ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO GRAU DE POLUIÇÃO DO CANAL DA BERNARDO SAYÃO NO PERÍMETRO COMPREENDIDO ENTRE A AVENIDA JOSÉ BONIFÁCIO E A RUA AUGUSTO CORRÊA – GUAMÁ

AUTORES: MENDES, A. S. (UFPA) ; SILVA, D. A. L. (UFPA) ; BARROS, H. C. (UFPA) ; SILVA, J. P. (UFPA) ; OLIVEIRA, P. M. M (UFPA) ; POURROY, V. D. (UFPA) ; SILVA, I. D. L. (UFPA) ; CORREA, A. P. P. (UFPA)

RESUMO: O principal objetivo desse trabalho é verificar o grau de poluição do canal da Avenida Bernardo Sayão entre a Avenida José Bonifácio e a rua Augusto Corrêa, visto que, este recebe efluentes de misturadora de concreto, garagem de ônibus, serrarias, esgoto doméstico, hoteis, restaurantes e oficinas mecânicas. Visando a qualidade do ambiente e com a qualidade de vida da população foram realizadas análises físicas, químicas e físico-químicas empregando-se métodos oficiais, para avaliar o grau de contaminação do referido canal.

PALAVRAS CHAVES: poluicao, avenida, analises

INTRODUÇÃO: Efluentes são geralmente produtos líquidos ou gasosos produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos domésticos urbanos, que são lançados no meio ambiente. Podem ser tratados ou não tratados. Cabe aos órgãos ambientais a determinação e a fiscalização dos parâmetros e limites de emissão de efluentes industriais, agrícolas e domésticos. Para isso, é necessária a implantação de um sistema de monitoramento confiável. As exigências da legislação ambiental levaram as empresas a buscar soluções para tornar seus processos mais eficazes. É cada vez mais freqüente o uso de sistemas de tratamento de efluentes visando à reutilização de insumos (água, óleo, metais, etc), minimizando o descarte para o meio ambiente.

MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS:
2.1 Material:
Para a execução deste trabalho foram utilizados: equipamentos, reagentes, vidrarias e utensílios diversos.

2.2 Métodos e procedimentos analíticos:
2.2.1- Obtenção das amostras:
As amostras foram coletadas em duplicata utilizando-se frascos de polipropileno, descontaminados e preservados em seguida acondicionadas em isopor com banho de gelo a 4°c e encaminhadas para o laboratório onde foram realizadas as análises pertinentes a este trabalho.

2.2.2 -Análises Físico-Química:
2.2.2.1- Determinação de pH:
Calibrou-se o pH-metro empregando-se soluções tampões de pH igual a 7 e pH igual a 4.
Em seguida colocou-se cerca de 100mL de cada um das amostras em beckers, imergiu-se o eletrodo e o compensador de temperatura nas mesmas e mediu-se os pHs.
2.2.2.2- Determinação de sólidos totais dissolvidos.(STD):
Lavou-se a célula de condutividade com água destilada, enxugando-a com papel macio; em seguida calibrou-se o condutivimetro; introduzindo a célula em uma solução de KCl 0,01M e aferiu-se a leitura no condutivimetro para 1.412 S/cm a 25°C conforme orientação do manual fornecido pelo fabricante do equipamento.
2.2.2.3- Determinação de cloretos: Volumetria de precipitação (Método de Mohr):
Transferiu-se 50 mL de cada amostra para Erlenmeyers de 250 mL e em seguida adicionou-se 0,5mL indicador de cromato de potássio a 5%; para cada amostra acrescentou-se, após, 20mg de CaCO3. Titulou-se cada uma da amostras com AgNO3 0,1N até ocorrer a variação de cor de amarelo canário para vermelho tijolo; anotando-se os volumes conseguidos (Vtit) e paralelamente titulou-se uma prova em branco (Vpb ).


RESULTADOS E DISCUSSÃO: 2.2.2.4- Determinação da acidez: Método Volumétrico (ácido-base):
Pipetou-se 50mL de cada amostra, e transferiu-se para Erlenmeyer de 250m, adicionando em cada Erlenmeyer 3 gotas de fenolftaleína. Titulou-se as amostras com solução padrão de NaOH 0,1N até a obtenção da coloração rósea persistente. Anotou-se os mL de NaOH 0,1N consumidos( Vtit )e paralelamente titulou-se uma prova em branco( Vpb ).
2.2.2.5- Determinação de alcalinidade: Método do Metilorange.
Transferiu-se 50 mL de cada uma das amostras, para um Erlenmeyer de 250 mL, adicionando-se 3 gotas de fenolflaleína. Como em nenhuma das amostras analisadas ocorreu a formação da coloração rósea; significa que não há alcalinidade devido a presença de íons hidroxilas (OH¯) o que significaria a ausência de poluição de natureza antrópica. Em seguida acrescentou-se 3 gotas de metiolorange. E as amostras apresentaram coloração amarela, titulou-se as amostras com solução padrão de H2SO4 0,01 N; até a obtenção de uma coloração vermelha alaranjado indicando o ponto final, anotando-se o volume gasto( Vtit ) e paralelamente fez-se uma prova em branco.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A tabela numero 1 abaixo indica os valores obtidos para os parâmetros analisados no decorrer do desenvolvimento desse trabalho.
A tabela número 2 representa o teor médio dos o parâmetros analisados e a tabela de número 3 indica os valores padrões dos parâmetros analisados segundo as normas estabelecidas pela CETESB.






CONCLUSÕES: Através das análises que fizemos, de acordo com os resultados que obtivemos e comparando-os com os valores permitidos pelo conselho nacional de meio ambiente ( CONAMA ) foi possível constatar que: alguns valores de elementos químicos estão em acordo com a resolução, mostrando que as fábricas e metalúrgicas estão lançando substâncias que estão dentro do limite permitido,não significando que as águas desse efluente não são poluídas,visto que, os resíduos químicos podem provocar elevado danos ambiental materiais flutuantes, e substâncias que emitem odor são encontradas no mesmo.

AGRADECIMENTOS: Ao Prof.Msc. Afonso Silva Mendes, pela participação desse trabalho. E pelos docentes e discente que também fizeram parte desse projeto.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard methods for the examination of water and wastewater. 20 th ed. New York, 1971.
AZEVEDO NETTO, J.M. e RICHTER, Carlos A - “Tratamento de águas de abastecimento. São Paulo, Ed. Edgar Blucher LTDA, 2002”.
AZEVEDO NETTO, J.M...et all –Técnica de abastecimento de água. São Paulo: CETESB/ASCETESB, 1987, pág 39-40.
BAIRD, C. Environmental Chimistry. 2ª ed. University of Western Ontário. 1999.
CETESB BATALHA & PARLATORE. Controle da Qualidade da Água para o Consumo Humano, São Paulo, 1998 pág 99-141.
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
COSANPA – Companhia de Saneamento do Pará.