ÁREA: Produtos Naturais

TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS NATURAIS DE CULTIVOS CELULARES, PLÂNTULAS, FRUTAS E SEUS SUBPRODUTOS COM POTENCIAL ANTIOXIDANTE E INIBIDORES DA ACETILCOLINESTERASE.

AUTORES: MARQUES, R.T. (UFC) ; DE CARVALHO, J.I.X. (UFC) ; DE SOUZA, ANTONIA LUCIA (DQ - UFC) ; TREVISAN, M.T.S. (DQ - UFC)

RESUMO: Algumas substâncias têm a capacidade de inibir a cadeia de reação dos radicais livres, reações que causam um grande mal à saúde, também podem agir de modo eficaz no combate a microorganismos e a inibição da enzima acetilcolinesterase. A espécie mais promissora em atividade antioxidante foi à amêndoa da manga reduzindo em 88% a formação de radicais livres. Do caule da manga foi isolada, caracterizada e otimizada a extração da substância que confere alto potencial antioxidante ao extrato, a mangiferina. Já na castanha do caju, foi otimizada a extração do ácido anacárdico, substância que demonstrou possuir alta capacidade antioxidante. No ensaio de inibição da AChE apresentaram resultado positivo os extratos das folhas e caules da manga, assim como da castanha de caju, o ácido anacárdico.

PALAVRAS CHAVES: inibidores, antioxidante, oxidasee acetilcolinasterase.

INTRODUÇÃO: Mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que atinge primeiramente a memória, a capacidade de raciocínio e a comunicação.
Uma das abordagens atualmente utilizadas é baseada no tratamento colinérgico da doença, através do uso de inibidores diretos da enzima acetilcolinesterase (AChE), com o intuito de elevar o nível de acetilcolina.
Meios de amenizar este tipo de Doença vem sendo estudados e pesquisados, como vivemos em um país tropical, rico em plantas e frutos, vem sendo buscado com maior ênfase substâncias naturais que sejam inibidoras desta enzima e que não causem algum efeito colateral significativo.


MATERIAL E MÉTODOS: Duas substâncias receberam maior atenção durante o desenvolvimento do trabalho, devido aos seus resultados bastante satisfatórios. Foram essas o Ácido Anacárdico e a mangiferina.
As substância foram trabalhadas de maneira distinta. O Ácido Anacárdico, foi extraído da Castanha de Caju, sendo retirado o LCC (Líquido da Castanha de Caju, e desde retirado o Ácido Anacárdico, através da precipitação do mesmo em Hidróxido de Sódio. Já a mangiferina foi uma substância isolada do caule da manga, a partir de seu extrato etanólico.
Ambas substâncias foram testadas seguindo o Método de Ellman(Teste da Inibição da Enzima Acetilcoliesterase) e o Teste Da Hipoxantina/Xantina oxidase (HX/XO).
Para tais experimentos foi utilizado desde vidrarias simples de laboratório, como Erlenmeyer, Bécker, Funil de Separação Simples, por exemplo, como foram utizadas materiais mais complexas como rotaevaporador, espectros de massa, entre outras técnicas mais sofisticadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A mangiferina é uma xantona da classe dos flavonóides da família Anacardiaceae, do gênero mangifera, a qual têm se mostrado bastante promissora como substância bioativa, é um fenol glicosilxantona, encontrado na manga ( M. indica-manga comum).
A maniferina após testada no teste da Hipoxantina/xantina oxidase, obteve um ótimo resultado tendo sido capaz de retirar até 80% do radicais livres.
O ácido anárdico também obteve ótimos resultados, mas estes ainda vem sendo testados quanto sua capacidade farmacológica.
Sobe o comando do Prof. Dr. Alzir Azevedo Batista (DQ – UFSCar.).
A mangiferina vem sendo complexada com metais, visando aumentar a eficácia de suas atividades biológicas. Na complexação com o metal Vanádio foi obtido como resultado um precipitado verde, que vem sendo testado biologicamente. Após a interação com o metal as atividades farmacológicas da substâncias tiveram significativo aumento.


CONCLUSÕES: Os bons resultados obtidos com o caju e a manga, reforçam a importância de se desenvolver tecnologias para o aproveitamento de subprodutos de frutas processadas em indústrias. O ácido anacárdico isolado do LCC possuí numerosas atividades biológicas, como antitumoral, antimicrobiano, antioxidante e nosso estudo mostrou que é um potente inibidor da enzima acetilcolinesterase.



AGRADECIMENTOS: CNPq, MS, Funcap e DAAD

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Owen et al, 2000 European Journal of Cancer, 36: 1235
Rhee et al., 2001 J. Chromatogr.915, 217
Bauer et al, 1966 American Journal Clinic Pathology, 45: 493, 495