ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE CINÉTICA E TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS.

AUTORES: CAPIM,S.L. (UFPB) ; SILVA,L.B. (UEPB) ; OLIVEIRA, J.G. (UEPB) ; LEITE, P.T.A.S (UFCG) ; JUNIOR,C.G.L. (UFPB) ; SILVA,F.P.L. (UFPB) ; SANTOS,A.F; (UFPB)

RESUMO: O tema Cinética Química vem sendo um assunto de difícil compreensão por parte dos alunos do ensino médio. Partindo deste pressuposto foram desenvolvidas algumas experimentações sobre o tema Cinética e transformações Químicas com alunos da 2ª série do nível médio, tendo em vista a grande dificuldade de assimilação do mesmo, onde a abordagem cotidiana deste assunto torna-se essencial para o ensino-aprendizagem, desafiando e auxiliando os alunos na exploração de seus contextos, em busca de novas compreensões, visando à construção do conhecimento cientifico. Com essas experimentações, observou-se uma maior aprendizagem dos alunos como também aumentou a aproximação aluno/ciência.



PALAVRAS CHAVES: experimentação, aprendizagem, cinética química.

INTRODUÇÃO: Cinética Química é um tema considerado de difícil cognição por parte dos alunos do ensino médio. Para o ensino deste tema, que requer um misto de teoria e prática como forma de propiciar uma inter-relação conteúdo-cotidiano, é consenso geral a importância de ferramentas apropriadas disponíveis para auxiliar ao processo de ensino-aprendizagem. Porém, o que se nota é a ausência de aulas experimentais nas diversas Instituições de ensino, justificada por vários motivos, como falta de laboratório apropriado, falta de substâncias químicas, falta de planejamento das aulas a serem ministradas de modo a atender um conteúdo e desconhecimento da relevância da experimentação enquanto colaboradora na aquisição de conhecimento.



MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi realizado com quatro turmas da 2ª série do ensino médio na Escola Estadual José Soares de Carvalho no município de Guarabira na Paraíba, em que foram realizadas experiências com materiais de fácil acesso para a demonstração de dois fatores que alteram a velocidade das reações, sendo eles o fator superfície de contato e a influência da temperatura na velocidade da reação.
Para o fator superfície de contato foi realizado um experimento utilizando lã de aço, vinagre e óleo comestível. Foram utilizados três recipientes, onde no primeiro recipiente foi adicionado 150 mL de vinagre, no segundo 150mL de água e no terceiro 150 mL de óleo. Posteriormente foi adicionada uma pequena quantidade de lã de aço. Este experimento foi deixado em repouso à temperatura ambiente durante 24 h. Na aula seguinte, os alunos observaram a diferença da velocidade de oxidação da palha de aço nos diferentes recipientes, devido as diferentes concentrações de oxigênio. Já no fator temperatura utilizou-se comprimidos efervescentes e água. O experimento consistiu na adição simultânea do comprimido efervescente em água à temperatura ambiente e em água fervente. Após a adição dos comprimidos em água a diferentes temperaturas, os alunos tomaram nota da diferença no tempo de término para ambas as reações, e puderam observar a diferença significativa no tempo de desaparecimento do comprimido.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nas aulas experimentais foi observado grande entusiasmo pelos alunos. Durante as experiências, foi notória a atenção despertada pelo assunto abordado, maior participação, assim como a curiosidade e a vontade de cada um em explicar os fenômenos observados. A boa participação nas aulas resultou numa maior aprendizagem, os rendimentos obtidos nas avaliações apresentaram cerca de 80% dos alunos com notas maior ou igual a sete.



CONCLUSÕES: Durante a realização em cada caso fez-se uma abordagem cotidiana buscando favorecer a compreensão deste referido assunto, e que mesmo sem laboratório, é possível em alguns casos aplicar esta metodologia. Além disso, pode-se introduzir o conceito de pH, Sistema Coloidal, Reatividade Química, Equilíbrio Químico e Estequiometria.
As aulas experimentais aqui trabalhadas mostraram-se eficientes na abordagem dos conteúdos tratados, deixando como sugestão que os professores de 2ª série no ensino médio podem e/ou devem fazer uso da experimentação química como forma de motivar os alunos durante o processo ensino-aprendizagem desta ciência, com vistas a facilitar a aproximação aluno-ciência.


AGRADECIMENTOS: Escola Estadual José Soares de Carvalho e ao Departamento de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal da Paraíba,(UFPB).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: GONÇALVES, F. P.; GALIAZZI, M. C. A natureza das atividades experimentais no ensino de Ciências: um programa de pesquisa educativa nos cursos de Licenciatura. In: MORAES, R.; MANCUSO, R. Educação em Ciências: produção de currículo e formação de professores. Ijuí: UNIJUÍ, 2004. p. 237-252.