ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BIODIESEL DE SOJA PELA ROTA METÍLICA E ETÍLICA

AUTORES: PORTELA, F. M. (UFU) ; BORGES, K. A. (UFU) ; BATISTA, A. C. F. (UFU) ; HERNÁNDEZ-TERRONES, M. G. (UFU) ; LIMA, A. L. (UFU) ; SILVA, C. N. (UFU)

RESUMO: RESUMO: O biodiesel biocombustível biodegradável, renovável e obedece ao ciclo de carbono é definido como ésteres mono-alquílicos de ácidos graxos derivados de óleos vegetais e gorduras. Através do processo de transesterificação, os triglicerídeos de óleos vegetais ou gorduras são convertidos em moléculas menores de ésteres de ácidos graxos com características semelhantes às do diesel de petróleo. No presente trabalho foi realizada a caracterização do biodiesel de soja obtido pela rota metílica e etílica a temperatura ambiente. O rendimento pela rota metílica foi maior do que a etílica, sendo os produtos obtidos de acordo com as normas da ANP.

PALAVRAS CHAVES: biodiesel, soja, biocombustível

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: O biodiesel e o álcool, combustíveis oriundos da biomassa, surgem como fontes alternativas de energia, perante os acelerados e incontidos aumentos dos preços do petróleo, iniciados com a crise energética de 1973. O Biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis como óleos vegetais gorduras animais, que estimulados por um catalisador, reagem com o álcool etílico ou metílico, deste processo químico resulta um combustível de alta qualidade que pode substituir o óleo diesel (PIMENTEL et al. 2005). Os óleos e gorduras possuem moléculas de triglicerídeos constituído de três ácidos graxos de cadeias longas, os quais são ligados a uma única molécula do glicerol. O biodiesel é fabricado através de um processo químico chamado transesterificação, onde a glicerina é separada da gordura ou do óleo vegetal. O processo gera dois produtos: um éster (biodiesel) e glicerina (produto valorizado no mercado de sabões). O biodiesel pode ser usado em qualquer motor de ciclo diesel, com pouca ou nenhuma necessidade de adaptação.
Neste trabalho estão contidas informações sobre a síntese metílica e etílica, além da caracterização do biodiesel de soja.

MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS: Na obtenção do biodiesel na rota metílica inicialmente preparou-se o metóxido de potássio, misturando 30 mL de metanol com 4 g de KOH. A seguir, o metóxido de potássio foi adicionado a 100 g de óleo de soja, deixando durante 40 minutos sob agitação para efetuar a reação de transesterificação à temperatura ambiente. Após se completar a reação a mistura foi transferida para um funil de decantação, deixando-a em repouso por 30 minutos, obtendo duas fases. Retirou-se então a fase glicerina e o biodiesel foi submetido a um processo de lavagem com HCl 0,1N. Em seguida, os ésteres metílicos foram lavados com água destilada realizou-se a lavagem com água destilada. O biodiesel puro foi obtido separando a água por decantação, e os traços de umidade e de álcool foram eliminados através de um aquecimento em balão de ebulição a 100 oC, durante 60 minutos. O procedimento de obtenção do biodiesel na rota etílica foi idêntico ao da rota metílica. A única diferença foi preparação do etóxido de potássio, misturando etanol com KOH. Os parâmetros analisados foram: índice de acidez, número de cetano, cor, viscosidade, densidade a 15 °C, ponto de fulgor e saponificação, segundo normas ANP e ASTM.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a obtenção do biodiesel na rota metílica, observou-se um rendimento de 94%. Na rota etílica o rendimento foi inferior, 62%. Na Tabela 1 apresenta os parâmetros de caracterização físico-químicas do biodiesel na rota metílica (BMS) e rota etílica (BES). Os valores citados também se encontram dentro dos parâmetros permitidos pela Resolução 42 da ANP (ANP, 2008).
Com a realização das duas sínteses alterando apenas o álcool, pode-se observar a ocorrência de diferenciação em ambos os processos.
Os resultados apresentados na tabela 1 comparam os valores permitidos pela Resolução 42 ANP e os mesmos encontram-se dentro das normas estabelecidas.
O número de cetano resultou ser ligeiramente maior que o permitido para o diesel de petróleo (45).
Os valores de densidade são próximos ao do diesel, o que permite afirmar que não haverá problemas técnicos com o motor na adição do biodiesel ao diesel mineral. Os valores de ponto de fulgor verificam a boa margem de segurança para o armazenamento do produto.




CONCLUSÕES: CONCLUSÃO: A transesterificação do óleo de soja nas rotas metílica e etílica, em temperatura ambiente notou-se ser um processo viável. A rota metílica apresentou um rendimento maior que a rota etílica. As características físico-químicas de ambos os produtos são compatíveis com as normas da ANP.

AGRADECIMENTOS: AGRADECIMENTOS: FAPEMIG, INSTITUTO DE QUÍMICA - UFU




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIAS: ANP, 2005 – www.anp.gov.br/boletim.asp. acessado em 18/03/2008
KNOTHE, G.; KRAHL, J.; GERPEN, J. V.; Ramos, L. P. Manual de Biodiesel. Ed. Edgard Blucher. São Paulo, 2006.
PIMENTEL, D.; PATZEK, T. W. Ethanol production Using Corn, Switchgrass and Wood; Biodiesel Production Using Soybean and Sunflower. Natural Resources Research, Vol. 14, Março 2005.