Total 2,02% 2,08% 2,12% 2,06%
TOTAL 100,31% 100,76% 100,69% 100,28%

A Tabela 2 mostra os valores das perdas atribuídas ao aquecimento da Gipsita o método utilizado é o Gravimétrico .
Tabela 2 – Resultados obtidos após aquecimentos da Gipsita.
(Amostra - Estrela).

Temperatura Substância Valores
de Aquecimento Decomposta Obtidos

300°C H2O 19,20%
500°C CO2 do MgCO3 1,22%
900°C CO2 do CaCO3 0,31%

Os valores das perdas do CO2 do CaCO3 e do MgCO3 são convertidos para Ca e Mg, o qual são subtraidos do Ca e do Mg total determinado pelo EDTA, o próximo passo desta pesquisa realizar as analise oxido redutimetricas(Oxalato de calcio) e Gravimétricas (Sulfato de Bário) nas mesma amostras e comparar os metodos.

CONCLUSÕES: As técnicas empregadas resultam em uma determinação que possui valores confiáveis, sendo tais métodos simples, baratos e relativamente rápidos. Na determinação da Gipsita o método do Cloreto de Bário e do Oxalato de Cálcio são os mais seletivos, mesmo esta parte do trabalho estando ainda em andamento podemos perceber esta caracteristica nestes dois metodos empregados. E a determinação Complexométrica do Cálcio e do Magnésio total pelo emprego do EDTA possui além de uma grande exatidão, a praticidade que o metodo oferece.


AGRADECIMENTOS: LEAQ(UFPE).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: COSTA, W. D.; ANJOS, N. F. R. Gipsita no Estado de Pernambuco: Comissão de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. Recife – PE, p. 3 – 7: 12 -14: 28 – 33: 42 – 43, 1962.

LIDE, D. R. Hanfbook of Chemistry and Physics. 78° ed., 1997.

PERES, L.; BENACHOUR, M.; SANTOS, V. A. O GESSO: O gesso Produção e Utilização na Construção Civil. Recife – PE, Bagaço, p. 13 – 40, 2001.