ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: ESTUDO TERMOANALITICO DA ATRIPLEX NUMMULARIA (ERVA SAL)

AUTORES: ARAÚJO, E. G (UFRN) ; SILVA, M. L (UFRN) ; SANTOS. E.V (UFRN) ; FERNANDES. N.S (UFRN)

RESUMO: RESUMO: Nesse trabalho foi avaliado o comportamento termoanalítico da atriplex nummularia, irrigadas com rejeito salinizado obtido de dessalinizadores e com água para consumo humano. Para a obtenção dos dados experimentais fez-se uso da Termogravimetria (TG-DTG) e Análise Térmica Diferencial (DTA). Foi possível observar por meio das curvas termogravimétricas que o comportamento térmico das curvas para as amostras de atriplex irrigadas com rejeito salinizado e não salinizada são bastante semelhantes, apresentando três perdas de massa na curva TG sendo confirmada pela Termogravimetria Derivada (DTG). Nas curvas DTA pode-se observar a presença de três picos significativos, sendo o primeiro endotérmico, característico da desidratação e dois picos exotérmicos caracterizando dessa forma as três etapas de decomposição térmica da atriplex nummulária.

PALAVRAS CHAVES: termogravimetria, salinidade, atriplex nummulária

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: As plantas do gênero atriplex, pertencente á família Chenopodiacea, a qual conta com mais de 400 espécies distribuídas em diversas regiões áridas e semi-áridas do mundo, possui grande potencial para atuar como adsorvente de sais dissolvidos. Pelo seu alto valor protéico são usadas como forragem para caprinos e ovinos. Além de serem utilizadas nos processos de dessalinização de solos, na produção de lenha, como plantas medicinais e na culinária. A produção de cinco toneladas de matéria seca/ano de Atriplex significa uma extração de 1.000 kg de Sal por hectare/ano. Em regiões de solos profundos e precipitações anuais variando entre 200 – 400 mm, o Atriplex nummularia pode produzir de cinco a dez toneladas de matéria seca por hectare. Os rendimentos variam conforme a espécie de planta usada, tipo de solo, e conteúdo de sal. Esse trabalho teve como objetivo principal avaliar a estabilidade térmica da atriplex nummularia quando irrigada com rejeito salinizado obtido de dessalinizadores e com água própria para consumo.

MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS: Os equipamentos utilizados foram: estufa para secagem e esterilização (modelo 315 SE, FANEM). As amostras de atriplex as foram adquiridas no município de São José do Seridó/RN, armazenadas em frascos de polipropileno previamente lavados e rotulados. Para a obtenção das curvas termogravimétricas (TG) utilizou-se uma termobalança acoplada a um analisador térmico diferencial modelo DTG-60H da SHIMADZU as curvas foram obtidas utilizando-se cadinho de alfa - alumina, massa da ordem de 6,0 mg, razão de aquecimento de 20 oC min-1, atmosfera de nitrogênio e intervalo de 30 a 800 oC.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: As curvas termogravimétricas mostraram três perdas de massa para a atriplex nummulária, a primeira 30 a 111°C referente à etapa de desidratação, uma segunda perda de 178 a 340ºC e uma terceira etapa 342 a 582ºC essas duas ultimas etapas de decomposição pode está relacionado à decomposição da celulose, hemicelulose e lignina materiais orgânicos encontrados nas plantas, conforme mostrado na figura 1. As três etapas de decomposição são confirmadas pela curva DTA (figura 2), na qual apresentaram um pico endotérmico e dois picos exotérmicos, o primeiro referente à etapa de desidratação e os dois últimos a etapa de decomposição. As curvas TG-DTG da folha não apresentaram uma finalização durante o processo de decomposição uma vez que o cloreto de sódio presente em quantidades maiores nessa parte da planta provavelmente aumenta a estabilidade térmica da amostra avaliada.





CONCLUSÕES: CONCLUSÕES: Pelos resultados apresentados nas curvas TG/DTG e DTA foi possível verificar que a atriplex nummularia irrigada com rejeito salino e água própria para consumo apresentaram comportamentos semelhantes em relação à estabilidade térmica do caule fino e caule grosso. As curvas para as folhas da amostra salinizada apresentaram uma estabilidade térmica maior em relação a não salinizada, provavelmente pela presença em excesso do cloreto de sódio absorvida durante a irrigação.

AGRADECIMENTOS: AGRADECIMENTOS: PETROBRÁS, Laboratório de Química Analítica e Meio Ambiente, Laboratório de meio ambiente e cimentos, Núcleo de Estudos em Petróleo e Gás Natura

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIAS
[1] HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa. Editora LTC, 5ª edição. Rio de Janeiro, 2001.
[2] PORTO, E. R.; AMORIM, M. C. C.; ARAÚJO, O. J. Potencialidades da Erva-sal (atriplex nummularia) irrigadas com o rejeito da dessalinização de água salobra no semi-árido Brasileiro como alternativa de reutilização. XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2000.
[3] SKOOG, Douglas A; HOLLER, James A; NIEMAN, Timothy A. Princípios de Análise Instrumental. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.