ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO ATIVIDADE FOTODINÂMICA DO EXTRATO BRUTO DE Cochlospermum regium FRENTE A MACRÓFAGOS.

AUTORES: GARCÊS, B. P. (UFU) ; RODRIGUES, M. A. (UFU) ; DE PAULA, L. F. (UFU) ; NETO, A. D. A. (UFU) ; OLIVEIRA, C. A. (UFU)

RESUMO: A busca de substâncias ativas em produtos naturais vem crescendo muito. Neste trabalho estamos buscando substâncias pró-oxidantes no extrato bruto de Cochlospermum regium para potencial aplicação na Terapia Fotodinâmica. A Terapia fotodinâmica é uma técnica onde se utiliza um corante (fotosensibilizador), o oxigênio molecular e a luz para inativar células alvo. Utilizamos como modelo celular macrófagos de camundongo e como fonte luminosa um aparelho constituído de diodos emissores de luz. Foi avaliada a mortalidade celular em diferentes concentrações do extrato na presença e ausência de irradiação e também do solvente utilizado para a extração. Observamos que o extrato bruto de Cochlospermum regium possui atividade pró-oxidante.

PALAVRAS CHAVES: terapia fotodinâmica, produtos naturais, algodão do cerrado

INTRODUÇÃO: A terapia fotodinâmica (PDT) é uma alternativa para o tratamento de algumas neoplasias e processos infecciosos, bem como para a eliminação de alguns patógenos do sangue. O processo consiste na utilização de um fotosensibilizador, oxigênio molecular e luz em um comprimento de onda específico. A combinação destes 03 elementos leva a produção de espécies reativas do oxigênio, que promovem danos oxidativos em componentes celulares importantes, provocando a inviabilização celular. Como fotosensibilizador utilizamos o extrato bruto de Cochlospermum regium em isopropanol. O Cochlospermum regium é uma planta da família das Cochlospermaceae também conhecida como Algodão do campo ou algodão do cerrado. É uma planta descídua de coloração amarelo intenso. É sempre importante a busca de substâncias ativas em plantas para tentar substituir substâncias de origem sintética a fim de reduzir custos e diminuir a quantidade de resíduos gerados com sua síntese.

MATERIAL E MÉTODOS: As pétalas de Cochlospermum regium foram colocadas em liquidificador com isopropanol. A mistura foi filtrada a quente obtendo o extrato bruto. Para retirada dos macrófagos sacrificamos os animais pelo método de deslocamento cervical, posteriormente à morte e exposição do peritônio, abriu-se a pele do animal, inoculou-se 4mL de solução de Alsever`s e 1 mL de ar para facilitar a retirada da solução, realizando-se leve massagem manual no mesmo. As células foram colhidas do peritônio com a mesma seringa e dispensadas em tubo cônico estéril para utilização na PDI. Foi colocada sobre as lamínulas a solução de Alsever com os macrófagos para se aderirem durante 20 minutos. Os macrófagos ficaram por 20 minutos para aderirem às lamínulas e em seguida as lamínulas foram lavadas por imersão em salina para retirada de outros modelos celulares presentes no peritôneo. Foi colocado 20μL do extrato bruto sobre cada lamínula para interagir com os macrófagos por 20 minutos. A irradiação luminosa foi feita em um sistema com 600 diodos emissores de luz (LED) de alto brilho que emitem luz em um comprimento de onda com pico específico em 650 nm por 20 minutos. Para quantificação da morte celular foi utilizado o teste de exclusão por azul de tripano, que age como um corante vital corando apenas as células mortas sendo eficiente na contagem das células quando o experimento é realizado em triplicata.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados variam de acordo com o gráfico abaixo:

Com esta metodologia podemos observar que o extrato bruto de Cochlospermum regium tem atividade citotóxica e fotodinâmica mesmo com uma pequena mortalidade celular devido ao solvente.



CONCLUSÕES: Observamos que o extrato bruto de Cochlospermum regium tem uma atividade citotóxica até uma diluição de 1/40 e o solvente utilizado obteve mínima citotoxidade sobre a célula até uma diluição de 1/40. Já a atividade fotodinâmica do extrato está presente até a concentração de 1/320 tendo como concentração ótima a 1/80 pois a mortalidade celular no escuro e devido ao solvente é praticamente nula. Em próximos estudos pretendemos realizar separações e caracterizar qual componente possui esta atividade fotodinâmica.

AGRADECIMENTOS: Ao IQUFU;
A FAPEMIG;
Ao CNPQ;
Aos colegas do LABIOFOT.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Oliveira, C. A. et al (2005) Chem. Phys. Lipids, 133, (1): 69-78.