ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: LITIBELA E O QUÍMICO PRISIONEIRO: ENSINANDO QUÍMICA EM AMBIENTES DIVERSOS DE FORMA LÚDICA.

AUTORES: BATALHA, R.R.M. (UERN) ; COSTA, P.H.C.S. (UERN) ; COSTA, M.F. (UERN) ; SILVA, R.I. (UERN) ; SOUZA, L.D. (UERN)

RESUMO: Litibela e o químico prisioneiro é uma sátira do filme Lisbela e o prisioneiro montada numa linguagem teatral com o objetivo de repassar conteúdos de química, tais como tensão superficial, ácidos e bases, interação químicas, expansão dos gases entre outros. No decorrer da trama são mostradas experiências químicas com forte efeito lúdico com o intuito de atrair a atenção e mostrar aos expectadores fundamentos básicos de química. A apresentação dos conceitos químicos numa atmosfera informal (teatros, praças...) e de forma lúdica facilita o entendimento e aprendizagem dos conceitos. O sucesso da peça e o interesse do público mostram que a metodologia de repassar conhecimentos químicos via linguagem teatral é eficiente além de prazerosa para atores e platéia.

PALAVRAS CHAVES: ensino de química, lúdico e ambientes diversos.

INTRODUÇÃO: A peça Litibela e o químico prisioneiro utiliza metodologias e espaços inovadores que exploram as relações entre as ciências e a arte para que estas duas culturas possam conferir uma à outra, conteúdos, metodologias e linguagens que permitam a construção de um processo pedagógico mais amplo. Assim foi desenvolvido um texto em linguagem teatral que satiriza o filme Lisbela e o prisioneiro ao qual são adicionados experimentos químicos que apresentam fortes efeitos lúdicos. Como resultado conseguiu-se uma poderosa ferramenta que passou a ser aliada no processo ensino-apredizagem, por ser um meio de cativar estética, conceitual e prioritariamente alunos de ensino fundamental e médio. As apresentações dos experimentos e suas explicações químicas permitem trabalhar nesta forma agradável conceitos químicos considerados chatos e difíceis, com o interesse despertado facilitando a absorção dos mesmos, bem como o interesse pela química no geral. Esta metodologia permite trabalhar os conceitos em ambientes não-formais e ampliar o senso critico e o exercício da cidadania, fazendo com que os estudantes que encenam a peça e o publico que a assiste reflitam sobre os conhecimentos adquiridos. A linguagem teatral no caso em questão não objetiva, evidentemente, a formação de atores, mas uma maneira de estudantes, mediante estudo, desenvolvimento e improvisações teatrais, interpretarem e repassarem um conhecimento de forma lúdica num ambiente diverso da conhecida sala de aula.

MATERIAL E MÉTODOS: Os materiais utilizados para a apresentação da peça são os reagentes químicos usados na realização dos experimentos químicos demonstrados (álcool, KI, solução alcalino, solução ácida etc...), e os materias utilizados para a confecção do cenário e figurino dos personagens, ou seja, madeira, tinta, pano e roupas.Os conteudos são referentes, ao ensino médio tais como tensão superficial, acidos e base, interação química.
O trabalho para a montagem da peça litibela e o químico prisioneiro foi desde o recrutamento e treinamento do pessoal que atua na peca (todos os alunos do curso em licenciatura em química da UERN), passando pela adaptação do texto, a seleção, o teste e a adaptação de experimentos químicos, colocando-os num formato de demonstração que produzisse algum efeito lúdico (barulho, cor, aumento de volume etc.) que atraia a atenção e permita a explicação do conceito químico envolvido. O treinamento foi feito sob a orientação do Centro de Estudos e Programação Cultural-CEPC da UERN representado nas pessoas de Joriana de Freitas e Leonardo Wagner ambos artistas teatrais que trabalham com desenvolvimento e apresentação de peças teatrais. Ele foi feito na forma de palestras e oficinas e sempre visando desenvolver nos alunos ferramentas comuns à arte teatral como impostação de voz, expressão corporal, desinibição, maquiagem, montagem de cenários etc.
Após o treinamento dos alunos e o desenvolvimento dos experimentos as duas coisas foram ligadas via linguagem teatral cômica culminando numa peça onde se usa a linguagem teatral e os efeitos lúdicos dos experimentos químicos como ferramenta para ensinar química em ambientes diversos (teatros, escolas, praças).


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a peça montada, varias apresentações foram feitas em diversos ambientes como mostrado na tabela 1. As apresentações atingiram um publico de diferentes faixas etárias e interesses. Percebeu-se uma grande interação por parte dos expectadores, que participam de forma indireta da apresentação sendo surpreendidos e ficando impressionados com os efeitos lúdicos dos experimentos apresentados. Esta interação com o publico possibilitou uma apresentação descontraída e dinâmica, facilitando a apresentação e absorção dos conceitos químicos apresentados, sendo estes absorvidos por todos que assistiram a peça. Observou-se após o termino de cada apresentação um grande interesse do público em relação à química, com muitos chegando a cogitar a possibilidade de fazer um curso superior de química por influência da peça.
O interesse ocorreu em todo o publico que como se pode deduzir pelas informações da tabela 1 foi muito variado, indicando que a metodologia trabalhada não necessita de nenhum conhecimento prévio de química e que os conceitos são facilmente assimilados, desde que, sejam apresentados de forma conveniente e atraente.



CONCLUSÕES: O trabalho mostrou que a metodologia usada contribui para a educação em ambientes não formais facilitando e ensino de química e despertando o interesse e o senso crítico do publico. Esta metodologia de educar de forma descontraída e lúdica sem deixar de ser científica leva os cidadãos a conhecer e se interessar pelos conhecimentos de química que são cotidianamente usados. Este interesse facilita o processo ensino aprendizagem e permite uma melhoria da assimilação dos conteúdos tratados. Por outro lado o treinamento em técnicas teatrais se torna uma ferramenta útil para os alunos atores, futuros professores, que passam a dominar o conteúdo científico e diferentes formas de repassá-lo a comunidade.

AGRADECIMENTOS: Agradecemos a PROEX pelo apoio recebido;

Ao publico pela atenção;
E aos nossos orientadores pela paciência nos ajudando a concretizar esse tra

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1. Mateus, A.Luis. Química na Cabeça. Editora UFMG, 2001. Belo Horizonte/MG
2. Bento, S.F.V, Mateus,A.L, Gouvêa, M.C. O lúdico e o ensino da Química: Uma reflexão sobre o teatro científico.
3. Falconieri, A. G, Farias A desqualificação docente no ensino médio na cidade de São Miguel, XLV Congresso Brasileiro de Química-CBQ Belém .2005
4. Simão, D. M. Souza. Falconieri, A. G. Farias. Sousa, L. D. O uso do teatro científico como ferramenta de ensino aprendizagem, Encontro Cientifico de Pesquisa e Extensão - ENCOPE, Mossoró-RN 2003.