ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA PROPOSTA PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

AUTORES: SANTIAGO, E.C.A. (UEA) ; MARINHO, V.L.S. (UFAM) ; SANTIAGO JÚNIOR, C.O. (ULBRA)

RESUMO: Este trabalho teve como objetivo principal, identificar o posicionamento dos professores de química com relação a análises experimentais no ensino médio, fazendo emergir por meio de seus discursos, possíveis contribuições para uma tomada de consciência quanto a experimentação nas escolas. Participaram da pesquisa nove professores, de uma escola da rede estadual na cidade de Manaus-AM. Com base nos dados coletados, percebe-se que os professores tem entendido que o sistema educativo não tem proporcionado alternativas para o desenvolvimento de aulas experimentais na escola, portanto utilizar experimentação é ainda uma utopia, na escola pública investigada, porém os professores acreditam que, experimentos poderiam colaborar para o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem.

PALAVRAS CHAVES: experimentação, professores, ensino de química

INTRODUÇÃO: A cada dia tem crescido mais a necessidade de aulas experimentais no ensino de química, visto que, o aluno por intermédio desta abordagem consegue desenvolver e construir um conhecimento químico mais abrangente. É papel do professor, proporcionar ao aluno um ensino contextualizado, demonstrativo e inovador que possibilite um despertar de suas responsabilidades individuais e coletivas para o seu bom desenvolvimento social. À medida que se planejam experimentos, surgem possibilidades do aluno envolver-se mais com o conteúdo além de possibilitar uma motivação de forma a despertar o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas. Segundo ((MALDANER, 2003), o objetivo da atividade experimental no ensino da Química, como a de qualquer ciência, é “aproximar os objetos concretos das descrições teóricas criadas, produzindo idealizações e, com isso, originando sempre mais conhecimento sobre esses objetos e,dialeticamente, produzindo melhor matéria-prima, melhores meios de produção teórica, novas relações produtivas e novos contextos sociais e legais da atividade produtiva intelectual”. O professor tem “a tarefa de ajudar os alunos a aprender através do estabelecimento das inter-relações entre os saberes teóricos e práticos inerentes aos processos do conhecimento escolar em ciências” (ZANON e SILVA, 2000, p. 134).Tendo em vista que, poucos professores, tem feito pesquisas com respeito a experimentação, este trabalho, colocou como abordagem principal, o professor utilizar o mundo dos experimentos químicos, como propostas para o ensino de química nas escolas públicas, para alcançarmos este objetivo, procurou-se identificar o posicionamento dos professores, com relação a esta temática e desenvolver um trabalho de alto reflexão entre os professores envolvidos nesta pesquisa.



MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa aconteceu em uma escola estadual, situada na zona centro-oeste da cidade de Manaus-AM, com nove professores de química, que lecionam no ensino médio, abrangendo os turnos; matutino, vespertino e noturno. Utilizou-se um questionário com três perguntas: 1- Você acredita que a utilização de experimentos em aulas de química poderia possibilitar um melhor aprimoramento no processo de ensino-aprendizagem? 2- O sistema educativo desenvolvido em sua escola tem proporcionado a utilização de experimentos em suas aulas de química? 3- Você acredita que a utilização de experimentos como proposta metodológica de ensino de química, de alguma forma, poderia envolver mais o aluno no contexto cientifico das ciências químicas? Com base nos resultados, elaborou-se um artigo, que foi socializado com os professores que participaram da pesquisa, visando trazer a possibilidade de alto reflexão, despertando o desejo do professor por trabalhos experimentais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos questionários possibilitou traçar os seguintes resultados;
a)Com relação a utilização de experimentos em aulas de química, 100% dos professores acreditam que a utilização da experimentação melhoraria o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Porém, apenas 30% utilizam experimentos em suas aulas.
b)90% dos professores de química afirmaram que o sistema educativo das escolas públicas não possibilita a utilização de experimentos nas aulas; visto que, o laboratório não possue equipamentos necessários, muitos dos produtos utilizados nas análises estão vencidos , não existe o material de proteção necessário para a realização dos experimentos, além de, muitos equipamentos estarem quebrados.
c)100% dos professores, acredita que a utilização de experimentos como proposta metodológica de ensino de química, de alguma forma, poderia envolver mais o aluno no contexto cientifico das ciências químicas. Visto que, inúmeras são as possibilidades de propostas metodológicas através da experimentação.
Os resultados serviram como subsídios para a elaboração de um artigo, onde enfatizou-se a percepção dos professores de química e por meio de pesquisa bibliográfica, destacou-se o que os teóricos relatam sobre os trabalhos experimentais, após a confecção deste artigo, socializamos com os professores, procurando desperta-los para a utilização de aulas experimentais, como proposta para a diversificação do ensino de química.


CONCLUSÕES: Verificou-se por meio da pesquisa que, a maioria dos professores, entendem que os experimentos podem proporcionar um aprimoramento no processo de ensino-aprendizagem, entretanto, a prática de aulas experimentais acontecem pouco, devido fatores diversos, em contradição ao discurso, a prática torna-se alienada, sem expectativas de melhoras, visto que ser professor exige, dedicação, disposição, autonomia e desejo de mudanças, que estejam acima de obstáculos encontrados neste processo profissional.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química:
Professor/Pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003.

ZANON, Lenir B.; SILVA, Lenice H. A. A Experimentação no Ensino de Ciências. In:SCHNETZLER, R. P.; ARAGÃO, R. M. R. de. Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. Campinas: Capes/Unimep, p. 120-153, 2000.