ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DE BEBEDOUROS UTILIZADOS EM ESCOLAS ESTAUDAIS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DO BAIRRO DE ICOARACI/BELÉM-PA

AUTORES: SILVA, D.A.L (UFPA) ; CORRÊA , F.E.P (UFPA) ; BARROS, H.C. (UFPA) ; SILVA, J.P (UFPA) ; OLIVEIRA, P.M.M (UFPA) ; DAMASCENO,T.S. (UFPA) ; CAMPOS, W.E.O (UFPA)

RESUMO: Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade das águas de bebedouros em diferentes escolas do bairro de Icoraci na cidade de Belém-PA. Bem como compará-la com as normas de potabilidade segundo a Portaria nº. 518/2004 do Ministério da Saúde (MS). Foi coletada uma amostra de cada escola nos meses de Março e Abril de 2009 em 4 escolas distintas,nas quais se obinha um índice elevado de insatisfação em relação a comunidade em questão .Para a avaliação da qualidade das águas foram feitas as seguintes determinações: pH, cloretos, fósforo, coliformes totais e fecais.Conforme os resultados obtidos pode-se observar que alguns dados estão acima dos os valores padrões estipulados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e adotados pelo Ministério da Saúde, o que torna a água inadequada para consumo humano.

PALAVRAS CHAVES: monitoramento, bebedouros, icoaraci

INTRODUÇÃO: A qualidade de determinada água é avaliada por um conjunto de parâmetros, determinados por uma série de análises, físicas, químicas e físico –químicas. A água potável está sujeita a inúmeros fatores que podem apresentar uma grande variação no decorrer do tempo, e só pode ser conhecida através de um monitoramento constante.Todas as amostras de água coletadas para o desenvolvimento deste trabalho são utilizadas para diversos fins,como higienização, utilização domestica e consumo humano.



MATERIAL E MÉTODOS: Para a execução deste trabalho,utilizou –se equipamentos, reagentes, vidrarias e utensílios diversos,comumente utilizados nas análises quantitativas.Os frascos de coleta foram esterilizados de acordo com as normas adotadas oficialmente.As amostrasforam coletas , em cada ponto estabelecido e acondicionadas em isopor contendo banho de gelo (temperatura aproximada de 4ºC) e em seguida foram transportadas para o laboratório para a realização das análises, físico-químicas e bacteriológicas.
Para a detrminação do Ph , foram utilizados pHmetro da marca Quimis, utilizando-se soluções tampões de pH 4,0 e 7,0. A determinação de Cloretos pelo Método de Mohr,foi relizada através da precipitação AgNO3 0,1N em triplicata .Na determinação de Fósforo pelo Método colorimétrico de molibdato (p) Utilizou –se uma curva-padrão na faixa de 0 a 1 ppm a partir da solução-estoque de fósforo,em seguida, fez –se as leituras das absorvâncas, das soluções-padrão e das soluções amostra no espectrofotômetro com comprimento de onda de 690 nm.
Determinação de coliformes totais e fecais, foi realizada pelo Método dos tubos múltiplos, sendo realizada em duas em duas etapas: na primeira, a amostra é inoculada em caldo lauril sulfato de sódio, o qual inibe a microbiota acompanhante e,que ao mesmo tempo é um meio de enriquecimento para bactérias do grupo dos coliformes. A segunda etapa é realizada através da inoculação de alçadas dos caldos lauril positivos em caldos seletivos para Escherichia coli (EC).A quantificação de coliformes totais e fecais na técnica empregada foi realizada através de um método simplificado de aproximação, sendo o resultado expresso em NMP por 100 mL .


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na tabela 01 a seguir estão representados os resultados analíticos que foram obtidos nas análises físico-químicase bacteriologicas das amostas coletadas.
Em relação aos parâmetros pH e cloretos, ambos encontram –se em conformidade com Legislação pertinente o que não é suficiente para afirmar que as amostras sejam ideais para o consumo humano.Pois todas apresentaram um alto valor de coliformes. Os resultados dos parâmetros de coliformes total e fecal, anula qualquer parâmetro que indique potabilidade, fazendo que que as mesmas fiquem fora dos padrões estabelecidos, mostrando a existência de microorganismos patogênicos, capazes de transmitir doenças aos seus consumidores . Em relação a quantidade de fosforo, todas das as amostras apresentaram valores superiores deste elemento,confirmados com a pesquisa de coliforme, pois, altos valores de fósforos denunciam descargas de esgotos sanitários ou contaminação do lençol freático.
O estudo denuncia a enorme instisfação da comunidade citada, pois haviam sérios relatos de infecção intestinal , por alunos e professores após ingerirem água dos bebedouros das escolas em questão o que pode ter ocorrido,devido a presença dos coliformes Escherichia coli, presentes nas amostras estudadas. É, de fato, muito importante que essas análises sejam realizadas com freqüência para uma melhor avaliação da qualidade da água, assim como possíveis formas de aperfeiçoar o tratamento em uso.




CONCLUSÕES: Todas as amostras analisadas estão fora dos padrões de potabilidade, ou seja, não podem ser classificadas como água potável, pois, todas as amostras apresentaram um ou mais parâmetros fora dos padrões recomendados. Portanto, o consumo destas águas é nocivo ao consumo humano. Este estudo mostra a necessidade do controle da água pelos Órgãos responsáveis, com o objetivo de preservação da saúde desta comunidade.



AGRADECIMENTOS: A Deus por toda a capacidade que nos foi concebida.Aos nossos familiares; Ao Professor Msc Afonso Silva mendes e a todos que nos ajudaram direta ou indiretamen

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: APHA, American Public Health Association. Standard Methods for the examination of water and wastewarter. Washington. 16 ed.1985.

BABBITT, H.E; DOLAND J. J.; CLEASBY,J.L;- Abastecimento de Água – Ed. Edgard Blucher. São Paulo; 1988.

CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano, Bases Conceituais e Operacionais – São Paulo; 1977.

CETESB, 1987. Guia de coleta e preservação de amostras de água. 1ª ed. São Paulo, 155p.


MACÊDO, J.A. Águas e Águas. São Paulo: Varela, 2001. 505p.

MINISTERIO DA SAÚDE. Portaria Nº 518, de 25 de Março de 2004. Disponível do site http:// www.dtr2001.saúde.gov.Br/svs/amb/pdfs/portaria_518.pdf. Acessado em 13/02/2008.