ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: USO DE FRUTOS DA CASTANHOLA COMO INDICADOR NATURAL DE ÁCIDOS E BASES

AUTORES: GOMES, M. E. M. (UFCG) ; VENÂNCIO, V. S. (UFCG) ; SOUZA, A. E. M. (UFCG) ; DANTAS, S. L. A. (UFCG) ; SANTOS, J. C. O. (UFCG)

RESUMO: Introduzimos a análise dos princípios teóricos associados a mudanças de cores de extrato de fruto da castanhola (variedades amarela e roxa), visando fundamentar experimentos de indicadores ácido-base muito comuns no ensino de química. Neste experimento é construída uma escala de padrões de pH utilizando extrato de castanhola amarela e castanhola roxa como indicadores, sendo feito com estes a classificação de diferentes soluções aquosas de acordo com sua acidez ou basicidade.
Por apresentar cores diversas conforme a acidez ou basicidade do meio em que se encontra, o extrato da castanhola amarela e castanhola roxa pode constituir-se uns bons indicadores universais de pH, substituindo -ainda que para menor número de faixas de pH- os papéis indicadores universais.

PALAVRAS CHAVES: experimentação, indicador, ensino de química

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: Este trabalho tem por objetivo abordar, de maneira crítica e /ou inovadora, conceitos científicos relacionados ao ensino das ciências, mais propriamente dito, da Química, através da inserção de experimentos do cotidiano.
Introduzimos a análise dos princípios teóricos associados a mudanças de cores de extrato de fruto da castanhola (variedades amarela e roxa), visando fundamentar experimentos de indicadores ácido-base muito comuns no ensino de química. Neste experimento é construída uma escala de padrões de pH utilizando extrato de castanhola amarela e castanhola roxa como indicadores, sendo feito com estes a classificação de diferentes soluções aquosas de acordo com sua acidez ou basicidade.
Por apresentar cores diversas conforme a acidez ou basicidade do meio em que se encontra, o extrato da castanhola amarela e castanhola roxa podem constituir-se uns bons indicadores universais de pH, substituindo -ainda que para menor número de faixas de pH- os papéis indicadores universais, que só podem ser adquiridos em lojas especializadas e não são encontradas em todas as regiões do país.
Indicadores visuais são substâncias capazes de mudar de cor dependendo das características físico-químicas da solução na qual estão contidos, em função de diversos fatores, tais como pH, potencial elétrico, complexação com íons metálicos e adsorção em sólidos. Podem ser classificados de acordo com o mecanismo de mudança de cor ou os tipos de titulação nos quais são aplicados. Os indicadores ácido-base ou indicadores de pH são substâncias orgânicas fracamente ácidas (indicadores ácidos) ou fracamente básicas (indicadores básicos) que apresentam cores diferentes para suas formas protonadas e desprotonadas; isto significa que mudam de cor em função do pH.


MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL:
- amostras de substâncias básicas: amoníaco, sabonete líquido, sabão em pedra, detergente incolor.
- amostras de substâncias ácidas: vinagre incolor, ácido muriático, comprimidos de ácido acetil salicilico, suco de limão.
- copos de vidro (pequenos).
- castanholas amarelas e castanholas roxas.
- água filtrada, sem cloro.
- Álcool hidratado comercial.
- Palito de picolé.
- pilão (para triturar o material).
- filtro de papel para café.
- colher de pau.
- panela.
- conta-gotas.

MÉTODOS: No método usando água, as castanholas utilizadas para fazer a experiência foram retiradas da árvore, encontrada em nosso município (Cuité-PB). Cortamos, picamos e trituramos as cascas de ½ kg de castanholas. Misturamos com água filtrada sem cloro até cobrir os pedaços e fervemos. Deixamos resfriar por alguns minutos. Coamos e reservamos em um recipiente comum.
No método usando álcool, as castanholas utilizadas para fazer a experiência foram retiradas da árvore, encontrada em nosso município (Cuité-PB). Cortamos, picamos e trituramos as cascas de ½ kg de castanholas. Misturamos com álcool até cobrir os pedaços e não foi submetido a fervura. Coamos e reservamos em um recipiente comum que foi deixado em geladeira por um período de sete dias.
Depois os extratos aquosos e alcoólicos foram adicionados as substâncias ácidas e básicas, observando-se variações nas colorações obtidas,e fotografando-se, em seguida.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao adicionar os indicadores naturais em substâncias ácidas e básicas obtivemos coloração aproximada para as diferentes funções inorgânicas, que alguns indicadores naturais tem em mudar a coloração de certas substâncias.Para essa experiência utilizamos como indicador natural o extrato de castanhola amarela e roxa, e como substâncias ácidas e básicas: detergente, amoníaco, sabonete líquido, vinagre, sabão em pedra, AAS (em água), ácido muriático e suco de limão. Depois desse processo obtivemos os resultados mostrados nas Tabelas 1 e 2.
Em diferentes pHs, os extratos assumem diferentes colorações que podem ser facilmente identificadas por observação visual, definindo-se escalas de pH em função da cor da solução resultante.
As ligeiras diferenças de cores entre os extratos das diferentes frutas, para um mesmo valor de pH, podem ser atribuídas ao fenômeno de associação entre os corantes, que é influenciado pela quantidade e pelos tipos de antocianinas presentes nos extratos.





CONCLUSÕES: Na primeira fase do trabalho utilizamos o indicador em solução aquosa. Na segunda fase do trabalho repetiu-se todo o processo usando o indicador em solução alcoólica. Realizou-se ainda, a apresentação dos experimentos em salas de aula do ensino médio da rede pública estadual.Fizemos assim, um experimento químico simples e utilizando produtos acessíveis e fáceis de serem encontrados em nosso município.
A utilização destes extratos naturais indicadores de pH pode ser explorada didaticamente, desde a etapa de obtenção até a caracterização visual e/ou espectrofotométrica.

AGRADECIMENTOS: PIBIC/FAPESQ-PB e UFCG

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Alkema, S.; Seager, S.; J. Chem. Educ. 1982, 59, 183.
Arrhenius, S.; Z. Phys. Chem. 1887, 1, 631.
Baccan, N.; Andrade, J. C.; Godinho, O. E. S.; Barone, J. S.; Química Analítica Quantitativa Elementar, 2a ed., Ed. Unicamp: Campinas, 1979, p. 46.