ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: jogos de química como método alternativo voltado para o ensino médio

AUTORES: NOGUEIRA, J. P. A. (UFRN) ; SOUZA, H. Y. S. (UFRN) ; SILVA, C. K. O. (UFRN) ; FILHO, R. B. A. (UFRN) ; FERNANDES, N. S. (UFRN)

RESUMO: Os jogos, aplicados nas salas de aula como forma de complemento no processo de ensino-aprendizagem, servem como subsídio nesse processo, levando o lúdico a alunos e professores. Com isso, tornam as aulas em conhecimento e diversão de maneira mais descontraída e atrativa, é instrutivo e aguça a curiosidade. Ao mesmo tempo os alunos estão se divertindo e estudando. Este trabalho,foi aplicado em uma escola estadual como cartilha de jogos tradicionais e mundialmente conhecidos, semelhantes aos vendidos no comércio como passatempo, adaptado para o ensino da química.

PALAVRAS CHAVES: jogos, lúdico, ensino-aprendizagem

INTRODUÇÃO: A mídia tem mostrado através dos resultados do MEC o baixo rendimento escolar de alunos do Ensino Médio, principalmente em Química. Isso pode ser atribuído à forma de transmissão de conhecimento baseada no método tradicional. No campo escolar utilizam-se como meios de ensino-aprendizagem diversos arcos da educação, dentre esses pode ser enfocado o ensino por resoluções de problemas. Para desenvolver a resolução de problemas tornam-se necessárias idéias novas e originais (GARRET, 1988). A Educação Química e as outras áreas de ensino têm colaborado para a importância na investigação de novos caminhos complementares que permitam o indivíduo a construção do conhecimento voltado para um maior e mais motivado processo de aprendizagem, e dentro deste âmbito, a aplicação do lúdico tem-se demonstrado satisfatória, onde é evidenciado o papel reflexivo e estimulante do aluno (LUCKESI, 2000). O ensino por problemas baseia-se no caráter contraditório do conhecimento com o objetivo de que o estudante assimile os conteúdos e, pelo método dialético do pensamento, consiga refletir e resolver as diversas situações problemáticas. Dentro desta perspectiva, buscou-se selecionar jogos tradicionais e mundialmente conhecidos, como por exemplo, palavras-cruzadas, sete erros, sudoku, caça-figuras, caça-palavras, desafio da lógica com o objetivo de trabalhar os conceitos de química no ensino médio sob um método alternativo com um fim de motivar o aluno para participar ativamente no processo ensino-aprendizagem e contornar o baixo aproveitamento das aulas. A cartilha é uma adaptação do passatempo voltada para o ensino de química, sendo utilizada como material didático alternativo, complementar e facilitador para o processo ensino-aprendizagem.

MATERIAL E MÉTODOS: A cartilha foi confeccionada em uma gráfica, utilizando papel reciclado (figura 01). Ela foi elaborada em dezoito páginas, utilizando seis jogos distintos adaptados à química, mais um texto cientifico com o tema “A importância da química para conservação do meio ambiente” (figura 02). A idéia de utilizar o jogo didático como um elemento facilitador no processo ensino-aprendizagem de química. Inicialmente, foi exposto pelo professor teoricamente o assunto em sala de aula para a turma. Em seguida, explicou-se como funciona cada jogo contido na cartilha nomeada de Chemicalegal. Foi entregue aos alunos o Chemicalegal com os assuntos referentes aos já expostos com o objetivo de motivar e estimular o debate entre eles com o fim de fixar os conteúdos e correlacionar com exemplos do cotidiano. O jogo permite uma certa flexibilidade, pois pode ser adequadas para diversos outros níveis de dificuldade. A cartilha foi e pode ser respondida individualmente ou em dupla com o auxilio, se necessário, do professor. respondida individualmente ou em dupla com o auxilio, se necessário, do professor.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A proposta de utilização e da aplicação da cartilha como método de ensino alternativo, complementar e lúdico para auxiliar na transmissão do conhecimento é de grande relevância tanto para o professor quanto para o aluno. A aplicação dos jogos voltados para o ensino na escola supriu algumas dificuldades encontradas na compreensão de alguns conteúdos explorados em sala de aula. A utilização do jogo não representa um momento de lazer para o aluno sem um fim educativo, mas uma forma alternativa de transmitir o conteúdo, solidificando o conhecimento já apresentado em aulas expositivas anteriores. A aplicação dos jogos didáticos foi realizada, em uma escola estadual de ensino médio no estado do Rio Grande do Norte, na cidade do Natal. Durante a resolução do exercício contido na cartilha a turma mostrou bastante interesse, visando duas perspectivas: as regras de cada jogo e o reconhecimento da teoria já vista. Os alunos que já tinham noção de alguns jogos apresentaram maior facilidade em responder o exercício, mas em geral os resultados foram positivos e os objetivos foram então atingidos.

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CONCLUSÕES: O professor durante as aulas de química deve organizar atividades relevantes para a aprendizagem dos alunos. A utilização de passatempos voltados para o ensino de química, mostrou ser uma excelente alternativa para atuar como um elemento facilitador no processo ensino-aprendizagem. Com esta cartilha, o educador poderá trabalhar com vários temas da química e desenvolver a multidisciplinaridade. Considerando essa visão, é importante que o professor possa propor estratégias de ensino que subsidiem a construção do conhecimento por parte dos seus alunos nessas aulas.

AGRADECIMENTOS: Ao Laboratório de Analítica e Meio Ambiente.










REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: GARRET. R.M. Resolución de problemas y creatividad: implicaciones para el currículo de ciencias. Enseñanza de lãs Ciencias. Barcelona, v.6, n.3, p.224-230, 1988.

LUCKESI, C. C. Educação e prevenção das neuroses futuras: uma proposta
pedagógica a partir da biossíntese. Salvador: Gepel, 2000.

NUÑEZ, I. B.; RAMALHO, B. L. Fundamentos de Ensino-Aprendizagem das Ciências Naturais e da Matemática: o Novo Ensino Médio. Porto Alegre: Sulina, 2004.