ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: INATIVAÇÃO FOTODINÂMICA DE MACRÓFAGOS DE CAMUNDONGO SWISS UTILIZANDO A FTALOCIANINA DE ALUMÍNIO COMO FOTOSSENSITIZADOR

AUTORES: GARCES, B.P (UFU) ; FRANÇA, E.G (UFU) ; OLIVEIRA, C.A (UFU) ; MARTINS, J.F.N (UFU) ; PAULA, L.F (UFU) ; CEOLIN, M.P (UFU) ; SANTOS, R.O (UFU) ; COSTA, T.O (UFU) ; SOUZA, G.D (UFU) ; FERREIRA, F.S (UFU) ; BUIATTI, J.E (UFU) ; NETO, A.A.D (UFU)

RESUMO: Neste trabalho, quantificamos a morte celular causada pela ação da Inativação Fotodinâmica (PDI) em macrófagos peritoneais de camundongo swiss da espécie Mus muscullus. Foi utilizado como fotossensitizador a ftalocianina de Alumínio encapsulada em lipossomas unilamelares de 100 nm. A emissão de luz foi efetuada por LED(Light Emissor Diods) em um comprimento de onda de aproximadamente 640 nm, ativando o fotossensitizador e com isso produzindo oxigênio “singlet”. Acreditamos que a Inativação Fotodinâmica realizada de forma eficiente pode representar os mesmos resultados de uma Terapia Fotodinâmica que é atualmente bastante utilizada em várias áreas de conhecimento como química, biologia celular e molecular, dermatologia, oncologia, ginecologia, cirurgia vascular dentre outros.

PALAVRAS CHAVES: terapia inativação fotodinâmica

INTRODUÇÃO: A terapia fotodinâmica (PDT) é uma alternativa emergente para o tratamento de algumas neoplasias e processos infecciosos, bem como para a eliminação de alguns patógenos do sangue. O processo consiste na utilização de um fotosensitizador, oxigênio molecular e luz com comprimento de onda adequado. A combinação destes 03 elementos leva a produção de espécies reativas do oxigênio, que promovem danos oxidativos em componentes celulares importantes, provocando a inviabilização celular. A utilização de fotosensitizadores hidrofóbicos necessita de sistemas de veiculação apropriados, como os lipossomas (2). Vários modelos celulares têm sido utilizados em estudos de PDT, tais como células tumorais, fungos, bactérias, vírus e eritrócitos (1).
A utilização de macrófagos de camundongo como modelo para estudo da viabilização da PDI foi feita porque é uma célula que se adere facilmente em lamínulas, e com isso a quantificação é mais eficiente.
O macrófago é uma célula do sistema imune responsável pela fagocitose de agente externos, por isso ela absorve as lipossomas com o AlHPc que ao ser excitada inativa a célula.


MATERIAL E MÉTODOS: Produção e coleta de macrófagos:
Os macrófagos foram retirados de camundongos Swiss da espécie Mus muscullus.
Para estimular a produção de macrófagos, foi injetado 0,5 mL de Zymosan + Adjuvante de Freund’s na cavidade peritoneal.
Cinco dias depois os camundongos foram executados e retirou-se os macrófagos da cavidade peritoneal juntamente com 10 mL de Alsever e as células foram mantidas em gelo.

Contagem das Células:
Antes de realizar a PDI, as células foram contadas em Câmara de Newbauer, utilizando o teste de exclusão de azul de Trypan para analisar a porcentagem de células vivas no início do experimento.

Preparação das lamínulas com macrófagos:
Foi colocada sobre as lamínulaas a solução de Alsever com os macrófagos para se aderirem durante 20 minutos, em seguida as lamínulas foram lavadas por imersão 10 vezes para a retirada dos linfócitos presentes na solução, que não aderem à lamínula.
Colocou-se sobre as lamínulas 2 mL de ftalocianina de Alumínio encapsulada em lipossomas, deixando por 20 minutos.

PDI dos Macrófagos:
A PDI foi feita utilizando um sistema com LED’s emissores de luz a um comprimento de onda de 640 nm. As lamínulas com os macrófagos e o fotossensitizador foram colocadas a uma distância aproximada de 30 cm da fonte emissora de luz.
A irradiação luminosa foi feita durante 5 minutos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com esta metodologia, obtivemos aproximadamente 60% de morte celular dos macrófagos que estavam como fotossensitizador e na presença de luz vermelha, e menos de 10% sem o fotossensitizador e sem irradiação luminosa.



CONCLUSÕES: Conclui-se que a inativação fotodinâmica ocorre de forma eficaz quando se coloca juntamente com as células o fotossensitizador e com uma emissão de luz a um comprimento específico (comprimento de onda por volta de 640 nm).
Apesar dos resultados ainda serem preliminares, acreditamos que a concentração do fotossensitizador, o tempo de exposição à luz e o tempo de incubação. Próximos testes serão realizados com diferentes fotossensitizadores, concentrações, tempos de irradiação e tempo de incubação das células com o fotossensitizador.

AGRADECIMENTOS: Institudo de Genética e Bioquímica da Universidade Federal de Uberlândia.
A todos que tornaram possível a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1- Kaestner, L. (2000) Gen. Physiol. Biophys., 22: 455-465.
2- van Lier, J.E., and Spikes, J.D. (1989) In Photosensitizing compounds: Their chemistry, biology and clinical use. Wiley & Sons. pg: 17-39.
3- Oliveira, C. A. et al (2005) Chem. Phys. Lipids, 133, (1): 69-78.